Salas de Cinemas, curiosidades

From ProjetoPF
Revision as of 09:57, 11 November 2022 by Projetopf (talk | contribs) (Inserir artigo)
(diff) ← Older revision | Latest revision (diff) | Newer revision → (diff)
Jump to navigation Jump to search

Salas de Cinemas, curiosidades

Em 10/02/2011, por Marco Antônio Damian


Salas de Cinemas, curiosidades

Marco Antônio Damian[1]


Incêndios de grandes proporções destruíram três salas de cinema de Passo Fundo em sua história. Primeiramente o Cinema Imperial, na época localizado na Rua Bento Gonçalves esquina com a Rua General Osório, onde por muitos anos funcionou a empresa Ughini Irmãos Ltda. Foi reconstruído vários anos depois na Rua General Neto, ao lado da Catedral. Na década de 40 o magnífico Cinema Coliseu, construído em linhas arquitetônicas muito bonitas, foi aniquilado pelas chamas. Situava-se na Rua General Neto. Alguns anos após voltou a funcionar no mesmo local. Mais tarde seu novo proprietário trocou seu nome para Cine Real. Em 1968, num sábado à tardinha, pouco antes da exibição do filme O Medalhão Chinês, a cidade foi sacudida pelo aterrorizante incêndio no Cine Teatro Pampa, que foi arrasado. Graças ao trabalho dos bombeiros as chamas não se propagaram ao Turis Hotel. Em 1970, o Pampa voltou a funcionar com o filme O Planeta dos Macacos.

Na década de 70 a cidade de Passo Fundo possuía quatro salas de cinema de rua. O Cine Imperial tinha capacidade para 600 pessoas. O Cine Real, para 1000. O Cine Teatro Pampa, 1500 poltronas e o Cine Coral, situado na Vila Rodrigues, defronte a Praça Capitão Jovino, tinha capacidade para 1000 lugares. As sessões dos dias de semana iniciavam às 20:45 horas. Nos sábados um pouco mais cedo, às 20:30 horas e nos domingos eram muitos filmes. As matinés exibiam sessões duplas e até mesmo triplas. Filmes de faroeste, comédias e àqueles filmes de capa e espada, faziam vibrar a “petizada” como chamavam as crianças. Após as matinés, iniciavam às sessões das 18;00 horas, das 20;00, essa mais nobre e com maior freqüência de público e às 22:00 horas.

Nas primeiras décadas do século passado o cinema chegou a Passo Fundo, trazido por Roberto Silva. Sua sala cinematográfica esteve localizada em vários lugares. Na Rua General Neto e na Rua Morom, entre outras. O Cinema Central ficava localizado na Avenida Brasil, onde hoje é o Supermercado Záffari Bella Cittá. O Cinema Rex, que passava seriados, situava-se na também na Avenida Brasil, imediações onde hoje se situa a loja Magazine Luiza.

Saíram de Passo Fundo alguns consagrados atores de cinema. O primeiro foi Delorges Caminha, ator de teatro, protagonista do famoso filme Bonequinha de Seda, um grande sucesso de bilheteria da década de 30. Mais tarde emprestou seu nome ao Grupo de Teatro Delorges Caminha, de Passo Fundo, que fez enorme sucesso, com os atores Paulo Giongo, Pedro de Alexandre, Itália Durgante, Rosa Sacchett, entre outros. Walter Portella brilhou nos cinemas nas décadas de 60 e 70, com participação em vários filmes de cangaceiros e dramas. O mais famoso é Walmor Chagas, até hoje atuando em televisão. Embora não sejam passo-fundenses, outros residiram em Passo Fundo e depois chegaram ao estrelado. Maria Luiza Castelli, atriz de cinema, teatro e televisão. Carlos Cotrin, Oficial do Exército, mais tarde virou ator e Teixeirinha, diretor e ator de uma dezena de filmes, um deles Gaúcho de Passo Fundo, rodado inteiramente em nossa cidade.

Referências

  1. Historiador; Membro da Academia Passo-Fundense de Letras;