Difference between revisions of "Eleições para Governador de RS 1737-1945"
(Created page with "'''GOVERNADORES DO RIO GRANDE DO SUL 1737-1945''' ''Em 2010, por Marco Antônio Damian'' File:Eleições em Passo Fundo dados históricos.jpg|thumb|200x200px|[[:File:E...") |
(Inserir referencia) |
||
Line 1: | Line 1: | ||
[[File:Eleições em Passo Fundo dados históricos.jpg|thumb|200x200px|[[:File:Eleições em Passo FundoLiv.pdf|Livro escrito por: Marco Antônio Damian]]]]'''Eleições para Governador de RS 1737-1945''' | |||
''Em 2010, por [[Marco Antônio Damian]]'' | |||
'''GOVERNADORES DO RIO GRANDE DO SUL 1737-1945''' | '''GOVERNADORES DO RIO GRANDE DO SUL 1737-1945''' | ||
Quando foi criado, em 1737, a colônia de São Pedro do Rio Grande do Sul era gerida por um administrador colonial. O primeiro deles foi o português José da Silva Pais. A partir de 1760, a Província passou a ter um governo independente, o que ocorreu até 1807. Em 1760, o administrador era Inácio Elói Madureira. Em 1807, quando passou a se chamar Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, Paulo José da Silva Gama, o Barão de Bajé, foi o primeiro Capitão-Mor. | Quando foi criado, em 1737, a colônia de São Pedro do Rio Grande do Sul era gerida por um administrador colonial. O primeiro deles foi o português José da Silva Pais. A partir de 1760, a Província passou a ter um governo independente, o que ocorreu até 1807. Em 1760, o administrador era Inácio Elói Madureira. Em 1807, quando passou a se chamar Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, Paulo José da Silva Gama, o Barão de Bajé, foi o primeiro Capitão-Mor. | ||
Revision as of 22:59, 16 October 2021
Eleições para Governador de RS 1737-1945
Em 2010, por Marco Antônio Damian
GOVERNADORES DO RIO GRANDE DO SUL 1737-1945
Quando foi criado, em 1737, a colônia de São Pedro do Rio Grande do Sul era gerida por um administrador colonial. O primeiro deles foi o português José da Silva Pais. A partir de 1760, a Província passou a ter um governo independente, o que ocorreu até 1807. Em 1760, o administrador era Inácio Elói Madureira. Em 1807, quando passou a se chamar Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, Paulo José da Silva Gama, o Barão de Bajé, foi o primeiro Capitão-Mor.
Com a independência do Brasil, em 1822 a Capitania foi governada pelo português João Carlos Gregório Domingos Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Duan, o primeiro Conde, primeiro Marquês e o primeiro Duque de Saldanha. O período imperial durou de 1822 a 1889, com a proclamação da república. O Rio Grande do Sul foi governado por vários administradores com títulos honoríficos, tais como: Visconde de São Gabriel; Visconde de São Leopoldo; Visconde de Maranguape; Visconde de Macaé; Visconde do Rio Grande; Barão de Tramandaí; Barão de Caçapava; Barão de Caxias; Marquês de São Vicente; Visconde de Sinimbú; Barão de Uruguaiana; Conde de Boa Vista; Barão de Sertório; Barão de São Luis; Barão de Sobral; Barão de Itapiocai; Barão de Lucena e Barão de Santa Tecla.
Entre o período de 25 de junho de 1889 e 8 de julho de 1889, o governador da Província do Rio Grande do Sul foi o passo-fundense de nascimento, Antonio Ferreira Prestes Guimarães.
Quando da proclamação da república, em 15 de novembro de 1889 foi nomeado o primeiro governador do Rio Grande do Sul, José Antonio Correia Câmara, o primeiro Visconde de Pelotas, que permaneceu no cargo apenas entre 15 de novembro de 1889 e 11 de fevereiro de 1890. Devido a desentendimentos do governador com membros do Partido Liberal e Partido Republicano, ele foi afastado do cargo. Assumiu então o vice-governador Francisco da Silva Tavares. O sucederam interinamente, Carlos Machado Bittencourt, Cândido José da Costa e Fernando Abbott.
1891
Após eleger-se deputado estadual e redigir praticamente sozinho a primeira Constituição do Rio Grande do Sul na República, Julio Prates de Castilhos foi eleito Presidente do Estado. Com a renúncia do Presidente da República Deodoro da Fonseca, em 3 de novembro de 1881, nova eleição ocorreu para o cargo de Presidente da Província, em 1892. Julio de Castilhos concorreu sozinho, obtendo 26.377 votos, retornando ao posto ocupado interinamente por Fernando Abbott.
1889
Julio de Castilhos que assumira o governo em 25 de janeiro de 1893 ocupou-o até 1898, quando indicou seu sucessor, Antonio Augusto Borges de Medeiros, que deu continuidade ao projeto de seu antecessor, como um dos maiores e mais fiéis representantes do positivismo.
1907
Impedido de tentar a reeleição Borges de Medeiros indicou seu sucessor para a eleição daquele ano. Carlos Barbosa Gonçalves concorreu contra Fernando Abbottt. Carlos Barbosa obteve 61.073 votos contra 16.431 de Abbott, assumindo o governo dentro da mesma filosofia positivista. Em 1912, Borges de Medeiros retorna ao governo.
1917
Candidato mais uma vez a reeleição Borges de Medeiros obtém o inacreditável índice de 99,99% dos votos validos, conforme apuração oficial. As suspeitas e as comprovações de fraudes deixaram campo aberto para os confrontos armados.
1922
Mais uma vez lá estava Borges de Medeiros candidato à Presidência do Rio Grande do Sul pelo PRR. Seu adversário era Joaquim Francisco de Assis Brasil, do Partido Libertador. Mais uma vez suspeitas de fraudes e números divergentes abalaram a eleição. “O resultado do pleito em Passo Fundo apresentou duas versões. A oficial indicou 3.488 votos a favor de Borges e 1.103 para Assis Brasil. De acordo com os dados fornecidos pela oposição, Borges teria feito 3.009, contra 1.632 de seu candidato. Além da divergência de números, ocorreram incidentes durante a eleição. Por volta das três horas da tarde, desembarcaram na Avenida Brasil, cerca de 200 eleitores de Carazinho. Dali se dirigiram à seção eleitoral, localizada no Fórum, erguendo vivas a Borges de Medeiros e provocando tumulto. Os representantes da oposição lavraram protesto e se retiraram da mesa”. (texto extraído do livro Páginas da Belle Époque Passo-Fundense. Damian, Heleno Alberto, Marco Antonio. Ed. Passografic, 2008).
Por conta disso o Estado estremeceu em razão do movimento armado denominado Revolução de 23, em dezembro daquele ano, que iniciou em Passo Fundo. A revolução encerrou em dezembro daquele mesmo ano com a paz selada pelo Tratado das Pedras Altas. No acordo entre republicanos e libertadores ficou estabelecido que Borges de Medeiros cumpriria seu mandato, mas estava proibido de tentar nova reeleição.
1927
Eleito Presidente do Estado Getúlio Dornelles Vargas assumiu o cargo em 25 de janeiro de 1928, permanecendo até 9 de outubro de 1930. Antes, concorreu a presidência da república, e derrotado, liderou o movimento revolucionário que depôs o Presidente Washington Luis e impediu a posse do candidato vitorioso Julio Prestes. Vargas assumiu provisoriamente a presidência de república, em outubro de 1930. Em seu lugar, na Presidência do Estado assumiu Osvaldo Euclides de Sousa Aranha, até 27 de outubro do mesmo ano, quando acompanhou Vargas na capital Rio de Janeiro. Em 1931, Osvaldo Aranha foi nomeado Ministro da Justiça. Em seu lugar cumpriu outra etapa do mandato o advogado Sinval Saldanha. Porém, em 28 de novembro de 1930, o Presidente da República Getúlio Vargas nomeou interventor no Estado o General José Antonio Flores da Cunha.
1935
Em abril de 1935, José Antonio Flores da Cunha foi eleito pelos deputados como Governador do Rio Grande do Sul. Sua eleição indireta deu-se no dia seguinte a instalação da Assembléia Estadual Constituinte, apenas com os candidatos da situação. Alegando que sua bancada ainda não estava constituída a oposição, representada pela Frente Única, não compareceu à eleição, tampouco a posse da Constituinte. Flores da Cunha cumpriu seu mandado até 1937. Brigado com Vargas e com o advento do Estado Novo, Flores da Cunha foi deposto do cargo e mais tarde exilado. Vargas nomeou interventor o General Manuel de Cerqueira Daltro Filho, que permaneceu no cargo até seu falecimento, ocorrido em 19 de janeiro de 1938. Assumiu então o soledadense Joaquim Mauricio Cardoso, por apenas dois meses. O General Osvaldo Cordeiro de Farias entrou no cargo em 4 de março de 1938 até 4 de setembro de 1943.
1943
Após o General Cordeiro de Farias deixar o cargo, Vargas nomeou interventor o também General Ernesto Dornelles, até a queda de Vargas, em 1945.
1945
Com a deposição de Getúlio Vargas e um governo provisório de transição, o Ministro da Guerra Góis Monteiro nomeou interventor do Rio Grande do Sul o Desembargador Samuel Figueiredo da Silva, entre 1º de novembro de 1945 e 7 de fevereiro de 1946. Com a eleição de Eurico Gaspar Dutra, em 1945 e sua posse, em 31 de janeiro de 1946, muda-se mais uma vez o interventor do Estado. Nomeado Pompílio Cylon Fernandes da Rosa permaneceu no cargo até passá-lo ao governador eleito Walter Só Jobim, que tomou posse em 26 de março de 1947.