Pedagogia seminarística

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Pedagogia seminarística
Pedagogia seminarística: certezas e conflitos[1]
Descrição da obra
Autor Agostinho Both
Título Pedagogia seminarística
Subtítulo certezas e conflitos
Assunto Educação
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2013
Páginas 182
ISBN 978-85-64997-87-5
Formato Papel 15 x 21 cm
Editora UPF
Publicação 1986

Pedagogia seminarística: certezas e conflitos pretende, em sua narração, revelar a pedagogia cristã nas três etapas da experiência dos seminários religiosos (menor - noviciado - maior). Apresenta o período de transição entre o regime de restrita liberdade até a abertura concedida pelo espírito da época do Concilio Vaticano II.

Busca o autor apresentar, em estilo dinâmico, as ideias e acontecimentos de uma época ainda não superada. As escolas de educação superior estão servidas, em sua maioria, de educadores que tiveram decisiva influência da pedagogia seminarística. Mesmo os problemas de filosofia e organização educacional estão presos às raízes de uma proposta cristã ainda sem plena identidade.

Livro escrito por Agostinho Both, publicado em 1986

Apresentação

da Apresentação, por Elli Benincá

A tradição pedagógica do Rio Grande do Sul, principalmente nas regiões da colonização alemã, italiana e polonesa, tem suas raízes presas à cultura religiosa trazida pelos imigrantes de seus países de origem. As escolas paroquiais e ou comunitárias que exerciam a função de ensinar a ler, escrever e fazer contas, tinham também como finalidade primeira a de transmitir os princípios cristãos através da catequese escolar.

A mesma pedagogia catequética utilizada nessas escolas comunitária era experienciada também nos Seminários, onde muitos filhos de imigrantes buscavam inicialmente a complementação de estudos para a realização de sua proposta ao sacerdócio ou à vida religiosa, finalidade primeira do Seminário. Ao longo dos estudos, muitos dos alunos que frequentavam o Seminário desistiam de buscar o sacerdócio ou a vida religiosa, como proposta definitiva.

Ao retornarem para suas comunidades de origem, passavam a assumir outras funções comunitárias, além de atividades vinculadas à sua vida de fé.

O exercício do magistério, principalmente nas comunidades do meio rural, foi uma das funções privilegiadas por esses filhos de agricultores, que certamente não teriam tido outra oportunidade, se não houvesse o Seminário.

Hoje, as Universidades e Instituições de Ensino Superior, bem como as Escolas e Órgãos Públicos, não só do Rio Grande do Sul, mas, também, de outros Estados da União, tem uma presença muito marcante de professores que saíram de famílias do meio rural e que realizaram seus estudos nos Seminários. Além do magistério secundário ou superior e da pesquisa, muitos são dirigentes de Instituições Educacionais.

Reitores, Administradores Educacionais, Pesquisadores, Mestres em Educação, ou em outras áreas das Ciências Humanas, Professores e  Diretores de Escolas de 2º e 1º graus, são as presenças de um grande contingente de educadores que realizaram sua formação nos Seminários. O Seminário era uma das únicas vias de acesso à escola secundária e superior que encontravam os filhos dos imigrantes que viviam no meio rural.

A história da Pedagogia do Rio Grande do Sul não pode desconhecer esta realidade. Daí a importância do trabalho do Professor Agostinho Both, professor de Psicologia, da Universidade de Passo Fundo. O relato de sua experiência torna-se mais significativo porque compreende o período anterior do Concílio Vaticano II, onde a pedagogia utilizada nos Seminários era essencialmente de tradição européia e de caráter dogmático e o período de desenvolvimento do Concílio, quando começaram a eclodir e a se manifestar os conflitos próprios do período de transição, narrado nesta obra.

As exigências que os novos tempos impuseram à Pedagogia desenvolvida nos Seminários, custou o esvaziamento da maioria deles e o fechamento de outros. A crise pedagógica, contudo, não foi superada. Está presente nas universidades, escolas confessionais e públicas, assim como nos próprios seminários. Mesmo que o aumento do número de alunos nos seminários seja significativamente expressivo, não encontraram, porém, uma pedagogia capaz de traduzir e vivenciar a mesma segurança vivida nos tempos anteriores do Vaticano II. Na medida em que a Igreja aceitou o enfrentamento com o mundo contemporâneo e seus desafios, a pedagogia não tem outra alternativa que habituar-se com a insegurança provinda da convivência conflitiva da nova sociedade.

O trabalho que o professor Agostinho apresenta será, certamente, a provocação para outros estudos e reflexões em torno da prática pedagógica e psicológica em desenvolvimento nas escolas e instituições de ensino superior no Rio Grande do Sul.

A maneira existencial e direta, como é relatada a experiência, permitiu ao autor permanecer fiel aos acontecimentos e à verdade histórica, fugindo de formalismos estéreis, estimulando e provocando a curiosidade do leitor.

Índice

  • INTRODUÇÃO 11
  • PREFÁCIO 13
  • PRIMEIRA PARTE 17
  • O SEMINÁRIO MENOR 17
  • SEGUNDA PARTE 98
  • O NOVICIADO 98
  • TERCEIRA PARTE 143
  • O SEMINÁRIO MAIOR 143
  • BIBLIOGRAFIA 176

Conteúdos relacionados

  • 2014 - A versão e-book foi lançada na III Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 08 de abril de 2014.

Referências

  1. BOTH, Agostinho. (1986) Pedagogia seminarística: certezas e conflitos -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2013. 182 páginas. E-book