Lançado O NACIONAL

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Lançado O NACIONAL

Em 30/08/2008, por Heleno Alberto Damian


A 19-06-25, uma sexta-feira, foi lançado O NACIONAL, bi-semanário de propriedade de Theophilo Guimarães, direção de Herculano Araújo Annes e gerência de Hyran de Araújo Bastos e Americano de Araujo Bastos. “Jornal Independente”, com circulação às quartas e aos sábados, apresentava o formato 30,5 x 43 e 4 páginas. A redação e a gerência funcionavam na Livraria Nacional. O título foi desenhado por Geolar Caminha e gravado em Porto Alegre, na clicheria da Editora Globo. (ON nº 1, de 19-06-25; e Machado, Antonio Carlos. Cinqüenta Anos de História. Primeiros Tempos (1), in ON nº 13.934, de 19-06-75.)

“O NACIONAL. Editado em oficinas de vida comercial independente, gozando de mão de obra farta e material em boas condições, O Nacional aparece hoje, com esperanças de longa vida no seio da população passo-fundense. Fundado em tais intenções, mister é que digamos algo sobre o seu feitio moral: é preciso saber com quem se vive. Todo o nosso programa se resume nas duas palavras do cabeço: Jornal independente. Independente é aquele que vive por si e se dirige por seu próprio arbítrio sem sugestões estranhas; independente é quem não se acha preso em liames de partidarismo, é quem não está chumbado aos elos de uma fé nem coagido pelas necessidades da vida, ao amém eterno da subalternidade. Ser independente é ser libre. O primeiro dever de quem é livre é respeitar a liberdade alheia. Quem quer ser livre deve ser honrado, deve ser justo, deve por-se acima dos pequeninos interesses que pupulam no seio das coletividades em formação, mas também deve ser enérgico e irredutível no culto da verdade. Nem abusar nem temer. Nós queremos ser livres. Não significa isso que afastemos de nós assuntos escabrosos como o são geralmente os políticos, os administrativos e os religiosos. Não; de todos falaremos si mister e nisso está a principal vantagem de quem tem os movimentos soltos. O que significa é que em nenhum assunto interesses secundários nos irão desviar da reta que traçamos. Não pregaremos crenças porque não somos religiosos; não empreenderemos propagandas políticas porque não somos políticos; mas chegaremos à política e chegaremos a qualquer idéia ou fato quando ele interessar de perto a vida comum. Liberdade máxima dentro da máxima responsabilidade. Eis o nosso lema.” (ON nº 1, de 19-06-25.)

Do livro:  Do livro: Páginas da Belle Époque Passo-fundense