Entre desenhos, textos e otimismo

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Entre desenhos, textos e otimismo

Em 30/04/2012, por Paulo Domingos da Silva Monteiro


Diego Chimango - Entre desenhos, textos e otimismo


Diego Chimango, nascido em Passo Fundo, no dia 17 de maio de 1983, já é um ilustrador reconhecido. Participou de exposições em diversos locais e oficinas de ilustração, em duas edições da Feira do Livro de Passo Fundo. Ilustrou os livros Humor com pimenta, da acadêmica Elisabeth Ferreira, Testemunhos da História, do Instituto Histórico de Passo Fundo, Micos & Microfones, de Helena de Moraes Fernandes, Clareza na escuridão, de Débora de Marco, e 21 dicas para lidar com o tal de inglês, de Leonardo Martinez.

Fez seus primeiros estudos na Escola Municipal de Ensino Fundamental COHAB / Sechi, e o Ensino Médio na Escola Estadual de Ensino Médio Mário Quintana.

“Meus pais, Gilberto Chimango e Mai Chimango, foram meus primeiros apoiadores. Tive uma infância bastante complicada. Durante a gravidez, minha mãe teve toxoplasmose. Devido à doença, nasci com sequelas, o que me obrigou a ser paciente de diversas cirurgias. A mais grave dessas sequelas se deu no campo visual. Atualmente, enxergo só com o olho direito”, começa, falando de sua vida.

“Os problemas de saúde me transformaram numa criança reclusa. E minha mãe me estimulou a desenhar, a partir dos cinco anos, o que se tornou um hábito em minha vida. Mais tarde, estudando na Escola Estadual Mário Quintana, passei a desenhar muito. E o mais interessante é que isso chamou a atenção de alguns professores, que passaram a colecionar meus desenhos”, continua Diego Chimango.

Nos primeiros anos de escola, enfrentou problemas com bullying. Nunca se intimidou. Jamais se sentiu inferiorizado. Seus pais repetiam, incessantemente, que o fato de usar óculos de 16 graus não fazia dele uma pessoa menor. “Mas foi lá, na Escola Mário Quintana, que começou meu reconhecimento. Muito se falava em inclusão social. Por isso, fui convidado para fazer uma. E tive uma surpresa: meus professores organizaram uma exposição com meus trabalhos, que eles vinham guardando. A exposição repercutiu muito, com matérias na imprensa. E fui convidado a publicar meus desenhos em O Nacional. Logo comecei a produzir ilustrações para a Folha Regional, de Marau. Algumas ilustrações também circularam nas páginas do Diário da Manhã”.

“A aproximação com alguns membros da Academia Passo-Fundense de Letras – narra Diego Chimango – fez com que eu enveredasse por um novo caminho: a ilustração de livros”.

Dentre as muitas experiências, uma delas foi marcante em sua vida: a publicação do jornal Sonar, depois transformado em revista. “Apesar de terminar como terminou, foi muito importante, pois conheci muitas pessoas”, afirma e dá um suspiro.

Sonar teve o mesmo fim de tantos outros periódicos alternativos. Morreu de inanição, como outros ainda morrerão... Além de desenhista Diego Chimango é dado à escrita. Deixemos que ele nos fale sobre isso. “Houv uma fase em que eu fazia muitos poemas, quando tinha menos compromissos. Hoje, minhas responsabilidades profissionais, como funcionário público e radialista, me exigem mais tempo. Além disso, escrevi sobre temas de história local”.

E conclui: “Eu vejo que, graças a Deus, fui contemplado com muitas habilidades. Costumo comentar que as pessoas acham que ter uma limitação física é motivo para se acharem menos do que os outros, quando isso não é verdade”.

Para conhecer melhor o trabalho de Diego Chimango, sugere-se visita ao blog http://vendoalem.blogspot.com.br/. (PAULO MONTEIRO).

Referências