Criação da Biblioteca Pública Municipal

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Criação da Biblioteca Pública Municipal

Em 07/08/2007, por Helena Rotta de Camargo e Marilza Bragagnolo


A Biblioteca Pública Municipal Arno Viuniski está situada na Rua Moron, nº 2.019 A, no centro de Passo Fundo, cidade que conquistou, recentemente, o título de Capital Nacional da Literatura. Fundada em 2 de abril de 1940, foi instalada no dia 12 de outubro do mesmo ano, proporcionando acesso gratuito à comunidade passo-fundense, com um acervo inicial de 2.302 volumes.

Arthur Ferreira Filho, prefeito do município de Passo Fundo, usando da atribuição que lhe conferia o art. 12, nº II, do decreto-lei federal 1.202, de 8 de abril de 1939, considerou que era do espírito do Estado Novo o dever dos poderes públicos incentivar a cultura popular; e que nenhum outro meio seria melhor e mais eficiente que as bibliotecas públicas, para atingir essa finalidade patriótica. Considerou ainda que a cidade de Passo Fundo, pelo seu desenvolvimento material e pelo progresso intelectual de sua sociedade, estava a exigir a criação de um estabelecimento público de cultura, onde todos, indistintamente, sem quaisquer ônus, pudessem adquirir e aperfeiçoar o conhecimento. Por fim, considerando que a benemérita iniciativa comum do Grêmio Passo-Fundense de Letras e do Rotary Club, no sentido de dotar a cidade de um estabelecimento desse gênero, deveria merecer todo o apoio do Poder Público, resolveu e decretou a criação da Biblioteca Pública Municipal, que ficou instalada na sede do referido Grêmio e sob sua direção autônoma.

Somente no dia 30 de abril de 1973, um convênio celebrado entre a Prefeitura Municipal, representada pelo prefeito Edú Villa de Azambuja e o Instituto Nacional do Livro, formalizou a criação, instalação e manutenção da Biblioteca Pública de Passo Fundo.

Em julho de 1976, a biblioteca foi obrigada a interromper, temporariamente, o atendimento ao público, tendo em vista a interdição do prédio da Academia. Por iniciativa da Prefeitura Municipal, o acervo foi transferido para a Rua Bento Gonçalves, nº 251, próximo à Clínica César Santos, onde permaneceu até a construção da sua própria casa.

O projeto da nova biblioteca foi elaborado pelo estudante de arquitetura da Unisinos, Arno Viuniski, com desenho de Vilma Picoli. Seria construída na área da Praça Tamandaré, com formato hexagonal para evitar a derrubada de árvores. Foram apresentados vários argumentos a favor, e outros tantos contra a localização da biblioteca no interior de uma praça. Por essa razão, a idéia foi abandonada e o prédio da biblioteca acabou sendo construído no local onde se encontra hoje.

Referências