A pregação dos tradicionalistas

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A pregação dos tradicionalistas
Descrição da obra
Autor Welci Nascimento
Título A pregação dos tradicionalistas
Assunto História
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2012
Páginas 28
ISBN 978-85-64997-51-6
Impresso Formato 15 x 21 cm
Editora Gráfica Luís
Publicação 1999

A pregação dos tradicionalistas Este trabalho é dedicado ao CTG Lalau Miranda em come­moração aos seus 47 anos de fundação. Em 24 de março de 1952 um grupo de intelectuais, jornalistas, poetas, profes­sores, escritores, advogados juntos com pecuaristas, gente do comércio e da indústria, todos gaúchos de “quatro costa­dos”, com base nos estatutos do “35 CTG” de Porto Alegre erguem um centro de tradições em Passo Fundo com a de­nominação de “CTG LALAU MIRANDA”, homenageando um antigo pecuarista, Estanislau de Barras Miranda, (nasci­do em Passo Fundo em 1853, filho de Francisco de Barras Miranda), tenente-coronel da Guarda Nacional que partici­pou na Guerra do Paraguai e que emprestou seu campo para invernar a cavalhada reúna que alimentava as batalhas.

Apresentação

do Primeiro Capítulo, pelo Autor

O CENÁRIO GAÚCHO

No tempo em que o Rio Grande do Sul não tinha solução de continuidade, em que as estâncias estavam em comum, o gaúcho, no cenário aberto das enormes coxilhas, era mais um aventureiro.

Manoelito de Ornellas, escritos gaúcho, ao descrever o tipo humano do Pampa Gaúcha assim se expressa: “Tinha ele suas lidas no lombo do cavalo e todas as suas atitudes derivavam de sua obrigatória condição de pastor e ginete. Daí, sua condição nômade...”

“O changador” relatou Glaucus Saraiva, “foi a imagem perfeita do pré-gaúcho”. Era o homem que, saciada a sede de couro e de sebo do mercado europeu, garroteava o gado abandonado pelos jesuítas nas campanhas do sul, desde as Vacarias dos Pinheirais, até as Vacarias do Mar...” Despreocupado com o que poderia sobrar da rês abatida ele abandonava aos urubus tudo o que não fosse couro e o sebo animal.

Nômade, solitário, cortava os campos da Campanha de Cima da Serra, das Missões ou da Depressão central, carneando o gado e encaminhando ao caminho do contrabando, de que recebia polpudas libras inglesas. O nome deste tipo social não tem lá sua origem perfeitamente definida, embora suas atividades tenham sido a primeira e principal causa da formação da cultura gaúcha. O cavalo foi o seu primeiro meio de locomoção, instrumento de trabalho e único amigo. Aprendeu nas lutas diárias a enfrentar, não só o tempo, com as constantes guerras, o que tornou um guerreiro indomável. Filho de espanhóis, portugueses de mestiços com índias, este tipo humano sublime viu chegar a época de charqueadas, uma forma de aproveitar quase toda a carne da rês abatida.

Com o tempo, os campos foram demarcados, medidos e cercados. Formando-se as estâncias. O gaudério nômade, ganhou querência e voltase para as lidas campeiras. Nasce o gaúcho, resultado do pastoreio e das guerras do Rio Grande do Sul como na Argentina e no Uruguai identificados pelas mesmas raízes do Pampa.

O Rio Grande, guerreiro, tinha tudo para sê-lo: homens livres e cavalo. Por isso, o nobre animal, utilizado tanto na guerra como no passeio, trabalho e esporte, está intimamente ligado ao rio-grandense do sul, fazendo parte das suas tradições e servindo à inspiração de tantos poetas e poetisas.

O cavalo gerou caudilhos e grande parte das ambições políticas do Rio Grande do Sul. Andar a cavalo constituíra suprema ventura para os habitantes sulinos. Não ter cavalo, sempre foi símbolo da maior miséria na campanha gaúcha, como no dizer desta quadrinha popular:

“O tatu foi encontrado

Prás bandas de São Sepé

Mui aflito e mui pobre

De freio na mão; a pé...”

O amor do gaúcho pelo cavalo, era tão grande que ele colocava ao par da mulher amada, como nestes versos:

“Tou velho, tive bom gosto

Morro quando quiser

Duas penas levo comigo

Cavalo bom e mulher”.

Índice

SUMÁRIO

  • APRESENTAÇÃO ..................................................................................9
  • O CENÁRIO GAÚCHO..........................................................................11
  • PERSPECTIVA LITERÁRIA...................................................................13
  • SOMOS DIFERENTES?........................................................................14
  • TRADIÇÕES GAÚCHAS.......................................................................15
  • O TRADICIONALISMO GAÚCHO.........................................................17
  • ATUAL PATRONAGEM DO CTG LALAU MIRANDA ............................21
  • FONTES DE CONSULTA......................................................................24

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Referências