Acadêmico Edy Isaías

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Acadêmico Edy Isaías

Em 31/12/2003, por Paulo Domingos da Silva Monteiro


Acadêmico Edy Isaías[1]

(1933/2001)

Edy Isaías, filho de Eduardo Isaías e Jandira Antunes Isaías, nasceu em Passo Fundo, no dia 16 de setembro de 1933, e aqui mesmo faleceu a 15 de agosto de 2001. Passou seus primeiros anos de vida no Bairro Boqueirão, onde estudou no então Grupo Escolar Joaquim Fagundes dos Reis.

Como seu pai, militar do Exército Brasileiro, foi transferido para Carazinho, Edy acompanhou a família, concluindo o curso primário na Escola Princesa Isabel e o ginasial, no Colégio La Salle. Retornando para Passo Fundo, cursou o Científico como aluno interno do Instituto Educacional, participando das atividades daquela instituição de ensino, inclusive do movimento escoteiro.

Concluídos esses estudos, prestou serviço militar, inicialmente em Uruguaiana, onde foi cabo sinaleiro, chegando a terceiro-sargento. Já em Passo Fundo, deu baixa e seguiu para Porto Alegre. Ali prestou vestibular para o Curso de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, concluindo o curso de Jornalismo.

Nesse período, trabalhou como estagiário e foca (jornalista iniciante) nos jornais O Dia, Correio do Povo e Jornal do Comércio, na Rádio Gaúcha. Logo depois, retornou para Passo Fundo, iniciando o Curso de Filosofia ,que funcionava junto ao Colégio Conceição, e que acabou sendo concluído na Universidade de Passo Fundo. Ingressou no magistério público estadual, lecionando em Uruguaiana, Erechim e Marau.

Casou-se, em 1959, com Maria de Lurdes Campos, com quem teve três filhos: Edy Isaías Júnior (1960), Eduarda Ma¬ria Isaías (1962), Francisco Isaías (1965), e mais um filho de adoção, Luís Antônio Araújo.

Em 1961, fundou o jornal OEXPRESSO, do qual foi redator e editor.

Em Passo Fundo, sempre exerceu atividades no magistério, destacando-se o trabalho desenvolvido no Colégio (hoje Instituto) Estadual Cecy Leite Costa, como professor do curso de Redator Auxiliar, contribuindo para a formação de muitos jornalistas que atualmente exercem suas atividades em importantes órgãos de comunicação do país. Além disso, sempre atuou junto ao Movimento Negro, começando pelo Clube Visconde do Rio Branco, fundando o Grupo Zumbi dos Palmares, que iniciou estudos de cultura negra, e recebendo, em 1989, um prêmio internacional pelas atividades desenvolvidas nesse grupo.

Durante muitos anos, militou no Partido Democrático Trabalhista (PDT), integrando o Diretório Municipal e, em 1995, concorreu, como suplente, a uma das vagas a Senador da República.

Integrou, também, a Maçonaria.

Na Academia Passo-Fundense de Letras, ocupou a Cadeira nº 30, cujo patrono é Machado de Assis. Durante muitos anos, pesquisou a história de Passo Fundo e os contos infantis da região, temas sobre os quais deixou material inédito que está sendo organizado por sua família.

PAULO MONTEIRO

Referências

  1. Publicado na revista Água da Fonte nº 0