Via Rápida
Via Rápida | |
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Descrição da obra | |
Autor | Pedro de Quadros Du Bois |
Título | Via Rápida |
Assunto | Poesia |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2012 |
Páginas | 116 |
ISBN | 978-85-64997-42-4 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2012 |
Via Rápida .De forma erudita e ao mesmo tempo sensível para descortinar o cotidiano das ruas, das pessoas, dos seres. Assim é Via Rápida. A violência, a impaciência, os medos, os extremos, a sensibilidade, a morte. Via Rápida nos faz caminhar pelo nosso dia a dia. Um texto seguro e delicado aguça a emoção e a percepção do que nos espera quando estamos numa via rápida de uma metrópole. Todos os sentimentos se enlaçam ao ler este livro. Pedro Du Bois. És um intelectual, porém, jamais auto-suficiente, é sábio na elaboração do teu texto, és competente para escrever e fazer teu leitor entender o que escreves. Tive o privilégio de ser convidado a escrever estas linhas, do que fiquei lisonjeado. Porém, meu maior privilégio foi ler Via Rápida antecipadamente à elaboração gráfica do livro. Boa leitura. (Marco Antonio Damian)
Apresentação
Posfácio, por Geraldo Fernandes
Em passos descompassados e cérebro inoperante, oco, embora sadio, seguia a minha trilha, rumo a não sei o quê. Nesse marasmo, prossegui. E como se não bastasse o vazio da alma, logo adiante, outro obstáculo, desafiador, robusto:
“No meio do caminho tinha uma pedra / tinha
uma pedra no meio do caminho / tinha uma pedra /
no meio do caminho tinha uma pedra.”
Precisava contornar esta pedra, pensei. Ou retornar, do nada ao nada. Ao desviá-la, resvalei, cai num profundo abismo e desmaiei. O bloqueio foi vencido. E eu quase, também, com o tombo. Minutos após, acordei. Onde estou? Num labirinto? Preciso encontrar uma saída, mesmo que para o nada.
Aprumo-me e aguço os meus sentidos e logo sinto uma gostosa fragrância de papel, de tinta. Refleti: entrei num livro e não em um labirinto, o que dá no mesmo, pois ambos têm infinitos caminhos, infinitas saídas...
Sigo em frente e logo contemplo, afixada, uma bonita ilustração, e pelo fato de estar isolada, o meu entendimento foi parcial sobre o seu significado. Mais um passo à frente, numa bifurcação, encontro e aprecio um belo poema, tentando me explicar, embora com profundidade, a intrigante imagem anteriormente vista. Estático, contemplo ilustração e imagem e obtenho os frutos da reflexão: entendimento, formosura, fonte de vida, prazer...
Folgo em saber que, pela frente tem mais e mais mensagens. Começo a me animar.
Eis que chego num pequeno cercado do labirinto ou numa página qualquer do livro, como queiram. Aproximo-me e avisto dois arquitetos: um da palavra, outro da imagem. Estão sentados à mesa e sobre ela, miríades de pequenas letras pertencentes e ao uso do poeta; uma pequena lata de tinta e um único pincel, do artista ilustrador.
Eles não me fitam e eu não os interrompo. Sou prudente: precisam de compenetração, os artífices. Aquelas letras, ajustadas, uma a uma, tal qual um quebra-cabeça, e algumas pinceladas, logo se transformarão numa obra de arte, para o nosso deleite, tal qual está me acontecendo agora.
Afasto-me e continuo a me encantar com o que leio e vejo em todas as esquinas.
Eis que encontro a saída. Mas não quero fazer uso dela, por enquanto. Meu corpo pode até optar por sim, mas meu cérebro e meu coração escolhem ficar e percorrer o mesmo e os demais trajetos insinuados pelo autor.
Vale a pena. Que poemas, que imagens! Estou inebriado! Meus neurônios não estão mais ociosos. Meus passos agora são firmes, embora eu tenha adquirido asas, fruto do livro.
Finalmente, comprovei: quem lê, realmente viaja. E cada trajeto torna-se maravilhoso quando se sabe que,
No meio do caminho tem um Pedro / tem um Pedro no meio do caminho / tem um Pedro / no meio do caminho tem um Pedro, Du Bois, o grande poeta.
Índice
O Caminho de Sfiggo 9
Sumário 13
48 poemas 16
Posfácio 111