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|Quase perfeito | |||
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|Romance | |||
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|Editora | |||
|Projeto Passo Fundo | |||
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|Data da publicação | |||
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|Número de páginas | |||
|218 | |||
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|ISBN | |||
|978-85-8326-319-7 | |||
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|Formato | |||
|Papel 15 x 21 cm | |||
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|Data da publicação | |||
|2018 | |||
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|Número de páginas | |||
|214 | |||
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|ISBN | |||
|978-85-8326-322-7 | |||
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'''Quase perfeito''' - Agostinho Both, nesta obra literária, se alegra em revelar a história de um casamento e bem mais: a vida intensa de uma família com grandes tensões. O autor não somente se dedica à literatura, mas com ela busca descobrir os meandros mais profundos da complexidade humana e a aventura na criação de laços em diversas direções. Para o autor viver é estender-se cada vez mais e os personagens se comovem em solidariedade, fazendo da reciprocidade responsável o sentido da vida. | |||
Livro escrito por Agostinho Both, publicado em 2018 | |||
== Apresentação == | |||
''do Primeiro Capítulo, pelo Autor'' | |||
Um mandamento | |||
Minha mulher falou: escreva um livro sobre o amor. Respondi: já escrevi um sobre amor de velhos. Instou mais: não é bem isso, um amor pra toda vida. Continuei: tudo que escrevi tem a ver com amor. As instituições, os velhos, a educação, a região, nada havia passado sem haver tocado e me haver tocado. A ideia dela, porém, não me saía. Solicitação de mulher cola na gente! Não se desprende com qualquer explicação. Volta e meia vinha ela: | |||
–– Você tem tanta ideia, até para duvidar de Deus, por que não tem ideia para o amor? | |||
–– Pensa, então, em reunir um homem e uma mulher em completa fusão, como se bastasse uma dose de boa vontade? | |||
–– Faça o que quiser, mas faça! | |||
–– Farei do meu jeito. Entre tempestades vivemos e delas não há como nos furtarmos. Vou traduzir a proeza divina da ternura com minha interpretação. | |||
Recolhi pensamentos: | |||
O amor é feito de horizontes como se o mundo não tivesse fim. A fragilidade humana, sei muito bem, pouco tem de horizontes claros. O tempo não perdoa com suas foices e martelos. O tema desejado pra compor o romance de um velho muito velho ou de um jovem muito jovem é tarefa complexa, pra não dizer ilusória. Nem quero pensar em dizer pra ela que meu romance é de muitas valências. Vou me concentrar o mais que posso em representar a sustentabilidade do amor em levezas das horas e em suas leveduras. | |||
Mostro pra minha mulher a minha intenção. Ela, porém, não concorda, dizendo querer um amor arrebatador e pro resto dos dias. Respondo que nem tanto é a verdade, nem pra tanto é minha escritura. Então faça o que bem entender, apelou mais uma vez. | |||
Metido nessa intenção, inventando e crente: a fé e a esperança podem o quanto podem as situações precárias. Vou atrás da ideia do mexicano Octávio Paz: a inspiração é dada mais pelos motivos do que pela vontade do escritor. Diria, também, os momentos possuem seus encantos e desencantos. Assim me apareceu um casal. Numa distração os dois me caíram ao colo. Peço, então, aos meus dois personagens, Laura e Sávio: me deem o que for possível dar. | |||
== Conteúdos relacionados == | |||
[[Category:Livros]] | |||
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Titulo | |
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Capa | |
Descrição da obra | |
Autor | Agostinho Both |
Título | Quase perfeito |
Assunto | Romance |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Data da publicação | 2018 |
Número de páginas | 218 |
ISBN | 978-85-8326-319-7 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Data da publicação | 2018 |
Número de páginas | 214 |
ISBN | 978-85-8326-322-7 |
]] Quase perfeito - Agostinho Both, nesta obra literária, se alegra em revelar a história de um casamento e bem mais: a vida intensa de uma família com grandes tensões. O autor não somente se dedica à literatura, mas com ela busca descobrir os meandros mais profundos da complexidade humana e a aventura na criação de laços em diversas direções. Para o autor viver é estender-se cada vez mais e os personagens se comovem em solidariedade, fazendo da reciprocidade responsável o sentido da vida.
Livro escrito por Agostinho Both, publicado em 2018
Apresentação
do Primeiro Capítulo, pelo Autor
Um mandamento
Minha mulher falou: escreva um livro sobre o amor. Respondi: já escrevi um sobre amor de velhos. Instou mais: não é bem isso, um amor pra toda vida. Continuei: tudo que escrevi tem a ver com amor. As instituições, os velhos, a educação, a região, nada havia passado sem haver tocado e me haver tocado. A ideia dela, porém, não me saía. Solicitação de mulher cola na gente! Não se desprende com qualquer explicação. Volta e meia vinha ela:
–– Você tem tanta ideia, até para duvidar de Deus, por que não tem ideia para o amor?
–– Pensa, então, em reunir um homem e uma mulher em completa fusão, como se bastasse uma dose de boa vontade?
–– Faça o que quiser, mas faça!
–– Farei do meu jeito. Entre tempestades vivemos e delas não há como nos furtarmos. Vou traduzir a proeza divina da ternura com minha interpretação.
Recolhi pensamentos:
O amor é feito de horizontes como se o mundo não tivesse fim. A fragilidade humana, sei muito bem, pouco tem de horizontes claros. O tempo não perdoa com suas foices e martelos. O tema desejado pra compor o romance de um velho muito velho ou de um jovem muito jovem é tarefa complexa, pra não dizer ilusória. Nem quero pensar em dizer pra ela que meu romance é de muitas valências. Vou me concentrar o mais que posso em representar a sustentabilidade do amor em levezas das horas e em suas leveduras.
Mostro pra minha mulher a minha intenção. Ela, porém, não concorda, dizendo querer um amor arrebatador e pro resto dos dias. Respondo que nem tanto é a verdade, nem pra tanto é minha escritura. Então faça o que bem entender, apelou mais uma vez.
Metido nessa intenção, inventando e crente: a fé e a esperança podem o quanto podem as situações precárias. Vou atrás da ideia do mexicano Octávio Paz: a inspiração é dada mais pelos motivos do que pela vontade do escritor. Diria, também, os momentos possuem seus encantos e desencantos. Assim me apareceu um casal. Numa distração os dois me caíram ao colo. Peço, então, aos meus dois personagens, Laura e Sávio: me deem o que for possível dar.