Passo Fundo

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Titulo
Capa
Descrição da obra
Autor Paulo Domingos da Silva Monteiro
Título Passo Fundo
Subtítulo história e cultura
Assunto História
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Data da publicação 2013
Número de páginas 184
ISBN 978-85-8326-034-9
Formato Papel 15 x 21 cm
Data da publicação 2013
Número de páginas 180
ISBN 978-85-8326-030-1

]] Passo Fundo: história e cultura Este livro é, a um só tempo, sonho e pesadelo. Há tempos projetei reunir meus textos sobre a história e a cultura de Passo Fundo em volume. Andam por aí, à solta, como as aves do céu.

Como escrevo e falo: sou fundamentalmente um publicista, e publicistas foram Francisco Antonino Xavier e Oliveira, Jorge Edeth Cafruni (era assim que ele escrevia seu próprio nome). E, como de resto, o têm sido aqueles que verdadeiramente se dedicam a escrever a história local, a começar por meu amigo Ney Eduardo Possapp d’Ávila.

Não escrevo com pretensões à originalidade, pois não vejo o conhecimento como inerente ao indivíduo, mas sim um patrimônio comum à espécie.

A indicação para Patrono da 27ª Feira do Livro de Passo Fundo apressou a concretização do sonho, que se transformou em pesadelo, com o apoio do Projeto Passo Fundo.

Ao reunir os textos esparsos, escritos durante décadas de estudos, manifestou-se o pesadelo.  Seu número é tanto, apenas sobre aspectos históricos e culturais de Passo Fundo, que dariam pelo menos outros dois volumes iguais a este. Impôs-se uma seleção.

Senti-me um novo Abrão nas terras de Moriá. Numa primeira demão, eliminei um terço dos textos. Mandei Ismael para o deserto. Depois o dilema e o sacrifício de outro tanto. E aqui está o resultado.

Boa Leitura!

Livro escrito por Paulo Domingos da Silva Monteiro, publicado em 2011

Apresentação

da Introdução, pelo Autor

A vara e os livros Meu pai era operário do DAER – Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, ficando pouco tempo em casa. Morávamos na Vila Jerônimo Coelho e eu estudava na então Escola Municipal Parque e Grêmio dos Viajantes, hoje Escola Municipal Pe. José de Anchieta.

Criado conservadoramente, sem envolvimento com a piazada das redondezas, mesmo porque há 35 anos, aquela parte da cidade era praticamente área rural, a ida para a escola proporcionou-me contato com um mundo novo. Uma dessas novidades foi o futebol das peladas.

Certo dia, após as aulas, demorei-me jogando futebol com a gurizada. Para minha vergonha essa aventura acabou com o aparecimento de minha mãe, portando uma bela vara de erva--de-corvo.

Tentei conversar, mas não teve argumento que servisse; apelei para as pernas, mas estas acabaram levando umas varadas, antes que conseguisse distanciar-me da fúria materna.

A partir daquele dia mudei meu comportamento. Futebol, só depois de comunicar em casa que ia jogar, onde e com quem. Para ocupar meu tempo, passei a ler os poucos livros que tínhamos em casa, a começar por uma velha edição da Bíblia.

Hoje, quando escrevo estas linhas desalinhavadas, minha mãe agoniza no Hospital São Vicente. Quando elas forem publicadas é possível que não esteja mais entre nós.

Já não tenho mais 7 anos. Tenho filhas, uma delas com essa idade, viciadas em livros, como eu. Chegam a dormir sobre eles.

Minha esposa, infelizmente para mim, não morre de amores pela leitura. Às vezes que ela reclamava perante minha mãe da minha bibliomania, Dona Crécia, com um sorriso orgulhoso, respondia prontamente: “Eu sou culpada disso. Eu e uma vara de erva-de-corvo...”

Obrigado, mamãe! Obrigado, pelas varadas que levei naquele dia!

NOTA DO AUTOR: O artigo acima foi publicado à página 8 de O CIDADÃO do dia 25 de abril de 1997. Leocrécia da Silva Monteiro, minha mãe, falecera no dia anterior, enquanto o jornal estava sendo impresso.

Conteúdos relacionados

O livro foi lançado na III Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 08 de abril de 2014.

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