Limites e outros exageros

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Limites e outros exageros
Limites e outros exageros[1] [2]
Descrição da obra
Autor Pedro de Quadros Du Bois
Título Limites e outros exageros
Subtítulo e alguns poemas
Assunto Poesia
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2019
Páginas 192
ISBN 978-85-8326-422-4
Formato Papel 15 x 21 cm
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2019

Limites e outros exageros: e alguns poemas Antes anoiteça / o dia se estira em poentes: / movimentos estressam a crosta / em falhas: não se repetem / aconteceres. O melhor da festa /na inexistência do dia anteriormente /eleito em sombras. Onde repousam /lembranças geradas em instâncias /inferiorizadas pelo medo. /Até o desenlace o nó perdura /dificuldades no corpo sufocado / pela esperança.

Apresentação

APRESENTAÇÃO, por Sueli Gehlen Frosi

Limites e Outros Exageros é o convite de Pedro Du Bois a que mergulhemos, profunda e completamente, em uma conversa poética, em que é permitido ouvir vozes ativamente presentes, vindas do que há de mais humano, que é a capacidade de produzir arte através das palavras.

Pedro produz códigos plenos de significados, mantendo atentos os sentidos em sua plenitude. Atingimos o topo sensorial entre as páginas que ele elabora com cuidado, quando tocados em prazer e sobressaltos bem derramados nesta obra rica de comunicação humana. O autor promete, página a página, num crescendo, uma experiência literária por completo, sem facilidades simplistas, mas, eivadas do incansável esforço em encantar, em trazer o vocabulário capaz de traduzir o que é íntimo, mas universal.

Esta não é uma obra datada, pois, tem o potencial de sobreviver ao tempo e ao espaço, o que caracteriza as grandes obras artísticas e literárias. Ela é fruto da interlocução do autor com o mundo, com os livros, com as pessoas. É daí que Pedro extrai o sumo espesso e perfumado que expressa em palavras. É isto que encanta nesta obra! 8 LIMITES E OUTROS EXAGEROS e alguns poemas Pedro Du Bois

Como Baudelaire, Pedro submerge em si, onde está a sua pátria, e parte para o mundo poético, com a propriedade de reconhecer os próprios seres imaginários e os recônditos de alguém lapidado pela sofisticada observação do que seja a condição humana. A “pátria” de Pedro é impossível de ser vista a olho nu, por conter frinchas por onde espiamos, incapazes de perscrutar os veios de um subsolo precioso. É de seu próprio sangue que o autor nos alimenta, enquanto tentamos compreender a profundidade da sua obra.

Portanto, alimente-se, espie e sensibilize-se para sobreviver de corpo e alma nesta obra magistral!

Índice

  • 7 Apresentação
  • 9 Limites e Outros Exageros
  • 37 O Suportável Hábito De Me Fazer Ausente
  • 67 O Anti-Herói
  • 101 Rasgos
  • 131 Estrangeiro
  • 155 O animal Insaciável
  • 177 A Banalização como personagem

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Referências

  1. DU BOIS, Pedro Q. (2019) Limites e outros exageros: e alguns poemas -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 192 páginas. E-book
  2. De: pedro_dubois@terra.com.br     Enviado em: 10/02/2020  às 22:28:37  horas LIMITES E OUTROS EXAGEROS e outros poemasMaura SoaresQuerido poeta/escritor Pedro,confesso que a minha demora em comentar a obra deveu-se a leituras homeopáticas e as diversas paradas para mergulhar no significado de muitos dos teus escritos.Confesso que em alguns eu logo captei e em outros li, reli e ah! eureka! entendi.Tua obra é profunda, tantos nos limites quanto nos exageros, eis que o título é assim."A morte antecipa o desfecho: não saber o destino traçado pela divindade: dívida dos deuses em adeuses: flores de corpos descompostos". Sim, não viemos para cá com bula e nem o dia da partida. Nos entremeios amamos, odiamos, matamos, seviciamos...E os silêncios... Praticamente fico em silêncio; uma música de fundo ali, outra só o barulho dos carros na avenida. O silêncio da mãe ante o filho cuja alma se vai sem que ela possa reagir (pag.30), é profundo, muito profundo. Felizmente tive um filho sem grandes problemas de saúde, mas sei de quantas mães velam seus rebentos...O parágrafo da página 33: "Há o corpo sobre a pista. Morto. Há o desespero da insegurança". Quando há porte, o chão desaba, como se estivéssemos num precipício com o pé na borda, vendo o vazio abaixo. Nos movimentos circulares ..."toda paisagem tem em si enxerto das plantas e pedras decompostas... toda tragédia disfarça a impossibilidade da fusão entre homens e deuses..."Envelhecido em família desterrada/ lembrei o verso e me opus (ao novo):fui continente/ fui isto/ fui ilha naufragada... visto pelo avesso a roupa escolhida para a solenidade (pura rebeldia)Outro: "Fecho as portas pelo lado contrário. Corro a tranca em atravessada forma: demitido como proscrito no boletim de ocorrência". E adiante: Livre sobre destroços sinto a paz exterior na contenção revolta.Não vou me alongar mais, porém acabei de ler o livro e terminei pela madrugada. Havia esquecido o lápis (leio deitada, hábito horroroso, mas não tenho sofá e sim cadeiras de braço sem ser poltronas e com problema de coluna, leio deitada antes que o sono chegue.Fiz uns tracinhos a lápis até a página 140 quando destaquei:"A profundeza o comove: ter estado presente ao ato não o torna proprietário da verdade"Então como não sou dona da verdade e nem pretendo me apropriar dos teus versos, digo simplesmente: uma obra densa que faz pensar.Agradeço o carinho e desculpa a demora em comentar.abraçosmaura