Ivo José Stein
Ivo José Stein | |
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Nome completo | Ivo José Stein |
Nascimento | 22 de julho de 1925 |
Local | Ernestina, RS |
Morte | 08 de setembro de 2012 |
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Ocupação | agrimensor
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Ivo José Stein filho de Fridolin Stein e de Alma Marcolina Thomé, nasceu em Ernestina em 22 de julho de 1925, casado com Idalina da Rosa Soares, adotaram Eloí Terezinha, que se casou com Ermelindo José Cappelari, filha que lhes deu 5 netos e 8 bisnetos, faleceu em 08 de setembro de 2012
Biografia, Histórico
Ivo José Stein nasceu no Município de Passo Fundo em 22 de julho de 1925 em localidade próxima a divisa com o Município de Soledade, em área atualmente pertencente ao Município de Ernestina, mas muito próxima de Santos Vaz, Ibirapuitã. Faleceu em 08 de setembro de 2012, aos 87 anos de idade, e está sepultado no Cemitério Municipal de Soledade. Era filho de Fridolin Stein e de Alma Marcolina Thomé, neto de Pedro Stein e Catharina Elisabeth Klein e de Felippe Thomé e Rosa Bürgel. Ivo foi registrado no cartório distrital de Dona Ernestina, então 11º Distrito do Município de Passo Fundo. Aos 14 anos de idade seu pai faleceu e Ivo foi entregue aos cuidados de Atílio Della Méa, agrimensor, e de sua esposa Maria Rubin, a fim de que pudesse estudar e aprender a profissão. Fez seus estudos primários na Escola Estadual Saldanha Marinho em Ibirapuitã e no Colégio La Salle em Carazinho. Encaminhado por Atílio Della Méa, morou em uma pensão em Porto Alegre e fez o Curso Profissionalizante de Agrimensura ministrado pelo Departamento Técnico da UFRGS, obtendo seu registro no CREA em 1950 (Registro n.º 7.098-B).
Casou-se aos 22 anos de idade na vila Dona Ernestina, em 21 de junho de 1947, com Idalina da Rosa Soares, filha de Vicente da Silveira Soares e de Faustina Teixeira da Rosa. Adotaram Eloí Terezinha, que se casou com Ermelindo José Cappelari, filha que lhes deu 5 netos e 8 bisnetos. Idalina, mais conhecida como dona Ida Stein, faleceu em 13 de maio de 2001, tendo Ivo contraído matrimônio posteriormente com Maria Salum.
Foi uma pessoa simples, de princípios éticos, extremamente humanitário, não acumulou bens materiais. Quando jovem, em torno do ano de 1940, aos 15 anos de idade, viu ser inaugurado o prédio da Prefeitura Municipal de Soledade. Assistiu o então Prefeito, Octaviano Paixão Coelho, montado em um cavalo, sendo aplaudido pela população. Ele costumava contar que foi naquele momento em que passou a sonhar em ser como aquele homem público. Realizou esse sonho, cresceu e também foi Prefeito, tendo a oportunidade de construir a parte nova do prédio da mesma prefeitura cujo prédio foi construído por Octaviano. Optou por preservar a obra de Octaviano Paixão Coelho, mantendo o prédio histórico.
Ivo, que trabalhou toda sua vida como agrimensor, se tornou servidor público estadual em 8 de fevereiro de 1942, participando ativamente da vida pública de todo o Estado do Rio Grande do Sul, mas ainda mais especialmente na região da antiga Soledade, trabalhando em diversas estradas, pontes e medições nos atuais Municípios de Sobradinho, Tunas, Lagoão e Segredo, entre inúmeros outros. Foi servidor e também chefe da Inspetoria de Terras e Colonização em Passo Fundo, Soledade, Santa Cruz do Sul, São Pedro do Sul e Santa Maria, tendo sido chefe regional de 1960 a 1962. Foi delegado regional do Instituto Gaúcho de Reforma Agrária - IGRA, de 1962 a 1965; foi chefe regional da CEMAPA, de 1966 a 1972; foi técnico da METROPLAN para levantamento das estradas alimentadoras do Rio Grande do Sul e chefe regional da Companhia Intermunicipal de Estradas Alimentadoras do Estado do Rio Grande do Sul -CINTEA, de 1973 a 1976. Elegeu-se Prefeito Municipal de Soledade em 1976 e novamente em 1988, tendo sido prefeito de 01-01-1977 a 31-12-1982, por 6 anos - tendo em conta que o mandato foi prorrogado - e de 01-01-1989 a 31-12-1992, por mais 4 anos. Foi, também, por duas vezes, eleito vice-prefeito de Soledade nos períodos de 01-01-1997 a 31-12-2000 e de 01-01-2001 a 31-12-2004.
Na Inspetoria de Terras e Colonização, que era o órgão governamental responsável pela legitimação de terras devolutas e também pelas áreas de colonização, com mapeamento de terras e abertura das vias, houve forte atuação de Ivo na região Centro Serra. Foi nesse momento histórico em que Ivo José Stein, como agrimensor e servidor público, exerceu o papel de agente de regularização da propriedade e promotor da interiorização dos caminhos[1], atuando em muitos municípios do Estado, não somente em Soledade. A equipe das Inspetorias era, de modo geral, formada pelos “ajudantes de corda” (os que faziam as medições), pelos que abriam as picadas e também por um cozinheiro, todos sob a chefia de um agrimensor. Viviam em acampamentos, em casas ou galpões cedidos por algum proprietário, ou mesmo em barracas.
No caso das medições para regularização de terras, após esse trabalho de campo, efetuava-se a verificação de posse, ou seja, a comprovação do tempo de ocupação das terras pelo ocupante do local, através, inclusive, de entrevistas com os moradores mais antigos. Feito o levantamento o mais completo possível, o processo era encaminhado para Porto Alegre onde era concedida, ou não, a legitimação da área de terras.
Títulos, prêmios e honrarias
Conteúdos de seu acervo
Conteúdos relacionados
- 2019 - Ivo José Stein, dados biográficos Em 13/07/2019, por Rosi Capelari
Referências
- ↑ Expressão utilizada por Sandra Benvegnú no artigo A “Bota do Agrimensor”: Mapas e plantas da Colonização Rio Grande do Sul, publicado em http://historiaupf.blogspot.com/2013/09/memorias-do-ahr-discorre-sobre.htm, consulta em 13 de julho de 2019.