Filipo Isnardi, dados biográficos

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Filipo Isnardi, dados biográficos

Em 12/05/1999, por Aldo Luciano Raffaele Alessandri

Exmo. Sr. Aldo Alessandri

Dmo. Agente Consular da Itália

C. P. 16 –

99.010-22 – Passo Fundo – RS -


Respondendo à Vossa Carta-Pedido de 10 do CC. Podemos por intermédio da Biblioteca de nosso “Centro de Pesquisas Genealógicas” – informar o seguinte:


DON Filipo Isnardi, sim, natural de Savona na Ligúria, e filho legitimo de Girolomo e Thomasia Pichetto, nascido no ano de 1802. Tendo recebido excelente formação – (em alguns documentos é dito “Doutor”, em Teologia ou Direito) – foi ordenado presbítero a 24-09-1825. Além de ser um sacerdote muito ilustrado, merece especial menção por ter paroquiado com zelo e despego em freguesias difíceis, pobres e distantes entre si.

- Chegou no Rio Grande do Sul em 1841, ocupando o cargo de Coadjuntor de Rio Pardo. Depois foi vigário de Conceição do Arroio (Osório), nos anos de 1845-1846. Após alguns meses em que serviu de cooperador na Igreja do Rosário, em Porto Alegre, voltou a Rio Pardo, donde saiu novamente para ser Vigário de Gravataí no período de 1847-1850. Depois de ter sido Cura, por meses de São Leopoldo, retornou ao Rio Pardo como Coadjutor e Vigário interino (1851-1852). Em maio de 1852, tomou posse da Paróquia de Passo Fundo, onde ficou até agosto de 1854,  (grifo nosso) partindo daí para Soledade (1854-1856). Desce outra vez a Rio Pardo como Coadjuntor nos anos de 1856 a 1857, até sua nomeação. Como Vigário de Lavras do Sul.

- Em Lavras adoece gravemente e foi recolhido à Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre, onde veio a falecer aos 15 de julho de 1860, de hemorragia cerebral com 57 anos de idade, sendo encomendado na Igreja do Rosário - RIP. Pe. Felippo Lanardi, foi um grande estudioso da História Natural, dedicando-lhe o tempo que podia dispor, no seu ministério. Segundo a AMBAUER (2ª parte de “Descrições e Viagens – e de Abeiliard Barreto, em “Bibliografia Sul Riograndense”), possuía belíssima e preciosa coleção de inserto e especialmente borboletas e coleoptores ainda desconhecidos, aos quais impunha nomes de pessoas ou lugares da Pátria-Mãe Itália. Segundo o mesmo autor e viajante que o conhecera e com ele privara em Rio Pardo era um “HOMEM MUITO ILUSTRADO”. Lamenta, outrossim, que, “TÃO DISTINTO SACERDOTE MORREU NA MAIOR MISÉRIA...TENDO –SE PERDIDO SUAS MARAVILHOSAS COLEÇÕES E SUAS OBSERVAÇÕES”.

Fica em todo o caso aqui registrada também esta faceta de sua bela figura. (Apd. “Clero Secular italiano no RS.” 1815-1930) fis. 16, do autor Pe. Arlindo Rubert, editado em 1917 pela editora Pallotti em S. Maria.

Cordialmente

Nova Palma, aos 12/05/1999

Referências