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Francisco Antonino Xavier e Oliveira(1) nasceu em 5 de setembro de 1876, na Fazenda Três Capões, pertencente a Passo Fundo, hoje Marau. É filho de Antônio de Oliveira Penteado e Idalina Xavier e Oliveira. Casou-se com Anna Joaquina Xavier e Oliveira (sua prima, filha de Francisco Marques Xavier, Coronel Chicuta, e de Marcolina de Quadros Xavier), com quem teve onze filhos. Órfão de pai muito cedo, teve uma infância de trabalho, parte dela na fazenda de seu padrinho, em Lagoa Vermelha, tempo em que iniciou como madrinheiro nas lides do transporte de tropas de mulas para Sorocaba (SP). Atividade essa que foi a base dos seus conceitos de observação, orientação e localização, que futuramente explicaram tão bem o espaço geográfico em que vivia com riqueza de detalhes. | Francisco Antonino Xavier e Oliveira(1) nasceu em 5 de setembro de 1876, na Fazenda Três Capões, pertencente a Passo Fundo, hoje Marau. É filho de Antônio de Oliveira Penteado e Idalina Xavier e Oliveira. Casou-se com Anna Joaquina Xavier e Oliveira (sua prima, filha de Francisco Marques Xavier, Coronel Chicuta, e de Marcolina de Quadros Xavier), com quem teve onze filhos. Órfão de pai muito cedo, teve uma infância de trabalho, parte dela na fazenda de seu padrinho, em Lagoa Vermelha, tempo em que iniciou como madrinheiro nas lides do transporte de tropas de mulas para Sorocaba (SP). Atividade essa que foi a base dos seus conceitos de observação, orientação e localização, que futuramente explicaram tão bem o espaço geográfico em que vivia com riqueza de detalhes. | ||
Revision as of 11:27, 23 September 2021
Antonino Xavier | |
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Nome completo | Francisco Antonino Xavier e Oliveira |
Nascimento | 05 de setembro de 1876 |
Local | Três Capões - Passo Fundo/RS |
Morte | 10 de julho de 1959 |
Local | Passo Fundo/RS |
Ocupação | historiador, jornalista, advogado |
Francisco Antonino Xavier e Oliveira nasceu em 5 de setembro de 1876, na Fazenda Três Capões, pertencente a Passo Fundo, hoje Marau. É filho de Antônio de Oliveira Penteado e Idalina Xavier e Oliveira. Casou-se com Anna Joaquina Xavier e Oliveira (sua prima, filha de Francisco Marques Xavier, Coronel Chicuta, e de Marcolina de Quadros Xavier), com quem teve onze filhos.
Biografia
Francisco Antonino Xavier e Oliveira(1) nasceu em 5 de setembro de 1876, na Fazenda Três Capões, pertencente a Passo Fundo, hoje Marau. É filho de Antônio de Oliveira Penteado e Idalina Xavier e Oliveira. Casou-se com Anna Joaquina Xavier e Oliveira (sua prima, filha de Francisco Marques Xavier, Coronel Chicuta, e de Marcolina de Quadros Xavier), com quem teve onze filhos. Órfão de pai muito cedo, teve uma infância de trabalho, parte dela na fazenda de seu padrinho, em Lagoa Vermelha, tempo em que iniciou como madrinheiro nas lides do transporte de tropas de mulas para Sorocaba (SP). Atividade essa que foi a base dos seus conceitos de observação, orientação e localização, que futuramente explicaram tão bem o espaço geográfico em que vivia com riqueza de detalhes.
Iniciou seus primeiros estudos (em Letras) em Passo Fundo, na fazenda da família. Foi comerciário (caixeiro, balconista, entregador de compras) em Lagoa Vermelha, Ponta Grossa (PR), Porto Alegre e Passo Fundo. Isso desde os 10 anos de idade, de 1886 até 1900. Iniciou, paralelamente, à ocupação no comércio, o exercício da função pública como auxiliar da secretaria do Conselho Municipal de 1896 a 1899, quando assumiu o cargo de promotor público da comarca. Em 1900, além de escrivão de órfãos, foi escritor da Junta de Recenseamento Federal e encarregado da organização da representação de Passo Fundo na Exposição Estadual de 1900. Nesse ano, exerceu também a função de advogado do município de Passo Fundo na questão dos limites com Lajeado.
De 1909 a 1905, ocupou o cargo de secretário da intendência. De 1905 a 1909, o de juiz distrital. De 1909 a 1912, foi vice-intendente do município. Em 1908, organizou a representação do município na Exposição Nacional. Durante os anos de 1910 e 1911, exerceu a função de encarregado do Recenseamento Federal. Em 1913, encarregou-se da elaboração dos regulamentos da intendência. Em 1914, inaugurou o Hospital de Caridade, que presidiu por 10 anos. Em 1914, foi encarregado da elaboração do primeiro Código de Posturas de Passo Fundo. Em 1916, foi incumbido de revisar a Lei Orgânica do município. Em 1917, realizou a Propaganda Agrícola e participou, como representante do Comércio Madeireiro, do Congresso de Transportes, realizado em Porto Alegre. Em 1918, voltou a ocupar o cargo de juiz distrital da sede municipal e, no ano seguinte, compôs a comissão nomeada pelo Comércio Serrano, para ir ao Rio de Janeiro pleitear o melhoramento do serviço ferroviário. Nos anos de 1920 e 1921, exerceu a função de delegado seccional de Recenseamento em Passo Fundo, Soledade, Lagoa Vermelha, Erechim, Palmeira das Missões, Santo Angelo, São Luiz Gonzaga, Ijuí, Júlio de Castilhos e Cruz Alta. Em 1923, novamente assumiu o cargo de secretário da intendência. Durante os anos de 1927 e 1928, empenhou-se na tarefa da elaboração do mapa do município, litografado em oficinas gráficas de Curitiba e que serviu de base para esclarecer dúvidas sobre divisas de municípios e denominações de acidentes geográficos de uma extensa área territorial do Rio Grande do Sul. Nos anos de 1930, foi nomeado membro da Comissão de Sindicância do Município de Cruzeiro, hoje Joaçaba (SC). Em 1932, organizou a contabilidade de Chapecó (SC). Em 1933, iniciou a profissão de advogado (profissional-não formado) nos intervalos das suas funções públicas. Também foi jornalista, redator dos periódicos: O Gaúcho, A Voz da Serra, Boletim do Hospital de Caridade, Boletim da Intendência Municipal. Foi colaborador de: O Gaúcho, A Época, O Carazinho, O Delta (Porto Alegre), Alma (Porto Alegre), O Athleta (Porto Alegre) e Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Foi correspondente de: O Diário (Porto Alegre), O Diário do Interior (Santa Maria), O Cruz Alta (Cruz Alta), A Reforma (Machado de Assis, MG) e Jornal do Comércio (São Paulo). Além disso, presidiu as seguintes entidades: Clube Literário Recreativo, Grêmio Dramático Passo-Fundense, Clube Amor à Instituição, Liga Protetora dos Pobres, Loja Maçônica Concórdia do Sul, Hospital de Caridade de Passo Fundo (Hospital da Cidade), Comitê da Aliança Liberal, Comitê População Pró-Getúlio Vargas, Grêmio Passo-Fundense de Letras (atual APLetras).
Seus discursos eram de muita eloquência, tendo sido orador oficial do Clube Pinheiro Machado e Loja Maçônica Concórdia do Sul. Foi diretor das escolas Minerva, Guilhermina Dias (da Maçonaria); diretor do Curso Comercial; professor do Colégio Passo Fundo, do Instituto Ginasial (IE). Foi membro das associações científicas: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Sociedade Theosphica de Benares, Índia, Grêmio Passo-Fundense de Letras (Academia Passo-Fundense de Letras) e secretário local da Ordem Maçônica Estrela do Oriente. Recebeu, também, as seguintes distinções honoríficas: Sócio Honorário da Sociedade Yolanda Margharita di Saboya; Medalha de Ouro na Exposição Nacional de 1908, pelo trabalho Annaes do município de Passo Fundo e outros trabalhos geográficos; Medalha de ouro na Exposição Agropecuária de Carazinho em 1934, pelo Dicionário histórico e geográfico de Carazinho, com mapa do município; Grau 33 (Venerável) da Maçonaria por serviços à Ordem; presidente de honra e sócio benemérito da Associação dos Jornalistas Profissionais de Passo Fundo. Como jornalista, usava, além do próprio nome, os pseudônimos Plutarco, Jappy, Argos, Senio, Jano, Arnio, João DÒutrora, João D´Agoragora e J. Tagarella. Publicou várias obras, reeditadas pela UPF em 1990, como Annaes do município de Passo Fundo - Volume I: Aspectos geográficos; Volume II: Aspectos históricos e Volume III: Aspectos culturais, havendo ainda várias obras inéditas. Em 1945, foi nomeado prefeito municipal pelo governador do estado, mandato breve e decepcionante para ele. No afã da ordem, organização e seriedade, já naquela época, foi mal interpretado, chegando à renúncia do cargo. Em 1950, aposentou-se como advogado, por interferência da Subsecção da Ordem dos Advogados de Passo Fundo. Após anos de enfermidade, faleceu no dia 10 de julho de 1959, tendo recebido expressivas homenagens da comunidade passo-fundense, regional e estadual. No dizer do poeta Gomercindo dos Reis, “[...]
Não morre nunca não, quem faz a história da terra idolatrada onde nasceu”.
1 Este texto foi redigido por Marília Mattos, neta de Antonino Xavier, em 2013. “ Apresento esta breve biografia do meu saudoso avô, citando o quanto ele era sensível, doce, firme e atualizado para a época de meninice e juventude de que partilhamos”.
Títulos, prêmios e honrarias
- 1939 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 8[1]
- 1961 - Patrono da APLetras cadeira nº 21[2]
- 2021 - Eleito Presidente de Honra do IHPF[3]
Livros e publicações de sua autoria
Livros e publicações com sua participação
Conteúdos de seu acervo
Conteúdos relacionados
- 1993 - O HISTORIADOR PASSO-FUNDENSE ANTONINO XAVIER[4]
- 1961 - Jorge Edeth Cafruni, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 21[5]
Referências
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 38
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 30-33
- ↑ CARVALHO, Djiovan V. Dar realidade a um ideal: de Centro de Estudos Históricos a Instituto Histórico de Passo Fundo, Passo Fundo, Projeto Passo Fundo, 2019. 92p. E-book, P. 83
- ↑ D'ÁVILA, Ney EP. O Historiador Passo-Fundense Antonino Xavier, Passo Fundo, 1993. 119p. Monografia
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 30-33