Genealogia: Telmo e Margarete Gosch

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Genealogia
Descrição da obra
Autor Telmo Mario Dornelles Gosch
Título Genealogia
Subtítulo Telmo e Margarete Gosch
Assunto Genealogia
Formato Monografia (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2012 (Atualizado em: 04/04/2014)
Páginas 210
ISBN 978-85-64997-69-1

Genealogia: Telmo e Margarete Gosch Esta abordagem tem a finalidade de tornar conhecido de meus descendentes os nossos ascendentes, se não fizer isto agora, certamente muito será esquecido e desaparecera comigo, com minha mãe Elvira Dornelles Gosch, 1922 e com a Alcidina Moreira Gosch, 1924,  ultima filha, viva, de Alcides e Alzira.

Com as  recordações memorizadas por elas posso chegar aos anos vinte do século passado,  E depois..., pesquisa e alguma imaginação.

Elejo como destino nesta viagem o inicio da imigração alemã ao Rio Grande do Sul, 1824. Utilizarei como veiculo o pensamento abastecido com memória e alguma dose de imaginação, apoiado na Internet.

Apresentação

Primeiro Capítulo, pelo Autor

1.923

alerta... Alerta está... Alerta... Alerta está. Este era o som que se ouvia naquela madrugada nas coxilhas em torno de Passo Fundo. O verão reinava no Rio Grande, o frio das geadas tinha ficado para trás. O capim que rodeava o capão cheirava a barba de bode umedecida pelo sereno. A mata os protegia do vento. A posição em que se encontram é estratégica, os guardas mais ao alto davam proteção e evitam a presença de qualquer bombeiro que se aventurasse por aquelas paragens. Os vigias continuavam a gritar o seu - Alerta; - Alerta está. A gauchada, maragatos, libertadores, dormiam sobre pelegos, cobertos com ponche ou capa gaúcha, usando o arreio como travesseiro. Através dos angicos e dos pinheiros que cobriam o chão de folhas e grimpas, viam-se as estrelas. Galos cantavam nos arredores com insistência. Logo a barra do dia mostraria seus reflexos. Os galhos baixos das árvores e os cipós tortos que se arrastavam pelo chão servem de aparador para os apetrechos: rédeas, esporas, algum lenço vermelho, tralhas como cambonas, chaleiras, frigideiras, cuias e bombas para o chimarrão. Chamava a atenção diversas lanças de guamirim oriundas da Revolução Federalista, 1893, escoradas na galharia. Lanças que com suas pontas brilhantes indicavam e acenavam a proximidade da luta..., das batalhas. A peleia seria travada no corpo a corpo, ou a cavalo. Viam-se muitas armas de fogo, pistolas, revolveres, carabinas, Comblain, remingtons, mas nem todos os maragatos as possuíam. Dentre aqueles homens estava Alcides Gosch. Ele tinha acordado muito cedo, em realidade dormira mal; olhou para o tempo, viu que aquele dia não choveria, desceu até a sanga, encheu d’água a cambona e na volta, apanhou alguns galhos secos e grimpas, para atiçar o fogo e preparar o chimarrão. Colocou a água para esquentar, sentou num toco e começou a preparar um paiêro, na mão grossa picou o fumo, amarelinho, arrumou a palha, enrolou, ajeitou as pontas, pronto, descansou na orelha. Procurou no bolso o isqueiro artesanal, feito da ponta do chifre de uma vaca leiteira.

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Referências