Maragatos e Pica-Paus, por que brigaram tanto?
Maragatos e Pica-Paus,
por que brigaram tanto? | |
---|---|
Descrição da obra | |
Autor | Welci Nascimento |
Título | Maragatos e Pica-Paus,
por que brigaram tanto? |
Subtítulo | Passo Fundo na Revolução de 1893 |
Assunto | História |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2012 |
Páginas | 36 |
ISBN | 978-85-64997-53-0 |
Impresso | Formato 15 x 21 cm |
Editora | Berthier |
Publicação | 1993 |
Maragatos e Pica-Paus, por que brigaram tanto?: Passo Fundo na Revolução de 1893 Alguns historiadores afirmam que essa revolução não é digna de registro, porque não houve generosidade, nem regras de guerra. “Foi uma desgraça que desabou sobre a sociedade gaúcha. Dizem os instintos maus dos homens andavam às soltas”. Este ano de 1993, marca o centenário dessa revolta civil. Embora eclodida do ressentimento entre os homens que lideravam a política, na disputa do poder, na luta ideológica transformada em morte, mesmo assim, precisamos conhece-la. Duas partes do Rio Grande brigaram, ferozmente: a agremiação “maragata” (federalista), formada de homens vibrantes, valentes e a agremiação “pica-pau” (republicanos castilhistas), formada por homens altivos, com expressão dominante. A fidelidade foi a grande característica dos políticos daquela época. Passo Fundo foi palco da grande teatralidade entre “maragatos” e “pica-paus”. Passo Fundo, 14 de janeiro de 1993. O autor.
Apresentação
Primeiro Capítulo pelo Autor
A CAVALARIA GAÚCHA
Euclides da Cunha, o estilista nordestino, na obra “Os Sertões”, descreve a personalidade do homem sul rio-grandense, estabelecendo uma diferença do homem nordestino: “O gaúcho, o peleador valente, é certo inimitável numa carga guerreira...” O jagunço, diz o escritor, “ é menos teatralmente heroico, raro assume esta feição romanesca e gloriosa”.
Essa teatralidade, diz o escritos Jorge Salis Goularte, “justifica-se de uma combinação histórica com a geográfica da vida do homem riograndense, resultando daí que os naturais deste Estado sempre escolheram a cavalaria para a sua arma de guerra”.
Dom Diogo de Souza, incumbido de organizar a Província do Sul contra os conquistadores espanhóis relata: “De toda a tropa é indispensável afastar a ideia de servir a pé, porque os habitantes, acostumados e andarem desde de criança a cavalo e a não mandarem a ser alistados na infantaria e artilharia a pé, quando aliás se prestam, voluntariamente, para assentar praça nos corpos de cavalaria...”
Garibaldi, em sua obra “Memórias”, atestava a predileção dos farroupilhas pela cavalaria: “O exército republicano, forte de mil homens de infantaria e de cinco mil de cavalaria...”
Andar a cavalo era a suprema aventura para os homens que habitavam o Rio Grande do Sul. Não era de estranhar que os jovens gaúchos sempre se inclinam em servir na cavalaria, quando eram chamados para prestar o serviço militar.
Talvez fosse por isso que os revolucionários gaúchos conseguiam quase todas as suas vitórias, por meio de velozes cavalos. Sempre que o inimigo se achava protegido por um obstáculo, os combates ficavam indecisos. A luta acontecia quando o campo era aberto.
O famoso combate do “Pulador”, em Passo Fundo, um dos maiores da revolução civil de 1893, é um exemplo: o local onde se deu o encontro entre as forças do governo e as forças revolucionárias era circundado de banhados e matas, tornava difícil a carga da cavalaria revolucionária maragata, que tentou várias vezes carregar, mas, diante da natureza do terreno, onde os cavalos e cavaleiros caiam nos atoleiros dos banhados, estancavam sem ação.
Índice
SUMÁRIO
- A REVOLUÇÃO FEDERALISTA ...................................................................9
- IDEAL CASTILHISTA ..................................................................................10
- IDEAL MARAGATO......................................................................................10
- A CAVALARIA GAÚCHA ..............................................................................11
- ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO...........................................................12
- MARAGATOS E PICA-PAUS ......................................................................15
- O PORQUÊ DA DISCÓRDIA.......................................................................17
- A LUTA .........................................................................................................19
- A REVOLUÇÃO EM PASSO FUNDO...........................................................20
- DUAS VERSÕES SOBRE A BATALHA DO PULADOR...............................25
- RESULTADOS DA REVOLUÇÃO................................................................29
- A PAZ............................................................................................................30
- FONTE DE CONSULTA ...............................................................................32
- Índice de ilustrações.....................................................................................33
Conteúdos relacionados
A versão e-book foi lançada na III Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 08 de Abril de 2014.