Safra Amarga
Safra Amarga | |
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Descrição da obra | |
Autor | Antônio Carlos Machado |
Título | Safra Amarga |
Subtítulo | versos de arte-menor |
Assunto | Poesia |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2012 |
Páginas | 66 |
ISBN | 978-85-64997-44-8 |
Impresso | Formato 15 x 21 cm |
Editora | P. Berthier |
Publicação | 1983 |
Safra Amarga: versos de arte-menor São versos de acento próprio, de linguagem que não é de ninguém e somente do autor, intima, feita toda de coração... Porque Antonio Carlos Machado é um dos autênticos valores literários do Brasil, autor de uma dezena de obras já esgotadas, todas elas pedindo reedição para que a gente de hoje tenha o mesmo prazer ao lê-la como aconteceu com as gerações de ontem. -Paulo de Gouvêa
Apresentação
(NOVAS REDONDILHAS E VERSOS CRIOULOS), por Helando Marques de Souza - Letras Fluminenses, Niterói, Nov./Dez. de 1983.
A Propósito de “Safra Amarga” e “Pântano Florido” de ANTONIO CARLOS MACHADO.
O inclito Advogado, Jornalista e Escritor, nascido em Santiago/RGS vem “matar” as saudades do Rio de Janeiro, onde esteve exercendo variadas atividades na imprensa, e nos deixa presente em forma de poesia, ora plantada num “Pântano” que se nos desabrocha em flores, ora fluindo de uma “Safra” carregada de dor. Todavia, aqui, consola o “amigo”, e ainda o conforta pelo sofrimento que o próprio autor carrega: “Tão pesada carga / E o triste que sou! – esse, o primeiro “passo” que Antonio Carlos Machado nos deixa, afirmando adiante ser o que lhe restou.
Porém, percebemos que não é à toa que morremos e renascemos na poesia de Antonio Carlos, expressiva amostra do brilho alcançado pela arte do poetar, onde VIVEMOS a “Estiagem”, onde juntos choramos a “Litania Outonal” que se prolonga nas “Noites Mansas” (“O Choro de bandolim/Nunca chorava sozinho...”). Assim, parece-nos que mais uma vez é corretiva, perscruta o mistério humano, numa desesperada reflexão existencial, em “Sinais dos Tempos”: “Puros oxigênios / Já são raros no ar / Que divinos gênios / Nos podem salvar?”... E eis a reforma íntima, o equilíbrio, enfim a harmonia que tanto sentimos ao longo da poética de Antonio Carlos Machado, já quase pontuando com todo amor contido nos versos e no entreverso, onde uma espécie de luz cósmica faz do homem um iluminado: “Contemplo a luz de Belém / E se hinos ergo ao céu / Dos anjos ouço o amém...” (“Sonetilho Místico”) – esse, o fruto do autoartesanato no livro SAFRA AMARGA.
Dessa forma, em todo contexto, tanto musicalizado! Só poderia surgir de um “pântano” a moldura das flores (findando com todo o pântano?). Na verdade, como disse Kafka, “a missão do poeta é profetizar”, e nos sente Antonio Carlos Machado na poesia “Pântano Florido”: “De arestas coberto/ O solo tem fome/ De seiva e resinas!/ Aqui no deserto/ A relva já some/ Não colho boninas/ Os sóis dardejantes/ Têm Crepúsculo Vazio – Antônio Carlos Machado 10 setas ferinas!/ Afagos não sinto/ E amenas campinas/ Distantes pressinto!”.
E verdadeiro soprar de emoções vão nos levando, página por página... “Instantes Inextinguível”, “Evidência Envolvente”, todas as poesias enfim encerrando ora uma reflexão ora uma clarificação, onde empatizados com o poeta, nos deleitamos com a realidade profunda que parece devir de uma estrela dentro de seu coração, a claridade de sua vida e de seu sonho... Do amplo coração sempre aberto, da urna de bondade e ternura de que brota fonte tanto radiosa!
Isso explica os enfoques verbais que desenham o Sul em tantas outras obras de Antonio Carlos Machado. E por quê? Pelo lado místico/amorável daquela estrela com que foi marcado desde seus primeiros passos literários. Assim, fala à terra natal com sentimento puro, profundo e forte- predestinação dos bons filhos!... Sempre no tom/dom harmônico e celeste de ternura. E a poesia ganha sua pompa maior, com a doçura da vida, resultando de uma alma rara, compassiva e translúcida, da alma serena que brilha poesia porque se volta para o Alto.
Por fim, o zeloso poeta Antonio Carlos Machado, sob vivência, debulha poesia pelo baque emocional, salpicando amor e o “Idioma do Sentir” em muitos dos seus poemas.
Felizes, pois, aqueles que trazem, queremos dizer, VIVEM com aquela estrela tranquila no coração!...Por certo há de se compreender a Voz Divina do dito Idioma, tão bem explicado/implícito... Incrustrado mesmo! Na poética de Antonio Carlos Machado, com os arpejos que se ouvem/sentem no reino colorido onde jamais se achega o mal.
Índice
- SUMÁRIO.........................................................................................7
- SAFRA AMARGA.............................................................................9
- TEMPESTADE ...............................................................................11
- OBRIGADO, DEUS ! ......................................................................14
- O TRISTE MOMENTO ...................................................................15
- PERGUNTA INUTIL .......................................................................16
- INSTANTE OPRESSIVO................................................................17
- A SÓS NO DUNAL.........................................................................19
- ELEGIA AO CREPÚSCULO ..........................................................21
- SOLFA VESPERAL........................................................................22
- ESTIAGEM ....................................................................................24
- HEXACÓRIDOS.............................................................................27
- CONFITEOR .................................................................................28
- ENDECHAS AO ESCURECER.....................................................30
- LITANIA OUTONAL.......................................................................31
- FRIOS REVÉRBEROS..................................................................32
- EFLÚVIOS DA TERRA..................................................................34
- BATUQUE .....................................................................................38
- QUADRAS SOLTAS......................................................................40
- VULTOS DISTANTES....................................................................43
- RENATO DA CHUNHA .................................................................43
- FRANCISCO RICARDO................................................................43
- VARGAS NETO.............................................................................43
- LOBO DA COSTA .........................................................................44
- OLMIRO AZEVEDO ......................................................................44
- NOITES MANSAS.........................................................................45
- NOS MEUS TEMPOS ..................................................................46
- CANTIGA DO BEM-ME-QUER .....................................................47
- RÉQUIEM EM SURDINA ..............................................................48
- ÀSPERA VIVÊNCIA ......................................................................49
- DONA VIDA....................................................................................50
- FLOR-DAS-ALMAS........................................................................51
- HORA NOTURNAL ........................................................................52
- CRUZ NA SOLIDÃO.......................................................................53
- SINAIS DOS TEMPOS...................................................................55
- DESOLAÇÃO ................................................................................57
- DESCOBERTA...............................................................................58
- NA PRAÇA ....................................................................................59
- SONETILHO MÍSTICO..................................................................60
- NA HORA DOS DESCONSOLOS ................................................61
- SEPTETOS EM SUSSURRO .......................................................62
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- Lançado na 27ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 01 a 10 de novembro de 2013.
Referências