Eleições Presidenciais de 1950
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 1950
Em 2010, por Marco Antônio Damian
Data da eleição: 3 de outubro de 1950
A redemocratização política do Brasil com a deposição de Vargas, em outubro de 1945, acabou com o Estado Novo e eleições presidenciais e para a Câmara de Deputados ocorreram no mesmo ano de 1945. Nessa mesma eleição Vargas se tornou Deputado Federal Constituinte com a maior votação. Essa aprovação popular deu-lhe a prerrogativa de lançar-se mais uma vez candidato a Presidência da República, o que tinha ocorrido em 1930.
Vargas defrontou-se com o Deputado Cristiano Monteiro Machado e com o Brigadeiro Eduardo Gomes, o mesmo que havia sido derrotado por Eurico Gaspar Dutra. O gaúcho Getúlio Vargas venceu com larga margem de diferença de votos, colhendo em todo o País 3.849.040 votos contra 2.342.384 do Brigadeiro Eduardo Gomes e 1.697.173 de Cristiano Machado.
Em Passo Fundo não foi diferente. Vargas venceu com facilidade. O candidato udenista fez pouco mais de dois mil votos. O socialista João Mangabeira, que no Brasil obteve pouco mais de nove mil votos, em Passo Fundo fez apenas três.
A disputa pela vice-presidência foi empolgante em Passo Fundo, com Café Filho obtendo a vantagem de apenas 119 votos sobre o Deputado Altino Arantes.
QUADRO DE VOTAÇÃO
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL
| Nº | Nome | Legenda | Votos em Passo Fundo | Votos no Brasil | Situaç |
| Para Presidente | |||||
| 1 | Getúlio Dornelles Vargas[1] | PTB/PSP | 9.367 | 3.849.040 | Eleito |
| 2 | Brigadeiro Eduardo Gomes | UDN | 2.030 | 2.342.384 | |
| 3 | Cristiano Monteiro Machado | PSD/PRP | 5.612 | 1.697.193 | |
| 4 | João Mangabeira | PSB | 3 | 9.466 | |
| Para Vice-Presidente | |||||
| 1 | João Fernandes Campos Café Filho | PSP/PTB | 5.457 | 2.520.790 | Eleito |
| 2 | Odilon Duarte Braga | UDN | 2.386 | 2.344.841 | |
| 3 | Altino Arantes Marques | PSD/PRP | 5.438 | 1.649.309 | |
| 4 | Vitorino Freire[2] | PST | 29 | 524.079 | |
| 5 | Alípio Correia Neto | PSB | 0 | 10.800 |
Referências
- ↑ O Presidente Getúlio Dornelles Vargas cometeu suicídio na noite de 24 de agosto de 1954, assumindo o vice-presidente João Café Filho. Em novembro de 1955, portanto, um ano após a eleição do novo presidente da república, Café Filho deixou o cargo por motivos de saúde. Em seu lugar assumiu o presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz, que tentou impedir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek, numa tentativa de golpe. O Ministro da Guerra, General Henrique Teixeira Lott liderou o chamado Movimento 11 de Novembro, pelo qual foi deposto o presidente interino Carlos Luz. Em seu lugar assumiu o vice-presidente do Senado Nereu de Oliveira Ramos, que concluiu o mandato de presidente da república.
- ↑ O candidato Vitorino Freire registrou sua candidatura avulsa, ou seja, sem vinculação com candidato à presidência.