Conversas entre educadoras: do dia-a-dia à utopia

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Conversas entre educadoras
Descrição da obra
Arganizadora Eliane Thaines Bodah
Título Conversas entre educadoras
Subtítulo do dia-a-dia à utopia
Assunto Educação
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2012
Páginas 72
ISBN 978-85-64997-56-1
Impresso Formato 21 cm
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2010

Conversas entre educadoras: do dia-a-dia à utopia “Conversas entre mãe e filha, ambas educadoras das redes pública e privada de ensino no Brasil (e dos E.U.A.), geram um instigante livro que lança um olhar sobre uma trajetória de quase cinquenta anos de educação na rede pública de ensino e afins; desafiando assim, os colegas professores a repensarem sobre tópicos polêmicos que envolvem sua prática diária nos dias atuais. Além disso, as autoras destacam ainda alguns métodos bem sucedidos aplicado pelas mesmas e por seus colaboradores no cotidiano da sala de aula”.

Apresentação

Primeiras palavras, pela Autora

A ideia de um livro intitulado “conversas entre educadoras” nasceu durante um desses dias em que eu e minha mãe – ambas professoras discutíamos os desafios cotidianos da escola; do sistema educativo e social, os planos de aula e a correção de provas, entre outros detalhes que só quem está envolvido com a educação pode compreender.

Assim, desses diálogos originaram-se os capítulos abordados nesse livro, sendo que alguns tópicos fugiram à nossa compreensão e são abordados no último capítulo pelas colegas educadoras Caroline Grando Gava e Renata de Baco Hartman, que escreveram respectivamente sobre “extensão da educação” e “educação e comunidades rurais”.

Outros tópicos porém, despertaram a atenção de educadores estrangeiros, como por exemplo, Brian William Bodah que forneceu uma entrevista sobre agressividade na escola; bem como de diversos alunos, entre eles Pedro Thaines, que manifesta sua opinião sobre o período de transição do ensino fundamental para o ensino médio. Contamos ainda, com apoiadores listados ao final desta obra.

Nenhum vento é favorável quando não se tem rumo.” Quem nunca ouviu esse ditado? Esse provérbio expressa um pouco de minha trajetória pessoal e profissional, além de que, em uma linguagem mais direta indica que a definição de objetivos é um passo fundamental para o sucesso.

Da época dos “bancos” escolares até o atual momento, passando pela experiência de ser professora na rede pública brasileira e nos Estados Unidos, aonde sou professora assistente no Departamento de Horticultura e Arquitetura das Paisagens, esse provérbio está entre algumas considerações que se tornaram essenciais e cotidianas.

Um pouco de rebeldia até que faz bem”. Essa é outra grande constatação, pois, antes de começar a compartilhar minha prática enquanto educadora, preciso fazer o que o grande educador Paulo Freire recomenda: “colocar-se no lugar do educando”. Para tanto preciso fazer um breve resga- te do meu tempo enquanto aluna.

Avaliando minha educação, acredito que as séries iniciais do ensino fundamental foram satisfatórias. Aprendi a ler, somar e dividir e devo recordar que fui considerada uma aluna normal, até que os conflitos próprios da adolescência se acumularam na expressão de um intenso senso crítico. Talvez, aquela aluna que questiona o porquê dos conteúdos, as amarras do sistema e os conflitos do mundo, enfim, aquela com a sensação de não saber qual a função da escola.

Esses questionamentos me acompanharam ao longo das séries finais do ensino fundamental e do ensino médio. Nas tardes quentes de verão, durante a leitura dos imensos textos de história medieval, seguidos de um questionário tão longo quanto (ou mesmo maior) que texto, pensava que se eu fosse professora, com certeza não ficaríamos só na sala de aula.

E dito e feito! Mesmo que na verdade, eu não soubesse do que estava falando na época. Porém, anos mais tarde, ao lecionar Ciências, tive o privilégio de ensinar vários conteúdos ao ar livre.

Sério? Esse é outro ponto de interrogação corriqueiro. Iniciei minha carreira como professora quase “sem querer”. Estava cursando o quarto semestre do curso de Biologia numa instituição privada. Isso significa mensalidade alta e pouco dinheiro no bolso, quando milagrosamente apareceu a oportunidade de uma bolsa de estudos para lecionar ciências no ensino fundamental da rede pública.

Confesso que hesitei, pois afinal sou filha de professora e além do mais, quem quer ser professor quando essa profissão, embora nobre, sofre um processo de desvalorização crescente a nível nacional? Para ingressar nessa carreira é necessário coragem e perseverança, pois os desafios são imensos... - Desafios? Ah sim, aceitei.

Claro que dificuldade de várias ordens surgiram devido à situação da educação atual que muitos autores atribuem à crise econômica. Ou ainda à desestrutura familiar, à falta de incentivos e políticas públicas, à ruptura social, entre outras palavras complexas que aprendi no meu Mestrado em Educação, alguns anos mais tarde.

Mas uma verdade tem de ser dita, um dos principais problemas que enfrentei foi devido à falta de preparo. As instituições de ensino geralmente nos preparam para o aluno “ideal”, enquanto que o aluno “real” tem de ser decifrado cotidianamente – como diria minha colega de séries iniciais. (Segue....)


Demais Participantes: Brian Willian Bodah, Caroline Grando Gava, Jaira Thaines, Pedro Thaines, Renata de Baco Hartmann

Índice

  • Primeiras palavras11
  • Introdução16
  • Sobre os meus mestres18
  • Os mestres da minha mestra 20
  • Professor(a),eu? 23
  • Autoridade sem ser autoritário 28
  • A escola não me interessa 33
  • Entrevista com BrianWilliam Bodah 33
  • Que tal inovar na educação? 38
  • E o bicho da matemática? 40
  • Senhores pais ou responsáveis 43
  • Temas relevantes 45
  • Uma alimentação saudável 45
  • O direito de brincar aliado ao professor: Ludicidade 47
  • Corrigindo provas 49
  • Do ensino fundamental ao ensino médio – Pedro Thaines 50
  • Conversas não paralelas 52
  • Extensão da educação – Caroline Grando Gava 52
  • Educação e Comunidades Rurais - Renata de Baco Hartmann 57
  • Duas retas paralelas se cruzam no infinito 64
  • Bibliografia 67
  • Apoio:69

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Referências