Nossa Senhora Consoladora de Ibiaçá

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Nossa Senhora Consoladora

de Ibiaçá

Nossa Senhora Consoladora de Ibiaçá[1]
Descrição da obra
Autor Fidélis Dalcin Barbosa
Título Nossa Senhora Consoladora

de Ibiaçá

Assunto Religião
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2013
Páginas 240
ISBN 978-85-8326-046-2
Formato Papel 15 x 21 cm
Editora Edições EST
Publicação 1994

Nossa Senhora Consoladora de Ibiaçá O povoado da Capela de Santa Filomena, que pertencia à paróquia de Sananduva, recebeu, a princípio, o nome de Nova Fiúme. Em 04.047.1948, com a criação do distrito, o 12º distrito de Lagoa Vermelha, o nome foi mudado para IBIAÇÁ. Nome indígena, recorda a antiga província de Ibia dos Jesuítas das Missões, que povoaram os campos de gado e cuidavam da catequese dos índios da região. Ao que parece, em Três Pinheiros, na atual capela da Conceição, estava localizada a Redução da Conceição. No livro “A Diocese de Vacaria”, deste mesmo autor, lê-se: “Segundo testemunho de antigos moradores da localidade d Três Pinheiros, município de Ibiaçá, conforme pesquisa do Pe. Olímpio Pagnoncelli, que por vários anos prestou assistência religiosa à população local, existia aqui uma redução jesuítica, cujas ruínas podem ser vistas ainda hoje, nas proximidades do passo velho do rio Forquilha (Inhandava). O nome dessa redução era Conceição, nome aliás da Capela de Três pinheiros. A redução era de índios Guaianás, isto é, Caigangues. Entre o rio Forquilha e o rio Passo Ruim, existe uma bela e vasta região de campos nativos, cercada de matas, algo parecido com o Campo do Meio, que era o Potreiro Grande da Redução de Santa Teresa..

Apresentação

Primeiro capítulo, pelo Autor

1 – NOSSA SENHORA CONSOLADORA DE IBIAÇÁ Nossa Senhora Consoladora de Ibiaçá. Invocação recente e bem brasileira, surgiu em 1952, na vila gaúcha de Ibiaçá, hoje cidade, na época 12º distrito de Lagoa Vermelha. A iniciativa coube ao jovem sacerdote diocesano Pe. Narciso Zanatta.

A ideia da invocação e da imagem de Nossa Senhora Consoladora nasceu em 1951na então vila de São Manuel, distrito de Vacaria, onde o referido sacerdote exercia o múnus pastoral de pároco.

Quando era seminarista, encontrava-se ele ameaçado de não poder abraçar o sacerdócio por falta de saúde. Prometeu tornar-se apóstolo da devoção a Nossa Senhora, caso viesse a ser ordenado presbítero, o que aconteceu em Tapejara no dia 17.12.1949.

Nomeado pároco de São Manuel, na antiga vila Korff, às margens do rio das Antas, junto à estrada Rio Branco, o Pe. Narciso, exercendo o seu dever pastoral, reservava um dia da semana para atendimento das pessoas doentes ou atormentadas por outros problemas, ele que enfrentara sérias dificuldades em sua saúde.

Paroquianos e pessoas de outras localidades e municípios principiaram logo a visitar o jovem pároco, ouvir seus conselhos e receber sua benção. Todos retornavam para suas casas aliviados, quando não curados.

Um humilde pai de família, analfabeto, fora roubado pela filha e pelo genro, mediante adulteração de documentos, usurpando-lhe os bens e deixando-o na miséria.

Mais tarde, a família do genro, residindo na cidade catarinense de Lages, sofria o desgosto de ter uma filha atacada de leucemia e condenada a morrer. A mãe vai, um dia, a São Manuel, para solicitar a bênção do padre em favor da filha.

- Minha filha não deve nada – esclarecia a mãe. – Então por que está agora com essa doença, condenada a morrer?

- Minha filha, - responde o padre – nós não sabemos os desígnios de Deus. Certamente sua filha é inocente, mas talvez esteja sofrendo por algo que outros tenham praticado.

- Como o senhor sabe, padre – exclamou ela.

- Não, eu não sei de nada. Estou apenas fazendo uma suposição.

- Bom, padre, dê a bênção à minha filha, que depois lhe conto tudo. Ao sair da sacristia em direção à igreja, precisamente onde, dependurada na parede, se encontrava uma estampa da Consolata de Turim, a mulher, com a maior surpresa, topa de cara com o pai, que, por coincidência, havia ido lá também para falar com o pároco. O velho pai não reconheceu a filha, mas ela o reconheceu e exclamou:

- Pai, o senhor me perdoa?

- Sim filha, eu te perdoo; mas eu e tua mãe, por tua causa, estamos na miséria.

Naquilo, a mulher caiu, desmaiada. Sua filha doente, recebida a benção, recuperou a saúde. Naquele instante o padre olhou para o quadro de Nossa Senhora, a Consolata de Turim, e teve uma ideia. Resolveu mandar esculpir uma imagem de Nossa Senhora Consoladora, invocação que traduzia todos os seus anseios e sonhos de apostolado em favor dos atribulados, dos doentes e sofredores, para os quais ele resolvera dedicar sua vida.

Imediatamente foi a Caxias do Sul e encomendou uma imagem ao escultor Hemegildo Marotto, de apenas 24 anos. Uma linda imagem da Santíssima Virgem, vestida de azul e branco, assentada sobre nuvens, rodeada de quatro anjos, tendo nos braços o Menino Jesus e na mão direita o rosário.

Antes que a imagem estivesse pronta, o Pe. Narciso foi transferido para Ibiaçá, como pároco. Ao chegar aqui, tratou logo de preparar os paroquianos para receberem dignamente a imagem de Nossa Senhora Consoladora, que ficaria sempre na igreja matriz, exposta à veneração dos fiéis.

Um casal de apóstolos da nova devoção foi Reinaldo Ragnini e sua esposa D. Pierina Ragnini. Este senhor foi a Caxias e trouxe a imagem. Ao ser desencaixotada, o Pe. Narciso, sua mãe Augusta, as famílias Pansera, Ragnini e outras, pediram, então, que Nossa Senhora Consoladora fosse especial protetora da paróquia, de todos os fiéis, e, principalmente, a consoladora dos doentes.

No dia 25.05.1952, após solene tríduo preparatório e procissão luminosa à noite, a imagem foi benta por D. Frei Cândido Maria Bampi, Bispo-Prelado de Vacaria. No dia 22.02.1953, como veremos, teve lugar a primeira romaria, que reuniu cerca de 12 mil pessoas.

Índice

  • 1 – NOSSA SENHORA CONSOLADORA DE IBIAÇÁ 11
  • 2 – IBIAÇÃ 15
  • 3 – PARÓQUIA 20
  • 4 – SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA CONSOLADORA DE IBIAÇÁ 26
  • 5 – PRIMEIRA ROMARIA – 22021953 29
  • 6 – SEGUNDA ROMARIA – 28021954 33
  • 7 – TERCEIRA ROMARIA – 27021955 38
  • 8 – QUARTA ROMARIA – 26021956 41
  • 9 – QUINTA ROMARIA – 24021957 46
  • 10 – ROMARIAS VI A XXXIII – 1958-1985 49
  • 11 – HINO A NOSSA SENHORA DE IBIAÇÁ 52
  • 12 – GRAÇAS E MILAGRES 57
  • 13 – PROVAÇÕES 63
  • 14- PADRE NARCISO ZANATTA 67
  • 15 - A FAMÍLIA ZANATTA 69
  • 16- ÂNGELO ZANATTA – O PAI 78
  • 17 - AUGUSTA ZANATTA - A MÃE 84
  • 18-OS IRMÃOS 89
  • 19 - INFÂNCIA E SEMINÁRIO 99
  • 20 - ORDENAÇÃO SACERDOTAL 105
  • 21 - ÁGUA SANTA - IBIAÇÁ E SÃO MANUEL 111
  • 23 – EXPULSÃO DA DIOCESE DE VACARIA 123
  • 24 – PÁROCO DE IVAIPORÃ 131
  • 25- CASCAVEL E SÃO JOSÉ DO OURO 147
  • 26 – PÁROCO DE ITAPEJARA D’OESTE 154
  • 27- CURA DA CATEDRAL DE PALMAS 173
  • 28 - CASA DE FÉRIAS "ANGELO-AUGUSTA" 186
  • 29 - MISSIONÁRIO NO PARAGUAI E NA AMAZÔNIA 197
  • 30 - A BENÇÃO DO PE ZANATTA 201
  • 31 – MAURÍCIO SIROTSKY SOBRINHO 209
  • 32 – CIDADÃO BENEMÉRITO DE IBIAÇÁ 215
  • 33 – SAUL BRANDALISE – FUNDADOR DA EMPRESA PERDIGÃO 222
  • 34 – A BÊNÇÃO POR TELEFONE 224
  • 35 - FALECIMENTO DO PE NARCISO ZANATTA 229
  • 36 - ILUSTRAÇÕES 233

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Referências

  1. BARBOSA, Fidélis D. (1986) Nossa Senhora Consoladora de Ibiaçá -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2013. 240 páginas. E-book