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'''DINO CÂNEVA'''


 
Ney Eduardo Possapp d'Avila


Nascido na Itália no dia 11 de setembro de 1884, filho de Gio Batta e de Maria Lago Magdalena, chegou ao Brasil algum tempo depois de ser deflagrada a primeira guerra mundial, da qual teve participação como Médico-Militar, em hospitais de sangue. Cirurgião e Obstetra veio ao Rio Grande do Sul, inicialmente para o então distrito de Carazinho, onde clinicou e casou com Anita Matiotti.


Posteriormente se transferiu para a cidade de Garibaldi, onde criou o primeiro hospital, chamado “Casa de Saúde Doutor Caneva”, em 1920.  
Ney Eduardo Possapp d’Avila nasceu em Passo Fundo, na terça-feira de Carnaval de 1941. Filho de Narciso Vieira d'Avila (natural de André da Rocha) e Olinda De Bona Possapp (natural de Caxias do Sul). E o mais velho de seis irmãos e duas irmãs. Descende de birivas pelo lado paterno e de libaneses e italianos pelo materno.  


Em 1921, se instalou em Passo Fundo, onde atendia nos dois hospitais da cidade, realizando cirurgias e sendo reconhecido publicamente como notável cirurgião. Foi um dos fundadores da Sociedade Passo-fundense de Medicina, em 1931. Fundou junto com a parteira Natália Bonella, que conheceu na Europa, uma maternidade, que funcionou por vários anos num prédio entre as ruas Capitão Eleutério e Bento Gonçalves.  
Desde os tempos de Ginásio, militou na política estudantil, na imprensa estudantil e na Juventude Estudantil Católica - JEC. Em 1960 interrompeu os estudos para prestar o Serviço Militar. Em março de 1961 deu baixa, no certificado de reservista de Ia categoria consta cabo Fuzileiro Sapador apto à promoção a 3º Sargento.  


Na revolução de 30 se colocou à disposição da Comissão Médica da Cruz Vermelha, porém, seus afazeres profissionais o impediram de participar.  
Recém egresso do quartel retomou a militância na política estudantil. Em julho foi eleito vice-presidente da União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas - UGES. Transferiu-se para Porto Alegre, assumiu a presidência da Comissão Pró-Casa do Estudante Secundarista do Rio Grande do Sul, tendo dado início efetivo à obra.  


Quando eclodiu a segunda grande guerra Câneva foi hostilizado em Passo Fundo, em razão de sua origem italiana. Assim, retornou a Carazinho, cidade natal de sua esposa, porém, em seguida fixou residência em Porto Alegre, onde atendia em sua clínica particular situada na Rua Coronel Bordini.  
Antes de completar um mês nas novas funções, ocorre a renúncia e a Legalidade. Ele, como tantos outros líderes estudantis, está no “olho do furacão”, vive intensamente aqueles dias. Participa do grupo que permanece em vigília no Edifício Marechal Mallet, sede da UGES. Nas noites daquele fim de inverno as bandeiras do Brasil, do Rio Grande do Sul e da UGES servem de cobertor.  


Dino Câneva foi um médico-cirurgião humanitário, que atendia à todos indiscriminadamente. Homem culto apreciava obras de arte, as quais adquiria em suas constantes viagens à Europa e de música clássica, as quais ouvia e as cantava. Naturalizado brasileiro, no dia 24 de dezembro de 1943, faleceu em Porto Alegre no dia 15 de dezembro de 1946.  
Findo o mandato na UGES, concluiu o Curso Técnico em Contabilidade no Colégio Marista Rosário e ingressa no Curso de Economia da URGS, passando a militar no Diretório Acadêmico, na Juventude Universitária Católica - JUC e na Ação Popular - AP. É vendedor de máquinas Olivetti.  


Patrono da Cadeira nº 14 da Academia Passo-fundense de Medicina.
O golpe militar do Io de abril de 1964 o encontra em plena militância. A tentativa de reeditar a Legalidade é desautorizada. Logo se convence que o caminho mais seguro é abandonar a Economia na UFRGS. Em 1965 foi estudar na URSS, em Moscou. Cursou Planificação da Economia Nacional na Universidade da Amizade dos Povos “Patrice Lumumba”.
 
Conheceu países da Europa, Ásia e África. Aprendeu diversos idiomas. Trabalhou em restaurantes na Suécia. Na França trabalhou na construção civil, em restaurantes e na agricultura. A Revolução dos Cravos o levou para Portugal, foi tradutor e intérprete de Russo, professor de Russo e de Português do Brasil.
 
Logo após a Anistia veio ao Brasil, mas apenas retomou definitivamente em 1981. Licenciou-se em História pela Universidade de Passo Fundo, em 1988. Recebeu o título de Mestre em História pela Universidade Federal de Santa Catarina, em 1993.
 
Em 1996 publicou seu primeiro livro, Passo Fundo - Terra de Passagem. Foi professor, Coordenador de Unidade e Diretor Regional da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS. Atualmente dedica-se à pesquisa da história de Passo Fundo e região.
 
Possui uma filha, nascida em Moscou, Jana Eleonora e um neto, Murilo Tayti, ambos moram em São Paulo/SP.


== Referências ==
== Referências ==
[[Category:Artigos]]
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Ney Eduardo Possapp d Ávila, dados biográficos

Em 03/02/2009, por Ney Eduardo Possapp d Ávila


Ney Eduardo Possapp d'Avila


Ney Eduardo Possapp d’Avila nasceu em Passo Fundo, na terça-feira de Carnaval de 1941. Filho de Narciso Vieira d'Avila (natural de André da Rocha) e Olinda De Bona Possapp (natural de Caxias do Sul). E o mais velho de seis irmãos e duas irmãs. Descende de birivas pelo lado paterno e de libaneses e italianos pelo materno.

Desde os tempos de Ginásio, militou na política estudantil, na imprensa estudantil e na Juventude Estudantil Católica - JEC. Em 1960 interrompeu os estudos para prestar o Serviço Militar. Em março de 1961 deu baixa, no certificado de reservista de Ia categoria consta cabo Fuzileiro Sapador apto à promoção a 3º Sargento.

Recém egresso do quartel retomou a militância na política estudantil. Em julho foi eleito vice-presidente da União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas - UGES. Transferiu-se para Porto Alegre, assumiu a presidência da Comissão Pró-Casa do Estudante Secundarista do Rio Grande do Sul, tendo dado início efetivo à obra.

Antes de completar um mês nas novas funções, ocorre a renúncia e a Legalidade. Ele, como tantos outros líderes estudantis, está no “olho do furacão”, vive intensamente aqueles dias. Participa do grupo que permanece em vigília no Edifício Marechal Mallet, sede da UGES. Nas noites daquele fim de inverno as bandeiras do Brasil, do Rio Grande do Sul e da UGES servem de cobertor.

Findo o mandato na UGES, concluiu o Curso Técnico em Contabilidade no Colégio Marista Rosário e ingressa no Curso de Economia da URGS, passando a militar no Diretório Acadêmico, na Juventude Universitária Católica - JUC e na Ação Popular - AP. É vendedor de máquinas Olivetti.

O golpe militar do Io de abril de 1964 o encontra em plena militância. A tentativa de reeditar a Legalidade é desautorizada. Logo se convence que o caminho mais seguro é abandonar a Economia na UFRGS. Em 1965 foi estudar na URSS, em Moscou. Cursou Planificação da Economia Nacional na Universidade da Amizade dos Povos “Patrice Lumumba”.

Conheceu países da Europa, Ásia e África. Aprendeu diversos idiomas. Trabalhou em restaurantes na Suécia. Na França trabalhou na construção civil, em restaurantes e na agricultura. A Revolução dos Cravos o levou para Portugal, foi tradutor e intérprete de Russo, professor de Russo e de Português do Brasil.

Logo após a Anistia veio ao Brasil, mas apenas retomou definitivamente em 1981. Licenciou-se em História pela Universidade de Passo Fundo, em 1988. Recebeu o título de Mestre em História pela Universidade Federal de Santa Catarina, em 1993.

Em 1996 publicou seu primeiro livro, Passo Fundo - Terra de Passagem. Foi professor, Coordenador de Unidade e Diretor Regional da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS. Atualmente dedica-se à pesquisa da história de Passo Fundo e região.

Possui uma filha, nascida em Moscou, Jana Eleonora e um neto, Murilo Tayti, ambos moram em São Paulo/SP.

Referências