Excessos das almas e das coisas

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Autor Agostinho Both
Título Excessos das almas e das coisas
Assunto Romance
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Data da publicação 2014
Número de páginas 202
ISBN 978-85-8326-100-1Modo
Formato Papel 15 x 21 cm
Editora IMED
Local Passo Fundo / RS
Data da publicação 2009
Número de páginas 175
ISBN 978-85-99924-22-8

Excessos das almas e das coisas "Nesta obra, Agostinho Both traduz as ambiguidades humanas, seus conflitos, seus dilemas e paradoxos. Ao ler esse livro lembramos de um provérbio índio em que um ancião descreve seus conflitos internos da seguinte maneira: - Dentro de mim há dois cachorros. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom, e eles estão sempre brigando. Quando lhe perguntaram qual cachorro ganhava a briga, o velho parou, refletiu e respondeu: - Aquele que eu alimento mais frequentemente.' Assim, o leitor aqui é levado a concluir que a luta entre o bem e o mal, não importando o tempo histórico, se repete dentro de cada um de nós. Da mesma forma, constata-se que esta obra nos faz parar, nos faz pensar que não existe nada de completamente errado no mundo, pois mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia".

Livro escrito por Agostinho Both, publicado em 2009

Apresentação

da Apresentação, por Dinair Fernandes Pires

Viver é uma tarefa difícil, em especial porque nesta jornada enfrentamos o desafio de tornarmo-nos mais humanos. Esse é o propósito que se imprime no livro Excessos das almas e das coisas: ver de perto a complexa humanidade e seus extremos. Brigamos com feras, trilhamos por penhascos e desfiladeiros, sobrevoamos abismos, arrastamos correntes, apertamos e afrouxamos nós, num debate incessante e árduo, muitas vezes, contra demônios que nos cercam. Alguns ocultos e outros acerca de nós. Todos, cada qual na sua individualidade, buscando acertar, jogamo-nos em viagens imensas e profundas para lugares distantes em busca da sabedoria, da prosperidade e da felicidade e, em outros momentos, mal saímos do lugar. Há dias que, quanto mais andamos, mais confusos, atormentados e inseguros nos tornamos.

- A “suavidade das oliveiras” e a “dureza das pedras”,

-  O “pecado” e a “virtude”,

-  O  “bem” e o “mal”,

-  O “certo” e o “errado”,

-  A “soberba” e a “humildade”

- “Anjos” e “demônios”, contraditórios, andam por nossos caminhos. Eles, como tantas outras âncoras ou vicissitudes, impedem ou facilitam o CONVIVER. Nessa ânsia de nos encontrarmos, de criar laços e mais laços, eles, muitas vezes, andam lado a lado. Numa batalha sofrida, regada por suor e lágrimas, por erros e acertos, por perdas e ganhos, por realizações e frustrações vamos descobrindo anjos e nos atrapalhando com os diabos.

Em cada “pequeno-grande” texto deste conjunto de histórias, encontramos uma chave, uma semente, um sinal, uma referência para despertar e termos ideias e sentimentos, presentes na simplicidade dos pequenos gestos, das coisas que nos rodeiam e na essência da alma.

A literatura é uma ferramenta eficaz para acordar nosso coração, muitas vezes, não ouvido, mas para isso ela deve ser especial. Através do hilário, de pequenos contos (atuais ou clássicos), envolvendo fatos do cotidiano, está a sensibilidade capaz de acordar a ternura, a generosidade, a solidariedade, a humildade que nos fará abrir os braços para nós mesmos e para os outros, crescer na dualidade que abrigamos, alcançando a tão almejada “paz interior”, apropriando-nos da sabedoria e enfrentando com suavidade e amorosidade o “mal-estar” que tantas vezes a vida nos apresenta, nas suas diferentes estações, mas que, também, é responsável pelo exercício da compaixão, do perdão e do riso em parceria sobre nossas próprias ilusões, mentiras, desencantos e desacertos. O livro é um convite para brincar e refletir sobre os excessos da vida e ver o quanto podemos admirar e cuidar do que está dentro e fora de nós.

“Era a fala do entardecer.

Desejei a permanência do outono;

Aí vieram anjos soletrar bondades. Os anjos do perdão estavam serenos e aqueles da justiça não apenas concediam a cada um o que é seu, mas buscavam que todos tivessem a dignidade em dia.

Os anjos foram descansar, somente alguns ficaram atentos, porque era sabido de todos, os diabos espreitam e, muitas vezes, aproveitam-se da escuridão para inspirar pecados e assustar a fragilidade humana.”

Que tenhamos um de nossos anjos atento, e que, este, não seja nem preguiçoso, nem omisso, mas capaz de dar conta da  responsabilidade, da ética e do cuidado sem perder a  humildade. Não precisa ser severo em demasia, mas que saiba com serenidade e poder: criar, amar e inspirar. A suavidade deste anjo perpassa por entre as palavras do livro que tenho a humildade de apresentar, mas cuidado, que um pequeno diabo pode fazer estragos.

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