Rua Coronel Chicuta, dados históricos

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Rua Coronel Chicuta, dados históricos

Em 08/11/2005, por Diego Chimango Vargas


CARTÃO POSTAL - Rua Coronel Chicuta


A Coronel Chicuta é uma das mais importantes vias urbanas de Passo Fundo, pois é através dela que os motoristas e pedestres têm acesso à avenida principal da cidade e também a diversos bairros. Quando aberta, no principio do século XX, a Chicuta tinha um trajeto curto, iniciando na Rua General Osório e seguindo até a Paissandu, cruzando a Avenida do Comércio (atual Av. Brasil). Com o passar dos anos, o crescimento do município exigiu a ampliação do tráfego, sendo que um dos principais motivos foi a instalação das cervejarias Serrana, Continental e Brahma em Passo Fundo, nas décadas de 1910 a 1930.

Atualmente, a Rua Coronel Chicuta tem seu percurso iniciado na Rua Guarani, no bairro Lucas Araújo, cruzando pelo centro da cidade, cruzando por ruas como General Osório, Independência, Morom, Paissandu e outras, estendendo-se até a Rua Senador Vergueiro, no Bairro Nicolau Vergueiro. Em seu percurso, acumulam-se diversos estabelecimentos comerciais, escritórios, clinicas e residências ao longo das ladeiras deste importante logradouro.

Mas quem transita diariamente pelo centro da cidade deve se perguntar: quem foi Chicuta? A resposta está na obra “Coronel Chicuta: Um Passo-Fundense na Guerra do Paraguai”, onde os pesquisadores e autores da obra fornecem explicações de fundamental importância. Chicuta era o apelido dado por familiares ao Coronel Francisco Marques Xavier, nascido a 09/10/1836, em São Luis, na Comarca de Curitiba, então Província de São Paulo, atual Estado do Paraná. Aos 7 anos de idade veio com seus pais para Passo Fundo, e mais tarde a família adquiriu uma fazenda entre os rios Jacuí e Taquarí, atual Capingüi. Além de dedicar-se à lida pastoril, de 1852 a 1864, Chicuta conduziu muares até Sorocaba ao lado do pai, Francisco Xavier de Castro, um dos tropeiros daquele tempo.

Aos 28 anos de idade, Francisco Marques Xavier era militar no 5º Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional, sob o comando do Coronel Francisco de Barros Miranda. Foi um dos grandes heróis brasileiros na Guerra do Paraguai (1864-1870), tendo recebido honrosas distinções no decorrer da campanha armada. Além de militar, foi também político, filiado ao Partido Republicano. Na manhã de 18/06/1892 (às vésperas da Revolução Federalista), ao retornar da casa de um irmão pela Avenida do Comercio (Av. Brasil), o Coronel Chicuta foi abordado por um grupo de homens – membros de uma facção política dominante no município naquela época – , que lhe deram voz de prisão. Como não havia motivo para tal, o Coronel não se submeteu a tal ofensa, e foi agredido a golpes de espada e abatido instantaneamente com um tiro na cabeça. Anos depois, seu nome fora dado a uma das ruas centrais de Passo Fundo, num tributo à memória de um bravo defensor do Brasil na árdua Guerra do Paraguai.