Difference between revisions of "Independente, não neutro!"

From ProjetoPF
Jump to navigation Jump to search
(Inserir referencia)
Line 8: Line 8:
|- align="center"
|- align="center"


| colspan="2" |[[File:Independente, não neutro!.jpg|center|thumb|[https://projetopassofundo.wiki.br/images/1/1f/Independente%2C_n%C3%A3o_neutro.pdf Downloads]]]
| colspan="2" |[[File:Independente, não neutro!.jpg|center|thumb|[https://projetopassofundo.wiki.br/images/1/1f/Independente%2C_n%C3%A3o_neutro.pdf Independente, não neutro!]]]


|-
|-
Line 98: Line 98:


Esta pesquisa tem o objetivo de estudar a relação entre a liderança política e a imprensa regional, no norte do Rio Grande do Sul, no período que se estende de 1916 até 1930. Entendese que a imprensa foi um dos sustentáculos do poder da elite política regional desde a proclamação da República em 1889, avançando por todo o período da chamada República Velha, até 1930. Nesse período, foram identificados cerca de 16 jornais, alguns de duração efêmera e outros cuja longevidade alcança os dias atuais. Essa imprensa registrou os embates políticos e, muitas vezes, foi criada com o objetivo de ser porta-voz dos políticos regionais. Assim sendo, constatou-se uma verdadeira identidade estabelecida entre a política e a imprensa. Os casos mais emblemáticos foram os dos jornais A Voz da Serra e O Nacional. A Voz da Serra, fundado em 1916, vinculouse à causa do Partido Republicano Riograndense (PRR) por vínculo ideológico entre o proprietário do jornal e o líder regional Nicolau de Araujo Vergueiro. Por sua vez, O Nacional foi fundado em 1925 pelos filhos de coronel Gervasio Lucas Annes, figura política que ditou a hegemonia do PRR em âmbito regional e orientou grande parte da imprensa citada. Gerv asio Lucas Annes construiu uma identidade de liderança política e deixou como sucessor Nicolau Araujo Vergueiro, portanto, a análise proposta nessa pesquisa leva em consideração a importância da imprensa na manutenção da dominação do PRR na região a partir de um contexto estadual que foi permeado por duas guerras civis. A Revolução Federalista de 1893, Independente, não neutro! - Gabriela Tosta Goulart - 10 que opôs maragatos e pica-paus e a Revolução de 1923, que abalou a hegemonia do PRR e demonstrou que as oposições político-partidárias só conseguiam se manifestar através da via revolucionária. Nesse sentido, a manutenção do poder do PRR em âmbito regional sofreu contestação e a imprensa foi um dos suportes para a viabilização do domínio dos seguidores do castilhismo-borgismo no período em questão.
Esta pesquisa tem o objetivo de estudar a relação entre a liderança política e a imprensa regional, no norte do Rio Grande do Sul, no período que se estende de 1916 até 1930. Entendese que a imprensa foi um dos sustentáculos do poder da elite política regional desde a proclamação da República em 1889, avançando por todo o período da chamada República Velha, até 1930. Nesse período, foram identificados cerca de 16 jornais, alguns de duração efêmera e outros cuja longevidade alcança os dias atuais. Essa imprensa registrou os embates políticos e, muitas vezes, foi criada com o objetivo de ser porta-voz dos políticos regionais. Assim sendo, constatou-se uma verdadeira identidade estabelecida entre a política e a imprensa. Os casos mais emblemáticos foram os dos jornais A Voz da Serra e O Nacional. A Voz da Serra, fundado em 1916, vinculouse à causa do Partido Republicano Riograndense (PRR) por vínculo ideológico entre o proprietário do jornal e o líder regional Nicolau de Araujo Vergueiro. Por sua vez, O Nacional foi fundado em 1925 pelos filhos de coronel Gervasio Lucas Annes, figura política que ditou a hegemonia do PRR em âmbito regional e orientou grande parte da imprensa citada. Gerv asio Lucas Annes construiu uma identidade de liderança política e deixou como sucessor Nicolau Araujo Vergueiro, portanto, a análise proposta nessa pesquisa leva em consideração a importância da imprensa na manutenção da dominação do PRR na região a partir de um contexto estadual que foi permeado por duas guerras civis. A Revolução Federalista de 1893, Independente, não neutro! - Gabriela Tosta Goulart - 10 que opôs maragatos e pica-paus e a Revolução de 1923, que abalou a hegemonia do PRR e demonstrou que as oposições político-partidárias só conseguiam se manifestar através da via revolucionária. Nesse sentido, a manutenção do poder do PRR em âmbito regional sofreu contestação e a imprensa foi um dos suportes para a viabilização do domínio dos seguidores do castilhismo-borgismo no período em questão.
----
[[File:Gabriela Tosta Goulart.jpg|left|thumb|129x129px|Gabriela Tosta Goulart]]
'''Gabriela Tosta Goulart'''
Nasceu em 20 de dezembro de 1988. É habitante passofundense há quase 10 anos. Graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo, possui licenciatura em História e pós-graduação em Gestão e Tutoria da Educação pelo Centro Universitário Leonardo Da Vinci, MBA em Marketing pela Universidade Estácio de Sá, Mestrado em História Regional pela Unidade de Passo Fundo e, atualmente, doutoranda em História Regional também pela Universidade de Passo Fundo.
----


== Índice ==
== Índice ==
Line 123: Line 129:
* REFERÊNCIAS 297
* REFERÊNCIAS 297
* FONTES DOCUMENTAIS 303
* FONTES DOCUMENTAIS 303
== Conteúdos de seu acervo ==
=== Imagens ===
{| class="wikitable mw-collapsible mw-collapsed"
|[[File:Convite Independente não neutro.jpg|thumb|150x150px|center]]
|
!
|}


== Conteúdos relacionados ==
== Conteúdos relacionados ==
[[File:Convite Independente não neutro.jpg|left|thumb|150x150px]]


* Lançado na IV Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida em 5 de maio de 2016
* 2015 - Independente, não neutro!<ref>GOULART, Gabriela T. (2015) [https://projetopassofundo.wiki.br/images/1/1f/Independente%2C_n%C3%A3o_neutro.pdf Independente, não neutro!: poder e imprensa no norte do RS (1916-1930)] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 312 páginas. E-book</ref>
 
* 2016 - Lançado na IV Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida em 5 de maio de 2016


== Referências ==
== Referências ==

Revision as of 17:09, 3 February 2023

Independente, não neutro!
Descrição da obra
Autor Gabriela Tosta Goulart
Título Independente, não neutro!
Subtítulo poder e imprensa no norte

do RS (1916-1930)

Assunto Politica
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2015
Páginas 312
ISBN 978-85-8326-182-7
Impresso Formato 15 x 21 cm
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2015

Independente, não neutro!: poder e imprensa no norte do RS (1916-1930) Este livro trata da relação entre imprensa e as disputas de poder da elite política passofundense, no período de 1916 a 1930. Neste período, os domínios dos prelos passofundenses estavam concentrados nas mãos de uma elite política que detinha o poder econômico, político e social. A analise dos jornais A Voz da Serra e O Nacional se deram pela questão da memória política que revelam em seu discurso, por suas influências políticas e por seu caráter testemunhal, pois os jornais expressavam posições partidárias de seus proprietários e revelaram-se um dos veículos de luta pelo poder regional.

Uma figura marcou a relação da política com a imprensa local: o coronel Gervasio Annes, líder do Partido Conservador, que reviu sua posição política e conduziu a instalação do Partido Republicano Riograndense local, tendo como adversários os Federalistas. Os periódicos foram a maneira empregada pelo PRR para difundir os ideais positivistas. Sendo assim, o partido que detinha o prelo local tinha muitas possibilidades de manutenção do poder regional. A luta pelo poder no norte do RS não contrapôs apenas o PRR e seus detratores federalistas representados pelos assisistas no Estado. A disputa pelo poder se deu intra-partidariamente, nas hostes do próprio PRR.

Apresentação

RESUMO, pela Autora

Esta pesquisa tem o objetivo de estudar a relação entre a liderança política e a imprensa regional, no norte do Rio Grande do Sul, no período que se estende de 1916 até 1930. Entendese que a imprensa foi um dos sustentáculos do poder da elite política regional desde a proclamação da República em 1889, avançando por todo o período da chamada República Velha, até 1930. Nesse período, foram identificados cerca de 16 jornais, alguns de duração efêmera e outros cuja longevidade alcança os dias atuais. Essa imprensa registrou os embates políticos e, muitas vezes, foi criada com o objetivo de ser porta-voz dos políticos regionais. Assim sendo, constatou-se uma verdadeira identidade estabelecida entre a política e a imprensa. Os casos mais emblemáticos foram os dos jornais A Voz da Serra e O Nacional. A Voz da Serra, fundado em 1916, vinculouse à causa do Partido Republicano Riograndense (PRR) por vínculo ideológico entre o proprietário do jornal e o líder regional Nicolau de Araujo Vergueiro. Por sua vez, O Nacional foi fundado em 1925 pelos filhos de coronel Gervasio Lucas Annes, figura política que ditou a hegemonia do PRR em âmbito regional e orientou grande parte da imprensa citada. Gerv asio Lucas Annes construiu uma identidade de liderança política e deixou como sucessor Nicolau Araujo Vergueiro, portanto, a análise proposta nessa pesquisa leva em consideração a importância da imprensa na manutenção da dominação do PRR na região a partir de um contexto estadual que foi permeado por duas guerras civis. A Revolução Federalista de 1893, Independente, não neutro! - Gabriela Tosta Goulart - 10 que opôs maragatos e pica-paus e a Revolução de 1923, que abalou a hegemonia do PRR e demonstrou que as oposições político-partidárias só conseguiam se manifestar através da via revolucionária. Nesse sentido, a manutenção do poder do PRR em âmbito regional sofreu contestação e a imprensa foi um dos suportes para a viabilização do domínio dos seguidores do castilhismo-borgismo no período em questão.


Gabriela Tosta Goulart

Gabriela Tosta Goulart

Nasceu em 20 de dezembro de 1988. É habitante passofundense há quase 10 anos. Graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo, possui licenciatura em História e pós-graduação em Gestão e Tutoria da Educação pelo Centro Universitário Leonardo Da Vinci, MBA em Marketing pela Universidade Estácio de Sá, Mestrado em História Regional pela Unidade de Passo Fundo e, atualmente, doutoranda em História Regional também pela Universidade de Passo Fundo.


Índice

  • AGRADECIMENTOS 7
  • RESUMO 9
  • INTRODUÇÃO 13
  • 1 A IMPRENSA COMO SUSTENTÁCULO DO PODER LOCAL (1889-1930) 31
  • 1.1 A Política passofundense guiada por uma elite 32
  • 1.2 Um histórico da imprensa em Passo Fundo de 1889 a 1930 58
  • 1.3 A consolidação da imprensa partidária em Passo Fundo 70
  • 2 AS QUERELAS NA POLÍTICA VENTILADAS NA IMPRENSA (1916-1920) 117
  • 2.1 O desfecho do pleito eleitoral de 1916 130
  • 2.2 A constituição da Comissão Executiva em 1917 137
  • 2.3 Violência além das farpas impressas n’A Voz da Serra 150
  • 2.4 A conjuntura da Revolução de 1923 sob o viés da imprensa 185
  • 3 DISPUTAS NA IMPRENSA PELA INDEPENDÊNCIA PARTIDÁRIA (1925-1930) 199
  • 3.1 O Nacional: uma imprensa independente? 202
  • 3.2 As primeiras disputas nas páginas d’O Nacional 218
  • 3.3 Os fervores pré-eleitorais de 1928 230
  • 3.4 A emancipação de Carazinho: uma disputa à parte 241
  • 3.5 Herculano Annes, a farpa afinal, foi política ou pessoal? 248
  • 3.6 A Revolução de 1930 em uma imprensa propagandista 265
  • CONSIDERAÇÕES FINAIS 289
  • REFERÊNCIAS 297
  • FONTES DOCUMENTAIS 303

Conteúdos de seu acervo

Imagens

Convite Independente não neutro.jpg

Conteúdos relacionados

  • 2015 - Independente, não neutro![1]
  • 2016 - Lançado na IV Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida em 5 de maio de 2016

Referências


  1. GOULART, Gabriela T. (2015) Independente, não neutro!: poder e imprensa no norte do RS (1916-1930) -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 312 páginas. E-book