Ainda a propósito da literatura passo-fundense...
Ainda a propósito da literatura passo-fundense...
Em 20/02/2015, por Paulo Domingos da Silva Monteiro
Até hoje apenas um escritor passo-fundense mereceu citação em uma história literária do Rio Grande do Sul e do Brasil. Seu nome: Bento Porto Fontoura. Desconheço qualquer espaço dedicado a escritor local, anterior ou posterior ao poeta de Flores Incultas, em outra obra do gênero.
Eis o que Guilhermino Cesar escreveu sobre nosso patrício em sua clássica HISTÓRIA DA LITERATURA DO RIO GRANDE DO SUL (1737-1902), Porto Alegre: CORAG, 3. Edição, 206, p. 259:
Bento Porto Fontoura
Anote-se também, somente para documentar a descentralização literária a que aludimos em vários passos desta obra, o aparecimento, na vila de Passo Fundo, de Bento Porto Fontoura, com as suas Flores Incultas. Livro soberanamente cacete, de forma dura e inspiração tarda, seu único mérito é relembrar o pai do autor, a grande figura moral de Antônio Vicente da Fontoura, a quem o filho consagra algumas rimas lamentáveis:
Foi a oito de Setembro
Que o feroz assassino
No templo do Senhor
Matou-me o pai tão dino.