Cântaros de junco
Cântaros de junco | |
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![]() Cântaros de junco[1] | |
Descrição da obra | |
Autor | Helena Rotta de Camargo |
Título | Cântaros de junco |
Subtítulo | poesia |
Assunto | Poesia |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2013 |
Páginas | 84 |
ISBN | 978-85-64997-73-8 |
Impresso | Formato 15 x 21 cm |
Editora | Berthier |
Publicação | 1996 |
Cântaros de junco: poesia Helena só queria transformar em palavra e ritmo cada uma de suas não poucas nem pequenas emoções. E conseguia. E com qualidades raras hoje em dia, nesses dias vazios de temas e ignorantes de forma. Helena enfim já começou chegando com um domínio de técnicas bem variadas, demonstrando desenvoltura nas formas já fixas de poesia e, consequentemente, nas formas quase livres, por ela inventadas. E tudo isso gravado em suas publicações
Apresentação
APRESENTAÇÃO, por Celso Gutfreid
Quando conheci Helena - e com ela a sua poesia - já de cara eu as senti "quase prontas".
"Prontas" porque ambas já eram cheias de expressão e autenticidade. E "quase porque nada é pronto neste mundo de solavancos e limites. (Nessa hora, me lembro de um professor de anatomia que, com arrogância, dizia que a nota máxima é nove, porque dez a Deus pertence. Arrogância e fé à parte, a cada ano, me cresce a sensação de sua razão).
Objetivando: Helena sabia o que queria. Queria escrever poesia, como Jim Morrison que, no auge da fama, no meio de todas as portas abertas, só desejava o poema. Helena só queria transformar em palavra e ritmo cada uma de suas não poucas nem pequenas emoções. E conseguia. E com qualidades raras hoje em dia, nesses dias vazios de temas e ignorantes de forma. Helena enfim já começou chegando com um domínio de técnicas bem variadas, demonstrando desenvoltura nas formas já fixas de poesia e, consequentemente, nas formas quase livres, por ela inventadas. E tudo isso gravado em suas publicações.
Mas vinha com o seu "nosso quase de cada dia", e aí entra outro aspecto que desejo destacar, porque presente nesses CÂNTAROS DE JUNCO.
Na conversa com os outros poetas (pois Helena participou da Oficina de Poesia, e uma oficina de poesia quase não passa disso), recebeu umas sugestões que, como toda sugestão que se preze, eram discutíveis, suspeitas, talvez pretensiosas. A velha história de dizer de longe, de fora de onde a coisa acontece. Mas sempre válidas.
Lembro que uma delas foi no sentido de que buscasse mais a sua própria técnica em detrimento das já conhecidas, as quais, diga-se de permanência, conhecia profundamente e por isso mesmo ganhava o direito de ousar. E foi aí que Helena demonstrou uma nova raridade, essa ainda mais rara e mais bonita. Helena ouviu. E mudou. Quer dizer, continuou ela mesma, mas foi ousando ritmos novos e retirando o "quase" e colocando o "pronta", inclusive com leveza e humor.
Mas uma correção, antes que me julguem arrogante como aquele professor e, neste meu caso, sem o álibi do tempo. Não foi de mim nem de ninguém. Foi de si para si, na verdade, que Helena aprumou os juncos até constituir seus novos cântaros. Vida e técnica não lhe faltavam para isso.
E isso hoje é uma delícia para nós, nessa hora prontésima para colher os juncos e cantar os cântaros.
Índice
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- Lançado na 27ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 01 a 10 de novembro de 2013.
Referências
- ↑ CAMARGO, Helena R. (1996) Cântaros de junco: poesia -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2013. 84 páginas. E-book