Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior

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Caldas Júnior
Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior.jpg
Nome completo Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior
Nascimento 13 de dezembro de 1868
Local Própria/ Sergipe
Morte 9 de abril de 1913
Local Porto Alegre/RS
Ocupação jornalista

Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior (Neópolis, 13 de dezembro de 1868 — Porto Alegre, 9 de abril de 1913) foi um jornalista e empresário brasileiro. Wikipédia[1]

Biografia

Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior, fundador do Correio do Povo, nasceu em Própria, Sergipe, a 13 de dezembro de 1868. Seu pai, o juiz de Direito Francisco Antônio Vieira Caldas, nomeado para a comarca de Santo Antônio da Patrulha, mudou-se com a família para aquela cidade. Ainda menino, Caldas Júnior transferiu-se para Porto Alegre, onde concluiu os estudos preparatórios iniciados em Santo Antônio.

Seu pai foi fuzilado em 1894, na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, junto com outros 184 presos políticos, antigas lideranças da Revolução Federalista em Santa Catarina. Com pouco mais de 17 anos, iniciou no jornalismo como revisor e noticiarista do Jornal Reforma. Em pouco tempo, foi promovido a redator e atuou ao lado de celebridades como Carlos Von Koseritz e Antônio Lara da Fontoura Palmeiro, entre outros.

Em 1888, por indicação do conselheiro Gaspar Silveira Martins, Caldas Júnior tornou-se diretor do Reforma e se manteve nesse cargo até 1891. Além de dirigir o jornal, no qual deixou traços marcantes de sua personalidade, era o revisor dos artigos de Gaspar Martins e de Carlos Von Koseritz. Mais tarde, assumiu o cargo de redator chefe do Jornal do Commércio, onde permaneceu por alguns anos, trabalhando ao lado de Aquiles Porto Alegre e Aurélio Bittencourt. Em 1895, com parcos recursos, fundou o Correio do Povo, jornal independente, que fez memoráveis campanhas de interesse coletivo, mantendo uma trajetória de respeito e credibilidade através dos seus 113 anos de existência.

Com apenas 26 anos, Caldas Júnior revolucionou a imprensa rio-grandense, ao fundar um jornal que, segundo declarou no editorial do primeiro exemplar, ?Este jornal vai ser feito para toda a massa, não para determinados indivíduos de uma facção?. Como assinala o historiador Nestor Ericksen, na época, a imprensa gaúcha caracterizava-se pelas fortes tendências políticas, influindo diretamente na opinião pública local, de acordo com os interesses partidários. Havia jornais pró-maragatos e pró-pica-paus, alcunhas pelas quais eram conhecidos os adeptos dos principais partidos políticos gaúchos ao final do século XIX.

Os maragatos identificavam-se pelo uso de um lenço vermelho em volta do pescoço, os chimangos, um lenço branco. Caldas Júnior, para mostrar que o Correio estava equidistante das duas correntes, imprimiu seu jornal num papel de tom rosado, daí ter sido conhecido, nos seus primeiros tempos, como o "róseo".

A primeira edição do Correio do Povo saiu com quatro páginas em dois mil exemplares. Pouco mais de três anos depois, já eram 4,5 mil exemplares. Desde então, o Correio passou a ostentar no cabeçalho os seguintes dizeres: ?O jornal de maior circulação e tiragem no Rio Grande do Sul?. Essa empresa foi inovadora na profissionalização dos jornalistas, passando a contar com quadro próprio e não, como ocorria em outros jornais da época, com colaboradores que tinham outra fonte de renda. Também deu ênfase aos aspectos tecnológicos: por exemplo, teve quatro impressoras num período de quinze anos, também teve a primeira impressora rotativa do Rio Grande do Sul, em 1910, quando atingiu uma circulação de 10 mil exemplares.

Caldas Júnior morreu moço, aos 45 anos de idade, a 9 de abril de 1913. Com sua morte, a viúva Dolores Alcaraz Caldas assumiu o controle e o jornal passou por dificuldades econômicas, que só cessaram em 1935, quando a direção da Companhia Jornalística Caldas Júnior foi assumida por seu filho, Breno Alcaraz Caldas, nela permanecendo por mais de cinquenta anos.

Títulos, prêmios e honrarias

Patrono APLetras

Conteúdos de seu acervo

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Referências

  1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Caldas_J%C3%BAnior
  2. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 38
  3. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 29
  4. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 49
  5. SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento
  6. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 53
  7. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 54 e 257