Meu amor pela Feira do Livro

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Meu amor pela Feira do Livro

Em 09/11/2005, por Anelise Rech


Meu amor pela Feira do Livro

ANELISE RECH[1]


Primeiro dia da Feira do Livro de Passo Fundo. Eu, como sempre, doida por Feira do Livro... mas este ano fiquei um pouco triste, já que, na hora da homenagem à Coleurb como amiga do livro, estaria no meu horário de trabalho...

Pela manhã, passei pela Feira, literalmente, pois estava no meu caminho ... pude apenas ver o pessoal das livrarias se organizando, outras pessoas fazendo um painel (que ainda não descobri o que é, a que instituição pertence), vi também os funcionários da prefeitura pintando o meio-fio de amarelo, sinalizando que ali aconteceria algo importante, vi a barraca dos crepes, o ônibus do SESI,... isto que era só o meu caminho... só estava de passagem, como a terra de passagem Passo Fundo... tinha música, tinha alguém se apresentando no palco, não pude definir que escola ou grupo era... apenas passei.

No intervalo do almoço, meia hora antes de entrar no trabalho, fui à Feira novamente, agora com a intenção de aproveitá-la melhor... fui diretamente à estante dos lançamentos, lá encontrei a Martha Medeiros , o Içami Tiba. O David Coimbra, a Lia Luft... Fiquei ali por alguns instantes e comecei a ler um pouco de cada um destes livros, algo que pudesse me inspirar a vida naquele momento, estava precisando ler alguma coisa que batesse aqui dentro e abrisse novos horizontes. Encontrei, mas não foi o suficiente, pois o relógio da catedral deu o sinal e fui-me embora... deixando para trás os livros e as minhas breves leituras...

Às dezoito horas, havia uma empresa para visitar e lá fui eu, pelos caminhos da Praça Marechal Floriano... (a minha vontade era ficar naquelas cadeiras e assistir à abertura da feira, afinal, as minhas queridas Coleurb e a dona Santina Dal Paz seriam homenageadas... além de todas as outras atrações, o Iotti como patrono, que legal seria vê-lo, pensei), mas estava trabalhando, então apenas passei pela Feira, olhei para os lados, agora o movimento estava maior, não tinha mais o cheiro das tintas dos meio-fios... mas os livros e outras manifestações culturais estavam ali.

No palco, as crianças locavam violinos. As autoridades, sentadas, esperavam o momento de subir ao palco. Outras personalidades estavam na Feira, secretários municipais, vice-reitores, organizadores... todos por ali. Eu passava pela calçada, vi a Verônica, Relações Públicas da Coleurb, chegando, se aproximando... E eu passando, nem tão triste, mas passando.

Enfim, fiz o meu trabalho e voltei pela Feira, era meu caminho! Ainda na calçada da praça, na Independência, pude escutar o Hino Nacional. Pensei: Meu Deus. está começando! Eu não podia fazer nada, a não ser passar por ali e seguir o meu rumo. Foi quando me deparei com uma situação não muito boa: o pessoal da Feira cantando o hino, imóveis, e eu caminhando pela calçada. Não foi por mal, meus queridos! A Feira está na rua, também não foi falta de respeito, até cantei um pedacinho com vocês, mas o meu dever me chamava e minha consciência não me deixaria ficar uns minutinhos ali (será que deixaria? Agora, passadas as horas, acho que sim, pela Pátria se faz tudo, ou quase!).

Bem, pensei, se a Feira está na praça, então ela se mistura ao movimento da cidade, ela se mescla com pessoas trabalhando, sinaleiras abrindo, carros passando...  Mas:

O mais importante disso tudo é que o livro está na praça, vamos comemorar!!!!

Entre músicas, pássaros, poesias, crônicas, contos, humor, teatro, dança, a vida está em movimento. Se alguns reclamam que não alcançam o amor (como no livro que vi na estante: Deixe o amor alcançar você), pelo menos os livros estão ao alcance de todos!

Boa leitura e ótima Feira do Livro!

Referências

  1. Anelise Rech é psicóloga e poetisa