A Escola Estadual Nicolau Araújo Vergueiro
A Escola Estadual Nicolau Araújo Vergueiro
Em 07/08/2007, por Helena Rotta de Camargo, Valesca Oliveira Brenner
Helena Rotta de Camargo, Valesca Oliveira Brenner
A história do ensino profissionalizante em Passo Fundo está ligada à EENAV, a qual, embora passando por diversas transformações, mantém-se fiel a sua origem. Em fins da década de vinte, no século passado, fazia-se sentir na região a necessidade da criação de um educandário para formar professores. O movimento pró-criação desta escola, que recebeu a denominação de “Escola Complementar”, partiu da iniciativa da professora Eulina Braga. Assim, no ano de 1929, foi instalada oficialmente a “Escola Complementar”, com uma matrícula de 57 alunos. Já em 1943, a escola, que até essa data havia diplomado 14 turmas, num total de 236 alunos, passou a chamar-se Escola Normal Oswaldo Cruz – ENOC. Três anos mais tarde, foi autorizado o funcionamento do Ginásio Estadual, que se incorporou à Escola Normal já existente.
Em 1958, o Ginásio Estadual passou a denominar-se Ginásio Estadual Nicolau de Araújo Vergueiro, em homenagem aos relevantes serviços prestados por esse médico à causa da educação no município. No ano seguinte, a Escola Normal Oswaldo Cruz e o Ginásio Estadual Nicolau de Araújo Vergueiro, sob uma única direção, iniciaram suas atividades em prédio próprio, nas proximidades da Praça Tamandaré.
Um ano depois, o governo estadual transformou o ginásio em Colégio Estadual Nicolau de Araújo Vergueiro, o bom e velho “CENAV”, junto à Escola Normal Oswaldo Cruz. Em outubro de 1975, realizou-se a unificação da ENOC e do CENAV, sob a denominação de Escola Estadual de 1º e 2º Graus Nicolau de Araújo Vergueiro, que oferecia o ensino de 1º e 2º graus completos. Dezoito anos após (1993), por solicitação da comunidade, a escola começou a ministrar, além do 1º grau, também a educação infantil.
A fim de adequar-se à nova legislação, no ano de 2000, recebeu nova denominação (Escola Estadual de Educação Básica Nicolau de Araújo Vergueiro), a qual perdura até os dias atuais. Sua filosofia consiste em oportunizar conhecimento e formação que possibilitem a promoção do ser humano social, baseada nos pilares do aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.
A entrada principal da escola encontra-se voltada para a Rua Capitão Araújo, sob nº 444, pois na planta original está prevista uma escadaria que deveria dar acesso ao prédio por essa rua. Contudo, a construção da escada nunca se concretizou, e o acesso se dá pela Paissandu, nº 1.839, atual endereço do educandário.
No decurso de sua história educativa, social e cultural, a EENAV foi construindo sua identidade própria, a qual se fez, se faz e se refaz no próprio caminhar. A qualidade do ensino oferecido por seu corpo docente é fruto da herança semeada pelos inúmeros profissionais que passaram pela instituição, entre eles os seus diretores, aos quais o grande complexo educacional que é hoje a EENAV rende sua homenagem. São eles: Reynaldo Haeuer, Mathilde Mazzeron, Maria Fialho Crussius, Nadyr Alves Simoni, Letícia Lago, Maria Conceição Teixeira Kurtz, Airbal e Adibal Corralo, Maria Lucila Bueno, Therezinha de Jesus Langone, Yone de Oliveira Nöthen, Calos Humberto Roemro, Suzana Leite Einloft, Olga Caetano Dias, Jesus Almeida, Syrlei Dias Costamilan, Helmut Spaniol, Dioneia Canalli, Leda Martins, Maria Teresa Dal Agnol, José Carlos Morando, Jussara Benck Porch, Valeska Oliveira Brenner e José Carlos Miranda. Cabe a toda a comunidade enavista buscar o que ainda não é, a partir do que foi e do que está sendo. “Somos semeadores não apenas de palavras, mas também de idéias, afetos e atitudes”.