Autobiografia de Francisco Antonino Xavier e Oliveira

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Autobiografia de Francisco Antonino Xavier e Oliveira

Em 31/10/2019, por Francisco Antonino Xavier e Oliveira


Auto-biografia de Francisco Antonino Xavier e Oliveira[1]


Notas de rodapé de:

Alex Antônio Vanin, e

Djiovan Vinícius Carvalho


(Peça constante do arquivo do IHGRGS, correspondendo a um original datilografado em ortografia desatualizada, de autoria atribuída àquele cronista e historiador de Passo Fundo que foi um dos sócios fundadores do Instituto Histórico, nascido em 1876 e falecido em 9/7/1959)[2]


"Nasci a 5 de Setembro de 1876, na casa de meu avô Francisco Xavier de Castro[3], na fazenda dos Três Capões, 1º districto deste município de Passo Fundo.

Meus ascendentes foram os que constam do quadro incluso[4] . Meu pae[5] falleceu nesta cidade a 6 de Julho de 1895. Era ele natural de Ponta Grossa, Paraná.

Até a idade de 4 annos, estive com meus pais, no campo que elles possuiam e que hoje pertence a successores de Bernardino José Lopes de Albuquerque, também no 1º districto e dividindo com a referida fazenda dos Três Capões.

Naquella idade e tendo meu pae ficado abalado das faculdades mentaes, sendo separado, por isso, da familia, fui com minha mãe e meus dois irmãos Ildefonso e Octavio, mais novos que eu, para a Lagoa Vermelha, onde ficamos morando, em companhia de meus padrinhos José Francisco de Oliveira Jeca e Maria Felomena Xavier, na estancia que estes possuíam, chamada da Bôa Vista, á margem esquerda do rio Forquilha e que hoje pertence á herdeiros de Manoel Fagundes de Souza. Também moramos na villa de Lagôa Vermelha, com o mesmo Jeca e meu tio Fortunato Xavier de Castro, e depois em casa nossa.

Foi nossa villa que recebi começo do instrucção primaria, primeiro com um professor de nome Bemvindo Rodrigues Moreira, depois com outro, chamado Alfredo Falcão, e finalmente com d. Delphina Loureiro de Mello, aula esta de que me retirei em 1887, anno em que, em Dezembro fui para São Paulo, com meu tio Cesario Xavier de Castro, que levava uma tropa de mulas, da qual fui como madrinheiro até Ponta Grossa, onde, de chegada, fui empregado como caixeiro na casa de Manoel Dias Baptista, conhecido por Neco do Padre. Antes dessa viagem já eu tinha sido caixeiro de meu tio Fortunato, em Lagôa Vermelha, officio que fazia ao mesmo tempo que cursava a escola.

Depois de cinco mezes, mais ou menos, de estadia em Ponta Grossa, segui para Sorocaba, com a tropa referida, que ali foi vendida na feira. Regressando dessa viagem, cheguei a Lagôa Vermelha em Julho de 1888, e dali, em Outubro, fui trazido para a companhia de minha madrinha Anna Joaquina Xavier e Oliveira, casada com o então major Lucas José de Araújo[6], nesta cidade, onde cheguei a 13 de Outubro.

Aqui fui posto na escola de Eduardo de Britto, onde só comparecia para as lições, visto que era caixeiro da casa comercial do mesmo Lucas. Estive nessa aula pouco mais de anno, ficando a minha instrucção primeira muito deficiente.

Em 1890, vendendo Lucas a sua casa commercial a seu irmão Antonio Manoel de Araújo, também nesta cidade, passei a ser caixeiro deste, mas continuando a morar com minha madrinha e Lucas.

Em 1892, sahindo dessa casa, fui para a Lagoa Vermelha onde estava o mesmo Lucas e sua senhora. Passei então a viajar com Lucas, em tropas, primeiro de bois e depois de cavallares, sendo que numa dessas viagens permaneci mezes em Campos Novos, Santa Catharina, como invernadeiro, passando depois para Palmas e finalmente para Porto da União, onde estiveram emigrados Lucas e o referido meu tio Fortunato e suas famílias.

Dessa ultima localidade tive de sahir precipitadamente para não servir na força de Gomercindo Saraiva, que estava cercando a cidade da Lapa e de lá mandara uma força a Porto da União. Depois de estar escondido em vários pontos do sertão entre Campos Novos e Curytibanos, com Lucas e mais dois companheiros, sem podermos sahir porque havia forças para todos os lados e Lucas corria perigo por ter sido aqui, mettido na revolução como republicano, conseguimos, com dificuldades e perigos, sahir dali e irmos a Porto Alegre, a cavalo até S. João, digo, até São Sebastião do Cahy.

Chegado a Porto Alegre em Maio de 1894, em seguida empreguei-me como caixeiro na rua da Praia, primeiro na casa A Predileta de Antonio Vilhena Machado, e depois na casa Esteves Barbosa & Cia., de onde sahi em 1896 para vir para Passo Fundo, onde cheguei em Setembro desse anno.

Em Porto Alegre, durante pouco tempo, estive em um curso nocturno de Club Caixeiral[7], aula penosissima porque começava ás 10 horas da noite e eu não podia estudar por motivo do emprego.

Foi ahi que recebi umas poucas noções de escripturação mercantil e tive também pela bibliotheca dessa sociedade a quem por isso gratidão. Tinha ella um jornalzinho O Athleta[8], no qual, apesar de muito atrazado, collaborei algumas vezes, tendo sido meu primeiro trabalho um conto. Mandei também versos para a Caixa Urbana do Correio do Povo, que os criticava mas que afinal deu publicidade a um dos meus sonetos.

Chegado a Passo Fundo, logo entrei como caixeiro da casa commercial de minha tia Lucia de Castro[9], viuva de Fortunato Xavier, ahi permanecendo até 1898, anno em que, com meu cunhado Antonio de Padua Hollanda Cavalcanti, comprei as existências daquella casa commercial passando a trabalhar como negociante. Como não tivéssemos capital, essa empresa entrou logo em difficuldade e tivemos que fechal-a, mesmo porque contra ambos nós surgiu um processo por motivo de uma nota falsa que nos accusavam de termos dado em pagamento e nós impugnávamos, sob o fundamento de não ser a que tínhamos dado. Correndo o processo em Porto Alegre no Juizo Federal, fomos absolvidos.

O mesmo que nos tinha imputado a passagem dessa nota e cahido depois em contradicção, nos moveu uma acção pelo prejuízo que dizia ter soffrido com a mesma nota, acção que também vencemos conforme certidão que tenha causa que, não tendo advogado, me vi obrigado a trabalhar no fôro, em minha defesa, aqui em Passo Fundo, pedindo auxilio a amigos, pois que eu nada sabia de fôro.

A esse mesmo tempo, estando em Porto Alegre (Junho de 1899) fui surprehendido por um telegramma do Cel. Gervasio Annes[10] chefe político daqui, em que me communicava que eu tinha sido nomeado promotor publico desta comarca, e me inquiria de si aceitava ou não. Respondi que aceitava, embora não me julgasse competente.

Esqueci-me de dizer que em 1896, quando viera de Porto Alegre para Passo Fundo, havendo aqui muita falta de pessoal para os cargos, porque a cidade ficara muito desfalcada de população com a evolução terminada no anno anterior, fui nomeado amanuense do Conselho Municipal, permanecendo nesse cargo até ser nomeado promotor.

Na promotoria luctei muito e me incommodei mais, porque além de não ter preparo algum, arquei com processos de vulto, em que eram reus pessoas de certa ordem. É claro que pela minha inexperiencia e falta de preparo, teria de errar em cargo de tanta responsabilidade como aquelle, o que depois reconheci e me mortificou bastante, mas me foi benefico porque a experiencia assim colhida me ajudou a desenvolver-me.

Deixei esse cargo, que era interino, em Julho de 1900, ficando desempregado e com a aggravante de que o insuccesso commercial já referido me deixara, como a meu socio, onerados com um passivo de muitos contos de reis, que nos creava situação terrível. Tinhamos umas partes de campo em Tamandaré[11], que nossas esposas tinham herdado de sua avó d. Balbina, e um terreno e casa em Passo Fundo, que tivemos de entregar a credores, só se salvando um chalezinho de madeiras que eu tinha no terreno onde hoje está a minha moradia, e outro chalet e terreno de meu socio; sendo que o meu não foi escripturado porque o credor não quiz recebel-o.

Alguns mezes depois entrei a servir no cartorio de orphãos, como substituto do escrivão Lucas de Araujo Oliveira, que tinha de viajar. Estive uns 6 mezes nesse cartorio, ganhando ao todo uns cento e poucos mil reis... A lucta era seria.

Em 1901 fui convidado a trabalhar na Intendência, pelo então intendente tenente coronel Pedro Lopes de Oliveira[12], servindo como secretario até Novembro de 1905, quando fui nomeado juiz districtal da sede deste município, cargo que occupei até Janeiro de 1909, vendo-me obrigado a deixal-o devido a um incidente com o juiz de comarca dr. José Dario de Vasconcellos.

Entrei ahi a advogar e depois de algum (sic) fui convidado a trabalhar no escriptorio do Coronel Gervazio, onde permaneci uns dois annos tendo como companheiro o meu collega José Prestes Guimarães[13]. Deixando esse escriptorio para ir trabalhar no meu, fui por segunda vez nomeado juiz districtal em 1918, servindo por pouco tempo, devido á exiguidade da remuneração.

Voltei a advocacia, mas timbrando sempre por ganhar muito pouco, pois nesses tempos a advocacia era profissão multo pouco, pois nesses tempos a advocacia era profissão muito pouco rendosa na terra.

Descoroçoado e aborrecido de tal carreira, deixei-a para ir trabalhar fazendo escriptas commerciaes, ocupação que conservei por uns dois ou três anos, voltando á advocacia...

Em 1923, durante o anno, servi como secretario da Intendência gestão do dr. Vergueiro[14], cargo cujos vencimentos exíguos não me convinham e deixei para ir fazer a vida outra vez na advocacia.

Em 1925 fui pela 3ª vez nomeado juiz districtal, por pouco tempo, pois que não me convinha tal cargo, em que só fiquei por três mezes, que foram de luctas e encommodos.

Além dessas funções exerci outras commições publicas conforme a lista inclusa. O meu destino, porém, era decisivo: tinha de ser advogado. Acabei por me conformar, e hoje gosto da carreira, si bem que me tenha sido sempre deficiente em rendimento. Não me queixo disto. É a força do meu destino que está em acção.

Tenho trabalhado muito, conforme se pode ver pelos papeis que deixo no escritório de advocacia. Diligencia não me faltou. Sempre fui operoso, mas devia ser assim. Entretanto há uma que me conforta muito: procurei ser honesto e leal com os clientes, e sempre procurei evitar questões, aconselhando solução amistosa. Depois, tendo de fazer a vida me fazendo também, abrindo caminho por entre as immensas difficuldades dessa carreira, de certo que não poderia ir ao êxito logo. Devia esperar, o que fiz convencido de que si procedesse sempre bem como profissional, o meu dia havia de chegar, trazido pelo conceito que assim creasse.

Lastimo não deixar assegurado o futuro de minha familia, mas, ao mesmo tempo, confio que Deus a amparará. Deve ella, pois, esperar d’Elle, não desesperando, porque no mundo tudo tem a sua razão de ser, e nada acontece ás cegas ou por acaso. Com pasciencia e resignação, e diligencia, se vai sempre a bom caminho.

Apparentemente fui insconstante, trabalhando em tanta cousa. A realidade porém é outra: cabia-me diligenciar a minha vida, que si era improductiva numa cousa, poderia melhorar noutra. Assim procedendo, não fui um desanimado. Luctei. Busquei melhorar economicamente. Si não o consegui, ao menos me desenvolvi um pouco a custa da lucta e com o concurso da experiencia que dahi me veiu."


Títulos das colaborações e pseudônimos que usou:

Colaborações Pseudônimos Jornais
............... PLUTARCHO O Athleta[15]
Amolando JAPY O Gaucho
Bosquêjos ARGOS O Gaucho
RESPIGAS ARGOS O Gaucho
CONTRADICTAS ARGOS O Gaucho
REMEMORAÇÕES HISTÓRICAS SENIO O Gaucho
INDUSTRIAS LOCAIS JANO O Gaucho
Comentarios ARNIO A Voz da Serra
Bosquêjos JOÃO D’OUTRORA A Época
Do silêncio JOÃO D’OUTRORA A Época
Revistinha J. TAGARELLA O Gaucho
Diversos JOÃO D’OUTRORA O Nacional


Os avós maternos ILDEFONSO JOSE DE OLIVEIRA e MARIA GERMANO PENTEADO[16], vieram, já casados e c/filhos, da “Comarca de Curitiba”, antiga província de S. Paulo, depois província e hoje Estado do Paraná.

Os avós paternos FRANCISCO XAVIER DE CASTRO e ANNA JOAQUINA FERREIRA[17], vieram, da mesma comarca de Curitiba, já casados e com tres filhos, sendo o 1º Francisco Marques Xavier[18] (Chicuta). Os outros filhos nasceram uns aqui na cidade e os últimos em sua fazenda DOS TRES CAPÕES

O pai do velho XAVIER era de origem francesa.

Referências

  1. Autobiografia publicada no nº 125, da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, em 1989.
  2. Nota dos editores da Revista do IHGRGS.
  3. Nascido em 1º de julho de 1809, em Castro, freguesia de Iapó, Comarca de Curitiba. Biriva, ervateiro e tropeiro, estabeleceu-se em Passo Fundo em outubro de 1843. Em 1852 criou, entre o Rio Jacuí e o Rio Capinguí, a Fazenda Três Capões. Foi presidente da Câmara Municipal entre 1880 e 1882. Faleceu em Passo Fundo em 15 de outubro de 1908 (MIRANDA; CARVALHO; VANIN, 2018, p. 199).
  4. Ver, na sequência, as páginas 29 e 30.
  5. Antonio de Oliveira Penteado, que nasceu no Paraná, em 20 de janeiro de 1854, e faleceu em Passo Fundo, em 1895 (MIRANDA; CARVALHO; VANIN, 2018, p. 200).
  6. Lucas José de Araújo, comerciante, nasceu no dia 24 de agosto de 1842. Filho do Capitão Manoel de Araújo, primeiro presidente da Câmara Municipal após a emancipação do município. Participou da Guerra do Paraguai nos combates de Butuí, do cerco de Uruguaiana e do Passo da Pátria e também da Revolução Federalista (1893-1895). Membro do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR). Em testamento, datado de novembro de 1915, doou todas as suas terras para a entidade que criasse em Passo Fundo um “asilo de crianças órfãs e desvalidas”. Faleceu em Passo Fundo no dia 1º de janeiro de 1919, aos 76 anos (MIRANDA; CARVALHO; VANIN, 2018, p. 235).
  7. Club Caixeiral de Porto Alegre, destinado aos empregados do comércio, os caixeiros, fundado em 1882. As informações sobre essa categoria circulavam através das páginas do jornal O Atleta que pertencia àquela associação. O Club Caixeiral Porto-Alegrense encerrou suas atividades em meados do século XX. Fonte: BARBOSA, Marco Aurélio Gomes Barbosa; OTT, Ernani. A Organização Profissional Contábil no Estado do Rio Grande do Sul no Período de 1882 a 1947. Vista & Revista, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 24, n. 4, p. 34-50, out.-dez. 2013.
  8. Periódico do Club Caixeiral de Porto Alegre, sendo o difusor dos clamores por direitos reivindicados por caixeiros e guarda-livros em fins do século XIX e início do XX, como o descanso aos domingos e a redução da jornada de trabalho dos trabalhadores no comércio (BARBOSA; OTT, 2013, p. 41)
  9. Nascida em 29 de junho de 1861, filha de Maria Felomena e José Francisco de Oliveira-Jeca, foi casada com Fortunato Xavier de Castro. Faleceu em 11 de julho de 1909 (MIRANDA; CARVALHO; VANIN, 2018, p. 199).
  10. Gervasio Lucas Annes nasceu em Cruz Alta/RS, em 12 de abril de 1853. No início da década de 1870 chegou a Passo Fundo. Ligado inicialmente ao Partido Conservador, foi Deputado Provincial, no ano de 1887, passando ao Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) em 1889. Foi ainda Deputado do PRR à Assembleia de Representantes, nos anos de 1891, 1892 a 1896, 1897 a 1900 e 1909 a 1912. Combateu os Federalistas na guerra civil de 1893-95, no posto de coronel da Guarda Nacional. Foi o chefe do PRR em Passo Fundo, de 1890 até seu falecimento, em 04 de abril de 1917, exercendo o cargo de Intendente Municipal entre 1893 e 1900 e entre 1909 e 1912, sendo vice intendente entre 1904 e 1908 e entre 1912 e 1917 (MIRANDA; CARVALHO; VANIN, 2018, p. 207).
  11. Parte do atual município de Almirante Tamandaré do Sul/RS.
  12. Pedro Lopes de Oliveira, conhecido como Coronel Lolico, nasceu em 29 de outubro de 1865 na fazenda do Bom Retiro, à margem direita do Rio da Várzea, município de Passo Fundo. Foi membro do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) e integrante do Conselho Municipal a partir de 1891. Durante a Revolução Federalista (1893 – 1895), comandou o 45º Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional no posto de Tenente-Coronel. Tomou parte dos combates do Umbú e do Passo d’Areia. Findada a contenda, integrou novamente o Conselho Municipal de 1896 a 1900. Foi eleito Intendente Municipal em 1900, ficando no cargo até 1908, elegendo-se novamente em 1912 permanecendo no poder até 1920. Devido a desentendimentos com seus correligionários, Lolico tornou-se um dos republicanos dissidentes e um dos líderes da guerra civil de 1923, contra Borges de Medeiros. Faleceu em Passo Fundo em 1948 (MIRANDA; CARVALHO; VANIN, 2018, p. 250).
  13. Nascido em 1º de novembro de 1856. Filho de Antonio Ferreira Prestes Guimarães e Ana Theresa Shultz. Era advogado, tendo trabalhado na banca do Cel. Gervasio Lucas Annes. Faleceu em Passo Fundo em 02 de abril de 1919 (MIRANDA; CARVALHO; VANIN, 2018, p. 230).
  14. Médico e político passo-fundense, exerceu diversos cargos políticos, dentre os quais Intendente Municipal e Deputado Estadual e Federal, durante a primeira metade do século XX.
  15. O primeiro jornal em que colaborou foi “O ATHLETA”, de P. Alegre, do Club Caixeiral, em 1894 ou 1895.
  16. Maria Germana Penteado, filha de João Batista Penteado e Maria Floriana de Almeida, casou-se no dia 23 de fevereiro de 1838, em Castro/PR, com Ildefonso José de Oliveira (MIRANDA; CARVALHO; VANIN, 2018, p. 200).
  17. Nascida por volta de 1820, filha do Cap. Jerônimo José Vieira e Felicidade Maria Ferreira. Foi casada com Francisco Xavier de Castro, tendo falecido em Passo Fundo, em 26 de abril de 1871 (MIRANDA; CARVALHO; VANIN, 2018, p. 199).
  18. Francisco Marques Xavier, conhecido como Coronel Chicuta, filho de Francisco Xavier de Castro e Ana Joaquina Ferreira, nasceu em 1836, em Campo Largo, nos Campos Gerais do Paraná, Comarca de Curitiba, então Província de São Paulo. Transferiu-se aos 07 anos de idade, junto com sua família, para Passo Fundo. Chicuta casou-se com Marcolina de Quadros no ano de 1864. Chicuta combateu o exército paraguaio na Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1864-1870), tomando parte em vinte e duas batalhas e outros combates menores. Chicuta foi ainda vereador em Passo Fundo entre os anos de 1886 e 1889 e, após a Proclamação da República, tornou-se um dos principais líderes do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), na região de Passo Fundo. Em 1891 foi agraciado com o título de Coronel Honorário do Exército Brasileiro, em função dos serviços prestados na campanha do Paraguai. Na manhã de 18 de junho de 1892, Chicuta foi assassinado na Rua do Comércio, atual Av. Brasil (MIRANDA; CARVALHO; VANIN, 2018, p. 200).