Coletânea de Poemas 2011
Coletânea de Poemas 2011 | |
---|---|
![]() Coletânea de Poemas 2011[1] | |
Descrição da obra | |
Organizador | Álvaro de Souza Gomes Neto |
Título | Coletânea de Poemas 2011 |
Assunto | Poema |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Data da publicação | 2011 |
Número de páginas | 164 |
ISBN | 978-85-64997-29-5 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Data da publicação | 2011 |
Coletânea de Poemas 2011 O Projeto Passo Fundo prima pelo pioneirismo, pela iniciativa primeira de oportunizar aos seus poetas, os filhos legítimos e os adotivos, revelarem-se através de seus poemas, ao mesmo tempo em que planta uma semente que certamente terá novos frutos, engrandecendo essa cidade que todos nós, de uma forma ou de outra, aprendemos a amar.
Passo Fundo já tem uma história de cultura que faz dela o pólo central do Planalto Médio, e o Projeto Passo Fundo, junto com seus poetas e poemas, vem ratificar seu título tão merecido de Capital Nacional da Leitura.
Assim, apresento a primeira coletânea do Projeto. Boa leitura..(O Organizador)
Apresentação
PREFÁCIO, por Paulo Monteiro[2]
Uma iniciativa corajosa
Coletâneas de poemas existem muitas, e úteis. Nas últimas décadas, proliferaram por mercê das edições cooperativas. Um velho e bom amigo, já falecido, Aparício Fernandes, durante anos organizou dois tipos dessas edições, sob os títulos comuns de Anuário de Poetas do Brasil e Escritores do Brasil, ambas reunindo prosadores. Era um autor sério. Infelizmente, pululam picaretagens. Por via das dúvidas, restrinjo-me na participação, nesse tipo de atividade cultural.
Agora, o Projeto Passo Fundo faz aparecer, em letra de forma, a Coletânea de Poemas 2011, reunindo oito poetas passo-fundenses. Passo-fundenses todos, porque uns aqui nascidos, e outros que optaram por viverem às margens do Goio-en Mirim. Trata-se de trabalho responsável e raro. Os autores não necessitam de efetuar qualquer tipo de pagamento, para que seus trabalhos sejam enfeixados em livro. Antes, pelo contrário, ganham em volumes impressos um valor maior do que o assegurado pela Lei que garante os direitos autorais. O editor do Projeto Passo Fundo não tem fins lucrativos. Busca apenas, e tão somente, assegurar a autossustentabilidade da proposta.
Afirmar prefaciar-lhes os florilégios é uma temeridade. Melhor dizer: apresenta-los. Cumpro a missão espinhosa, máxime por um dever de reconhecimento ao editor e de consideração aos autores. Nem o reconhecimento, nem a verdade me obrigam a fugir à emissão de juízos de valor. E, por serem juízos de valor serão sempre carregados de subjetividade. Afinal, todo leitor é um crítico. Eu, até por ser um leitor compulsivo, não acredito que se possa reduzir obra de arte a um elemento objetivo. Isto se deve, porque num e mesmo ser (ou coisa) convivem a forma e o fundo, o corpo e o espírito do resultado artístico.
Álvaro de Souza Gomes Neto é um poeta em que a mimese, sob a forma de diálogo e/ou resposta com poetas de gerações anteriores, se faz sentir com clareza meridiana.
Poemas identificados como escritos em São Paulo ecoam os poetas da Semana da Arte Moderna. “Instantâneos” recorda-nos muitos poemas daquele período em que Mário da Silva Brito descreveu tão bem, quanto aos “antecedentes”, no único volume da História do Modernismo Brasileiro, que ele publicou, mas que ficaram por outros autores, como Wilson Martins em O Modernismo. Digo “diálogo”, em vez de “imitação”, pois aqui está a “velha Avenida Paulista” renovada com “o McDonald’s”, “a CMTC”, “o Objetivo”, o “hambúrguer com coca-cola”, na “megalópolis da América do Sul”. É claro que esse poema, escrito cinquenta e tantos anos (17 de junho de 1987) depois da Semana, reúne elementos objetivos, temáticos, que não existiam nos tempos de Mário e Oswald de Andrade. E se hoje, um quarto de século depois do “Instantâneos” que tenho sob meus olhos, Álvaro clicasse outra “Kodak”, como gostavam de dizer os modernistas, o retrato seria diferente. Daí, diálogo.
Aliás, essa é a marca dos poemas do autor reunidos neste livro. Em Outono (Lisboa, 1986), ouvimos Fernando Pessoa, como nossos ouvidos poderiam sentir a voz de Mário de Sá Carneiro. Em todos os versos que estamos lendo, o Poeta, por outro lado, nos remete aos poetas da geração do mimeógrafo, plenamente atuantes na década em que esses poemas foram escritos. Os poemas daquela “geração” eram, também, um constante bate-papo com a “geração da Semana da Arte Moderna”. Assim, ao menos espiritualmente, Álvaro de Souza Gomes Neto deve ser incluído entre os poetas que faziam circular seus versos mimeografados.
(Segue...)
Demais Participantes: Dinair Fernandes Pires, Eloy Fiebig, Evandro Jose Bilycz de Camargo, Helena Rotta de Camargo , Jairo Antônio Casalli, Micaela da Rosa Pires, Orlando Afonso Wentz,
Índice
|
|
|
Conteúdos relacionados
- 2012 - O livro foi lançado na Livraria Nobel de Passo Fundo no dia 15 de junho de 2012.
- 2013 - O livro foi lançado na 27ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 01 a 10 de novembro de 2013.
Referências
- ↑ GOMES, Álvaro S. (2011) Coletânea de Poemas 2011 -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 164 páginas. E-book
- ↑ Paulo Monteiro pertence à Academia Passo-Fundense de Letras e a diversas entidades culturais do Brasil e do exterior. Exerce a crítica literária há 37 anos