No Decênio Farroupilha

No Decênio Farroupilha
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Descrição da obra
Autor	Francisco Antonino Xavier e Oliveira
Título	No Decênio Farroupilha
Assunto	História
Formato	Digitalizado (formato PDF)
Editora	O Nacional
Publicação	1945
Páginas	8
ISBN	N I
Impresso	Formato 21 cm
Editora	O Nacional
Publicação	1945

No Decênio Farroupilha Em diferente missão do Governo farroupilha, teria também passado pelo distrito, no curso da luta, segundo narrava Da. Claudiana Marcondes de Quadros, contemporânea do facto, há já muitos anos finada, e por seu filho Polybio Fortunato do Vale, residente em Caràzinho, foi transmitido ao autor deste trabalho, um Fontoura, de Cachoeira, vindo por Soledade, que andava colectando recursos para a causa da revolução e estivera no Pulador, então fazenda em que, hoje, demora a estação ferroviária do mesmo nome, e em cujas imediações ela morava; sendo que os donativos para taj fim angariados então — acrescentava a mesma senhora — tinham consistido em cavalos e algum dinheiro, e a gente do mesmo, na sua permanência, não praticara distúrbios no distrito, de onde seguiu ele para Cruz Alta.É evidente que esse emissário teria de ser o ilustre farrapo Antônio Vicente da Fontoura, que além de residir em Cachoei ra, como se pode ver pelo jornal «O Povo», órgão oficial do Governo farroupilha, mandado reproduzir em volume pelo Instituto Histórico e Geográfico do R. G. do Sul, foi coletor geral da República Rio Cranoense nos muns. de Vacaria, Cruz Alta, Santa Maria, São Gabriel, Caçapava e Rio Pardo, e em suas funções se enquadrava, portanto, o encargo de tal colecta, indirectamente comprovada, também, pelo facto de que, como do mesmo jornal consta igualmente, em empréstimo aberto em 1839 para auxiliar as despesas com a guerra da independência da Província, alguns fazendeiros do distrito figuravam entre os subscritores respectivos.

Apresentação

Primeiro Artigo, pelo Autor

NO DECÉNIO FARROUPILHA

TRABALHO APRESENTADO NO QUARTO CONGRESSO DE HISTÓRIA E GEO GRAFIA SUL RIO-GRANDENSE, REALIZADO EM 1945 EM PORTO ALEGRE.

Aludindo aos males que a guerra civil deflagrada em 1835 no Rio Grande do Sul trouxera para o distrito de Passo Fundo, pertencente, então, ao município de Cruz Alta, consigna o extinto Dr. Hemetério José Veloso da Silveira, na obra «As Missões Orientais e seus antigos domínios», por ele publicada em 1910, que no mesmo, os habitantes que no começo da luta não emigraram, como o fizera a mor parte da população respectiva, tinham experimentado toda sorte de sofrimento, em consequência, entre outras causas próprias de ocasiões tais, das depredações que, diz ele, faziam os chefes das forças revolucionárias.

Conquanto de autoria respeitável, não se mostra sólida a acusação que aí paira contra os comandantes farrapos que por aqui passaram na inolvidável quadra. É que, no mister delicado da devassa de tempos conturbados como os de que se trata, o mais cauto pesquisador não está livre de influência das paixões que o partidarismo desenfreado desencadeia então e cujo veneno, uma vez inoculado, pode actuar por longos anos antes que chegue o dia da reabilitação do atingido, conforme no próprio .caso em tela aconteceu; não sendo, por isso, de surpreender que o finado historiador, iludido por semelhante factor pernicioso, de tal modo se manifestasse e hoje, como necessário se tornava a bem de um mais amplo conhecimento dos homens e das cousas do afastado decênio, venha a sofrer as objecções que, a seguir, vão ser feitas no presente estudo.

Não indica a obra em referência, como era aconselhável diante a natureza do ponto, a fonte ou fontes em que o seu ilustre autor se apoiou para atribuir aos chefes revolucionários as depredações a que se refere; daí resultando que agora, para verificação da certeza que possa tê-lo assistido no caso, necessário será se busque orientação a custa de reconhecimentos em várias direcções, conforme acontece com jornadeante a braços com desconhecida e erma região. (Segue...)

Índice

• I Artigo - Aludindo aos males que a guerra 1
• II Artigo - Depredação é «roubo», espoliação 3