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'''Aquiles: o inconstante''' carrega a alegria e a dor de nosso tempo, escrito por Agostinho Both, publicado em 2015 | '''Aquiles: o inconstante''' carrega a alegria e a dor de nosso tempo. Nada mais se segura e pouca coisa é permanente. A companheira Dorotea, presente divino, segura a casa de pé, ainda que os ventos soprem violentos de todos os lados. Ela luta bravamente para segurar promessas e aliviar a austeridade do seu tempo. Aquiles, vulnerável do calcanhar à cabeça, busca, apesar de tudo, encontrar um porto seguro, que o mar não está pra peixe. | ||
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Aquiles, o Inconstante, é a história de um homem atormentado de diferentes maneiras: por seus desejos insatisfeitos, pela pressão do trabalho, pela família, em especial o filho que lhe toma a sala - último bastião de sua segurança, de onde pretendia retomar sua carreira de profissional liberal. | |||
As peripécias do personagem refletem, de forma irônica, a vulnerabilidade a que nos vemos expostos quando os anos se aproximam. E, diferente do herói grego, cujo único ponto vulnerável é o calcanhar, o Aquiles da estória está todo entregue aos ataques da sorte. | |||
Em sua viagem ao México, admira a aventuras de Pito Peres, um personagem local, que não teme a má sorte e vive a vida à larga, exatamente como Aquiles, nosso herói medroso, gostaria e não teve a coragem de fazer. Como, de resto, a grande maioria de nós. | |||
Como um hábil enxadrista, Agostinho movimenta as peças do tabuleiro da criação literária para refletir sobre os desafios que a vida provecta nos prepara e das quais só nos vemos aliviados pelo carinho da comunidade a que pertencemos e o amor de uma fiel e constante companheira, como Dorotea o foi para nosso herói, e cujo nome, não por acaso, significa, presente de Deus. | |||
Não é por certo uma leitura para divertir, também não é para desesperar. É o panorama da vida que Agostinho nos descortina, como o cicerone de Aquiles pelas exóticas paisagens do México. País este, aliás, que encara a morte com desassombro. | |||
A todos, uma boa leitura! Como poderíamos dizer, a todos um boa vida! Eis que tanto uma como a outra podem não ser fácil, mas nem por isso, menos saborosas para quem sabe lhes apreciar os desafios. | |||
== Conteúdos relacionados == | == Conteúdos relacionados == |
Revision as of 07:56, 27 August 2021
Aquiles: o inconstante carrega a alegria e a dor de nosso tempo. Nada mais se segura e pouca coisa é permanente. A companheira Dorotea, presente divino, segura a casa de pé, ainda que os ventos soprem violentos de todos os lados. Ela luta bravamente para segurar promessas e aliviar a austeridade do seu tempo. Aquiles, vulnerável do calcanhar à cabeça, busca, apesar de tudo, encontrar um porto seguro, que o mar não está pra peixe.
Livro escrito por Agostinho Both, publicado em 2015
Apresentação
da Apresentação, por Júlio Cesar Perez
Aquiles, o Inconstante, é a história de um homem atormentado de diferentes maneiras: por seus desejos insatisfeitos, pela pressão do trabalho, pela família, em especial o filho que lhe toma a sala - último bastião de sua segurança, de onde pretendia retomar sua carreira de profissional liberal.
As peripécias do personagem refletem, de forma irônica, a vulnerabilidade a que nos vemos expostos quando os anos se aproximam. E, diferente do herói grego, cujo único ponto vulnerável é o calcanhar, o Aquiles da estória está todo entregue aos ataques da sorte.
Em sua viagem ao México, admira a aventuras de Pito Peres, um personagem local, que não teme a má sorte e vive a vida à larga, exatamente como Aquiles, nosso herói medroso, gostaria e não teve a coragem de fazer. Como, de resto, a grande maioria de nós.
Como um hábil enxadrista, Agostinho movimenta as peças do tabuleiro da criação literária para refletir sobre os desafios que a vida provecta nos prepara e das quais só nos vemos aliviados pelo carinho da comunidade a que pertencemos e o amor de uma fiel e constante companheira, como Dorotea o foi para nosso herói, e cujo nome, não por acaso, significa, presente de Deus.
Não é por certo uma leitura para divertir, também não é para desesperar. É o panorama da vida que Agostinho nos descortina, como o cicerone de Aquiles pelas exóticas paisagens do México. País este, aliás, que encara a morte com desassombro.
A todos, uma boa leitura! Como poderíamos dizer, a todos um boa vida! Eis que tanto uma como a outra podem não ser fácil, mas nem por isso, menos saborosas para quem sabe lhes apreciar os desafios.
Conteúdos relacionados
O livro foi lançado na 29ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida em 5 de novembro de 2015.