Para além dos répteis

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Para além dos répteis
Descrição da obra
Autor Aventino Alfredo Agostini
Título Para além dos répteis
Assunto Educação
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2017
Páginas 140
ISBN 978-85-8326-275-6
Impresso Formato 15 21 cm
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2017

Para além dos répteis O professor Aventino Alfredo Agostini é um extemporâneo: alicerçado em sólidos conhecimentos de*etologia e de antropologia, acredita que o homem é intrinsecamente bom. Desde seus tempos de estudante e durante toda a sua atividade universitária, tem semeado polêmicas e colhido incompreensões com um discurso contundente e prenhe de denúncias. Nesse seu novo trabalho, “PARA ALÉM DOS RÉPTEIS”, propõe uma genealogia da afeição e discute as vertentes de uma nova Educação: a criança deve ser protegida dos ensinamentos vigentes que objetivam tomá-la vencedora em detrimento do instinto de preservação de um ser humano voltado para o cultivo das relações interpessoais positivas (tolerância, amor e amizade), do exercício de um trabalho humanizado e do respeito ao meio ambiente. Não é uma proposta piegas! Agostini disseca o cérebro com a perícia de um paleontólogo e descobre substratos anatômicos do desenvolvimento comportamental dos seres vivos com uma objetividade surpreendente. No livro, descreve suas idéias originais com muito humor e descontração. Manifesta suas contrariedades sem preconceitos, revelando o descalabro da Universidade, o cinismo da política do poder e o esforço da mídia em bestializar o indivíduo. É provável que, como Nietzsche, não seja lido nem compreendido por seus contemporâneos. Mas como o autor acredita que pensar independentemente de todo o ruído dos tempos atuais é o dom supremo de nossa espécie, expõe suas descobertas, cheio de otimismo. Os poucos que tiverem a felicidade de prestar atenção PARA ALÉM DOS RÉPTEIS, não permanecerão indiferentes. Não é um livro para encabeçar a lista dos mais vendidos. Como disse Jorge Luís Borges, os escritores de verdade não procuram o êxito. - Luís Maria Cabrera Yordi (médico)

Apresentação

INTRODUÇÃO, pelo Autor

Ver comodamente sentados, na frente do aparelho de televisão, a Terra girando sobre si mesma, é um privilégio que devemos, sem dúvida, ao pensamento, à inteligência e razão humanas e, sobretudo, à contribuição decisiva de Copérnico e a genialidade de Galileu...

Aprendemos com biólogos e etólogos que o objetivo de cada ser vivo de cada espécie é dominar o meio para preservar a espécie e a vida, objetivo que transformou todos os seres vivos, inclusive o homem, em rivais entre si.

Nos dias atuais, a disputa entre os homens das mesmas profissões ou de profissões diferentes evolui, em progressão geométrica e, nos poucos momentos de intervalo, quando podem respirar, buscam o prazer, como se este fosse o único objetivo de viver. A indústria que descobriu este objetivo adotou e difundiu a máxima de Freud:

“A sexualidade está divorciada da sua conexão demasiado estreita com os genitais e considero-a uma função mais ampla do corpo que tem como meta final o prazer e só secundariamente serve para fins de reprodução. ” (39) - TALLAFERRO, A. Curso básico de psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

Porém, essa indústria deliberada ou inconscientemente, calou sobre uma segunda afirmação do próprio Freud:

“Se vivêssemos exclusivamente para satisfazer o “Princípio de Prazer’’ nosso comportamento social seria inferior ao dos répteis”.

A primeira assertiva, penetrou em todos os lares do planeta, seduzindo telespectadores, ouvintes ou leitores. A segunda: jamais foi lembrada em lugar algum.

Além desses fatores inegáveis, durante 2700 anos a humanidade endeusou pensamento, inteligência, consciência, razão, ética, linguagem e cultura. Entretanto, por ignorar as influências da biologia, cérebro e cultura que determinam o comportamento humano, a tragédia histórica da humanidade não poderia ser diferente.

Como espectador, mais do que ator deste palco, apesar da ação conjunta dos fatores enumerados, ouso afirmar que nenhum ser vivo ou humano é de natureza má. Demonstrar essa afirmação é um dos objetivos deste trabalho...

Para tanto, fiz um baralho de cartas com os objetivos primitivos dos seres vivos e humanos, aliados aos deuses que construíram a cultura e atirei as cartas sobre a mesa: elas foram sinceras e demonstraram que a propalada evolução do homem não passa de uma tragédia progressiva: os hominídeos primitivos praticavam genocídio. A partir da agricultura, acrescentaram ao genocídio, escravidão do homem e do animal. E a partir da Era Industrial, aos dois primeiros, o homem '‘civilizado”, acrescentou a predação ambiental. Ao juntar novamente as cartas, acrescentei duas propriedades cerebrais: uma do paleomamífero e outra, do neocortex cerebral, eternamente sufocadas pela cultura. Atirei novamente as cartas sobre a mesa, com a certeza de que elas me apontariam um novo caminho. E o fizeram...

Não faço aposta porque conheço o baralho, o jogo e dei as cartas. Porém seria desonesto se não revelasse o resultado: segundo meu baralho, o homem substituirá os objetivos de vencer e obter prazer, pelos objetivos de conviver e amar...

Índice

  • APRESENTAÇÃO 9
  • INTRODUÇÃO 11
  • I SESSÃO ANÁTOMO-CLÍNICA 13
  • - O Mestre 16
  • - Os Estudantes 18
  • - Chimarrão 20
  • - Os Redentores 23
  • II O PREÇO DA SUBSERVIÊNCIA 26
  • III A HISTÓRIA CLÍNICA 28
  • - Prazer 43
  • - Conhecimento 46
  • - Agressão 52
  • - Fome 57
  • - Reprodução 62
  • - Trabalho 68
  • - Medo 75
  • - Afeição 78
  • - Amizade 83
  • V O DIAGNÓSTICO DO PATOLOGISTA 87
  • VI OS COMENTÁRIOS DO CO-RELATOR 103
  • VII EPÍLOGO131
  • VIII BIBLIOGRAFIA 133

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Referências