Manoelito Guglielmo de Ornellas

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Manoelito de Ornellas
Manoelito de Ornellas.jpg
Nome completo Manoelito Guglielmo de Ornellas
Nascimento 17 de fevereiro de 1903
Local Itaqui/RS
Morte 8 de junho de 1969
Local Porto Alegre/RS
Ocupação

Manoelito Guglielmo de Ornellas (Itaqui, 17 de fevereiro de 1903 — Porto Alegre, 8 de julho de 1969) foi um jornalista, poeta, professor e escritor brasileiro. Wikipédia[1]

Biografia

Nasceu no dia 17 de fevereiro de 1903, em ltaqui (RS), às margens do rio Uruguai. Seus pais foram Manoel Pedro de Ornellas, descendente de portugueses da ilha da Madeira, e Anna Guglielmi, de ascendência italiana e francesa, nascida no Uruguai. Em 1917, iniciou sua biblioteca já com ?Os sertões? de Euclides da Cunha. Concluiu o ginásio em 1918 e 1928, em São Paulo, onde publicou seu primeiro livro: Rodeio de estrelas (poesias). No ano de 1930, assumiu a redação do Jornal da Manhã e, após, a do A Federação. Publicou o livro de poesias, Arco-íris, pela Livraria do Globo, e também os Dois discursos.

Em 1931, casou-se com Lucy Pinto de Ornellas, prima de Aureliano e José Figueiredo Pinto, seus amigos e companheiros. Em 1934, mudou-se com a família para Santa Maria. Nessa época, publicou, pela São Paulo Editora, uma monografia sobre a história da região missioneira do Estado, ?Tupanciretã?, trabalho que rendeu, ao autor, uma cadeira de membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Em 1935, mudou-se para Porto Alegre e, em 21 de setembro de 1937, recebeu a condecoração Cavaleiro da Ordem da Coroa de Itália.

Em 1938, assumiu como diretor da Biblioteca Pública, sendo eleito presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), substituindo o escritor Erico Verissimo. Publicou seu primeiro livro de ensaios, Vozes de Ariel e, em 1939, foi nomeado diretor da lmprensa Oficial e do Jornal do Estado. Em 20 de maio de 1940, lançou Tradições e símbolos. Foi agraciado com a Medalha de Prata do 50º aniversário da Proclamação da República.

Em 1942, assumiu o cargo de diretor do Departamento de lmprensa e Propaganda, órgão do governo brasileiro no Rio Grande do Sul. No ano seguinte, publicou o livro de ensaios Símbolos bárbaros. Mais tarde, lançou O Brasil nos destinos da América. Em 1944, iniciou uma campanha, por todo o território sul-rio-grandense, pela volta ao regime democrático. Lançou o estudo Caminhos originais do Brasil. Em 1945, deixou a direção do Departamento de lmprensa e Propaganda e assumiu a direção do Arquivo Público e, em 1948, publicou o romance histórico Tiaraju e, também, Gaúchos e beduínos - a origem étnica e a formação social do Rio Grande do Sul, e ainda: Uma viagem pela Literatura do Rio Grande do Sul, separata da Revista Atlântico, de Lisboa.

Traduziu e prefaciou o romance Ariadne, de Claude Anet, e Tabaré, o poema de Juan Zorrilla de San Martín.

Em 1951, assumiu a cadeira de Literatura Hispano-Americana e Cultura lbérica da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sendo efetivado em 21 de dezembro. Em 1952, lançou a filigrana árabe Nas tradições gaúchas. Em 1954, foi afastado do corpo docente da UFRGS e ingressou na Faculdade de Filosofia de Florianópolis. Publicou O Rio Grande do Sul tradicionalista e brasileiro e também Cadernos de Portugal e Espanha. Em 1955, editou, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Poesia crioula na sátira política, e foi agraciado com a Medalha lmperatriz Leopoldina, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, em 5 de novembro. Em 1956, publicou a Gênese do gaúcho brasileiro - Cadernos de Cultura, pelo Ministério de Educação e Cultura. E, em 8 de outubro, recebeu a Medalha do Pacificador, outorgada pelo Ministério do Exército. Em 29 de agosto de 1958, foi condecorado com a Medalha Sílvio Romero, do antigo Distrito Federal (Rio de janeiro). Em 1959, foi incluída oficialmente, no índice Histórico Español, sob a orien- tação de Guilhermino Cespedes, catedrático da Faculdade de Letras de Sevilha, a obra Gaúchos e beduínos. Em 1960, publicou o livro A cruz e o alfange. E, em 7 de abril, foi homenageado com a Comenda de Alfonso X, EI Sábio, distinção máxima do governo espanhol a intelectuais estrangeiros. Foi laureado com a Medalha Olavo Bilac por seus estudos sobre a Espanha em 1961; eleito pelos líderes da sociedade sul-rio-grandense, como a Personalidade do Ano na área da cultura e das letras em 1963. E recebeu o Prêmio da Sociedade Pedro I pelo livro Máscaras e murais de minha terra.

Em 1964, editou em plaqueta, a monografia Bolívar escritor e Tardes e noites brasileiras de cultura. E foi nomeado adido cultural do Brasil no Uruguai. Em 1965, publicou Máscaras e murais de minha terra, pela Livraria do Globo, a qual lhe rendeu, em 1968, o Prêmio Joaquim Nabuco, da Academia Brasileira de Letras, entregue pelo acadêmico lvan Lins. Foi homenageado com o título de Membro Honorário da Academia Catarinense de Letras. Em 1967, pela Edart de São Paulo, publicou a obra Um bandeirante da Toscana, livro encomendado por Assis Chateaubriand, que versa sobre a vida de um ilustre italiano que restaurou a indústria açucareira de São Paulo.

Em 1969, editou Terra xucra, livro de memórias que formaria uma trilogia com Mormaço e estuário, este inacabado. Os amigos e intelectuais de São Paulo promoveram um lançamento especial para este livro, em junho, época que Manoelito pronunciou várias conferências.

No dia 8 de julho de 1969, morreu o escritor que dedicou sua vida e obra às causas da terra onde nasceu.

Ornellas está vinculado à vertente platina da historiografia rio-grandense, junto com Alfredo Varela. É autor de diversas obras de cunho sociológico, entre elas o livro fundamental da cultura gaúcha e da cultura brasileira, Gaúchos e beduínos, considerado um dos dez principais livros da sociologia brasileira. Foi o patrono da 17ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Por tudo que escreveu, neste legado literário, através de um manancial de obras de reconhecimento no Brasil, América e Europa, estava comprovada a importância deste luminoso homem das letras e das palavras, que ultrapassou seu tempo físico, imortalizando seu trabalho, através de gerações, chegando até nós e legando seu patrimônio intelectual às próximas, as quais poderão enriquecer seu saber e conhecimento nas águas espraiadas de suas obras!

Títulos, prêmios e honrarias

Patrono APLetras

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Referências

  1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Manoelito_de_Ornellas
  2. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 38
  3. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 49
  4. SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento
  5. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 53