O Massacre de Porongos & Outras Histórias Gaúchas

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O Massacre de Porongos

& Outras Histórias Gaúchas

O Massacre de Porongos & Outras Histórias Gaúchas[1]
Descrição da obra
Autor Paulo Domingos da Silva Monteiro
Título O Massacre de Porongos

& Outras Histórias Gaúchas

Assunto História
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2011
Páginas 116
ISBN 978-85-64997-03-5
Formato Papel 15 x 21 cm
Editora Berthier
Local Passo Fundo / RS
Publicação 2010

O Massacre de Porongos & Outras Histórias Gaúchas "Os caudilhos farroupilhas, que integravam uma sociedade secreta, aceitaram as condições impostas pelo Império. Para tanto, fizeram passar como tratado de paz uma convenção por eles inventada. Contribuíram para a morte de líderes que não concordavam com as imposições imperiais, como o coronel Joaquim Teixeira Nunes, e o isolamento de outros. Bento Gonçalves da Silva foi colocado à margem dos acontecimentos, e o general Antônio de Souza Neto exilou-se no Uruguai".

"A história da caudilhagem é uma sucessão imensurável de roubos, latrocínios, estupros e massacres. E é insustentável o argumento de que os caudilhos devem ser julgados segundo o ambiente em que viveram. Aceitá-lo seria negar que até mesmo leis ancestrais como o Código de Hamurabi ao Decálogo Bíblico, sempre reconheceram as práticas caudilhescas como crimes dos mais graves que alguém poderia cometer; aceitá-lo seria admitir a vontade de cada um como única e universal norma de Direito".

Apresentação

do Artigo, por Flávio Damiani

A verdade vem tarde demais “Na luta do bem contra o mal, é sempre o povo quem conta os mortos” (Eduardo Galeano)

Carlos Drumond de Andrade certa vez, disse numa entrevista, que só se livrou dos “fantasmas” da infância, quando cuspiu dogmas, entre eles os pecados capitais pregados pela igreja.

Lembro que na minha primeira comunhão, as freiras pregavam que nenhum filho de Deus ganharia o céu se, por ventura, não deixassem a hóstia se derreter na língua. Seria pecado venial se ela encostasse nos dentes. Cresci, estudei e fui para o exército servir a pátria, por imposição, num período conturbado da política brasileira. Em plena ditadura, torcer pelo inter era perigoso, e conforme a roupa que vestisse, poderia representar uma afronta com tendências ao comunismo, às esquerdas, enfim... Melhor mesmo era camuflar, quando o único jeito era andar na ilegalidade.

Nas escolas as aulas de Educação, Moral e Cívica eram obrigatórias, mais do que qualquer outra matéria; Religião e Educação Física nem reprovavam. Foram anos cinzentos, a grande mídia com generosas verbas governamentais, saídas do bolso do povo, se encarregava de propagandear o “bem” enquanto o “mal” era abafado nos porões, prisões e repartições públicas que serviam o “bem”.

Na música “Sabe Moço” do poeta e compositor Chico Alves de Uruguaiana, imortalizada na voz do saudoso Leopoldo Rassier, a reafirmação de que os usurpadores entram para a história porque não morreram nas revoluções e ficaram para contar seus feitos conseguidos pelo sangue dos guerreiros nas frentes de batalha – “Depois das revoluções, vi esbanjarem brasões prá caudilhos coronéis”.

Os guerreiros eram os índios caçados feito cavalos selvagens nas pradarias e os pobres negros marginalizados e obrigados a defender a honra de corruptos encastelados em seus gabinetes entregues às negociatas em troca de vidas. Restou para estes homens de peleia – “No peito em vez de medalhas, cicatrizes de batalhas...”.

O livro “O Massacre de Porongos & Outras Histórias Gaúchas” do amigo, poeta e escritor passo-fundense  Paulo Monteiro, desmascara os homens de “bem” que viraram nomes de ruas, cidades, praças e monumentos, e restabelece a verdade. Mergulhado na pesquisa das nossas raízes, Monteiro não poupa palavras, frases e citações para mostrar que o oportunismo dos famosos cantado em prosa e verso e usado como espécie de catecismo nas salas de aula representa uma farsa sem precedentes. Os destemidos, ousados, valentes e audaciosos guerreiros que tombaram nos campos de batalha caíram no esquecimento... além do mais, foram chamados de vagabundos.

(*Texto publicado no Blog do Jornalista Flávio Damiani -flaviodamiani.wordpress.com/)

Índice

  • Introdução 9
  • Sumário 11
  • 001 O Massacre de Porongos e a Capitulação de Ponche Verde 13
  • 002 As Origens da Revolução Farroupilha 33
  • 003 Revolução Farroupilha: História e Invencionice 38
  • 004 Federalistas, pica-paus, libertadores e chimangos 45
  • 005 O número de mortos na Batalha do Pulador 50
  • 006 As Metralhadoras e os Quadrados do Pulador 56
  • 007 A Importância Histórica da Batalha do Pulador 58
  • 008 O homem que deflagrou a Revolução Federalista 61
  • 009 Prestes Guimarães, um General à Espera de um Biógrafo 67
  • 010 A Primeira Santa Popular Passo-fundense 74
  • 011 A História da Caudilhagem Gaúcha é uma Sucessão de Roubos, Latrocínios, Estupros e Massacres 77
  • 012 A Violência Contra a Mulher Durante a Revolução Federalista 79
  • 013 Revolução Federalista: uma guerra pelas tetas do Estado 83
  • 014 Sertões de Canudos, Sertões de Passo Fundo 86
  • 016 A Tradição do Gaúcho Maula 93
  • 017 O General Grosso e Lord Acton 98
  • 018 Poesia Gauchesca - um Gênero Escrito com Sangue 101
  • 019 Os Gaúchos de Charles Darwin 107

Conteúdos relacionados

O livro foi lançado no auditório da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 16 de junho de 2010.

O livro foi lançado na 24ª Feira do Livro de Passo Fundo de 9 de novembro de 2010.

Referências

  1. MONTEIRO, Paulo D S. (2010). O Massacre de Porongos & Outras Histórias Gaúchas --Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2011. 116 páginas. E-book