Coletânea de poetas Sul-Riograndenses
Coletânea de poetas Sul-Riograndenses | |
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Descrição da obra | |
Autor | Antônio Carlos Machado |
Título | Coletânea de poetas
Sul-Riograndenses |
Assunto | Poesia |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2013 |
Páginas | 494 |
ISBN | 978-85-64997-97-4 |
Impresso | Formato 17 x 24 cm |
Editora | Editora Minerva |
Publicação | 1952 |
Coletânea de poetas Sul-Riograndenses A fusão da Academia Riograndense de Letras com a Academia de Letras do Rio Grande do Sul verificou-se em 1944, no justo dia em que passava ao 76º aniversário da fundação da “Sociedade Parthenon Literário”, a cujas gloriosas tradições se achavam vinculadas ambas as instituições. Dessa fusão resultou a atual Academia Sul-Riograndense de Letras.
A presente coletânea, que se ressente de inúmeras lacunas e omissões, mercê dos seus limites compressivos, constitui uma pequena, mas expressiva amostra do opulento Parnaso riograndense, tão ignorado pelos leitores e críticos patrícios e, com raras exceções, sistematicamente excluído das antologias oficiais.
À nominata adiante exposta teríamos que acrescentar um número crescido de autores antigos e contemporâneos, não fosse o critério de síntese, adrede estabelecido, que presidiu à feitura deste volume – simples visão panorâmica, embora incompleta, do esplêndido patrimônio poético do Rio Grande do Sul.
Encontrará o leitor, nas páginas que vai ler, poetas de várias escolas e tendências em franca promiscuidade. Chegando à conclusão de que outro critério aberraria do caráter restritamente informativo da presente obra, entendemos de boa prudência dispô-los em ordem cronológica, excluindo, antecipadamente, qualquer outro tipo de classificação.
Apresentação
PALAVRAS NECESSÁRIAS, PELO aUTOR
Árdua tarefa, sob muitos aspectos, é a de organizar coletâneas literárias, mesmo sintéticas, especialmente quando a insuficiência da documentação escrita se junta à inabilidade do autor.
No caso particular da literatura riograndense, ainda tão mal conhecida em conjunto, quando não ignorada, mesmo, nas suas facetas mais importantes, as pesquisas originais demandam, sempre, não poucos esforços, dada a escassez das fontes de consulta, raras umas e de difícil acesso outras, deparando-se aos estudiosos, com frequência, óbices invencíveis no que se adstringe propriamente à bibliografia.
Tão confrangedora realidade tivemos ocasião de constatar quando procedemos à coleta de subsídios para a nossa “HISTÓRIA DA LITERATURA RIOGRANDENSE”, já virtualmente concluída e que daremos, em breve, à luz da publicidade.
O material documentário, inédito ou só parcialmente aproveitado, que logramos exumar dos arquivos, após pacientes investigações, conquanto relativamente diminuto, permitiu-nos verificar a riqueza e a amplitude das letras gaúchas, quer na presente centúria, quer no século XIX, sobretudo em algumas etapas marcantes do desenvolvimento intelectual do Estado, como, por exemplo, no fecundíssimo ciclo da “Sociedade Parthenon Literário”, fundada em Porto Alegre a 18 de junho de 1868 e que subsistiu galhadamente até 1893.
Essa opulência das letras do extremo-sul, que mostraremos na nossa “HISTÓRIA DA LITERATURA RIOGRANDENSE” e que, de certo modo, transparece neste, despretensioso apanhado, a grosso traço, da poesia gaúcha através do tempo, ignora-a, de ordinário, o resto do país, mercê do desconhecimento mútuo que, infelizmente, ainda hoje se observa no Brasil, fazendo com que as diversas parcelas da comunidade nacional vivam centrifugamente, em ambientes semifechadas, sem possibilidades quase de intercomunicação espiritual.
Segregados, quase sempre, no longínquo meio provinciano, distantes, portanto, do Rio de Janeiro que, até há pouco, era o único centro ativo de intelectualidade, em todo o país, a conferir glórias e reputações duradouras, não podiam, obviamente, os escritores riograndenses do século XIX e de boa parte do atual alimentar veleidades de consagração fora do ambiente nativo, contentando-se, por isso mesmo, na maioria dos casos, com os estímulos e aplausos locas. Até 1930, pelo menos, poucos foram os autores gaúchos que conseguiram renome nacional, anulando, desta ou daquela forma, a inevitável compressão geográfica, responsável, em última instância, pela demorada descentralização e segmentação do extremo sul!. (Segue...)
Índice
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Conteúdos relacionados
- Lançado na III Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 08 de abril de 2014.
Referências
- ↑ MACHADO, Antônio C. (1952). Coletânea de poetas Sul-Riograndenses -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2013. 494 páginas. E-book