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'''O Ponto Zero de Passo Fundo''' | |||
Em 27/08/2007, por [[Paulo Domingos da Silva Monteiro]] | |||
PAULO MONTEIRO | |||
Transcrevo, a seguir, na íntegra, o ofício que encaminhei ao secretário municipal de Planejamento, Giovani Corralo, emitindo parecer sobre o “Ponto Zero”, de Passo Fundo, qual seja o local em que, definitivamente, se fixou o primeiro morador da área urbana, Manoel José das Neves. Ei-lo: | |||
Passo Fundo, 27 de agosto de 2007. | |||
Ilmo. Sr. Dr. | |||
Giovani Corralo D. | |||
Secretário Municipal de Planejamento | |||
Nesta cidade Senhor Secretário: | |||
Em atenção ao Ofício nº 217/07-SEPAN, respondo-lhe, começando por elogiar a proposição, altamente meritória, do vereador Valdir Mendes, ex-presidente da Casa Legislativa, e um dos seus mais ilustres integrantes. | |||
A colocação de um marco, fixando o ponto onde surgiu a cidade de Passo Fundo assume foros de homenagem a uma das nossas mais ilustres educadoras, a historiadora Delma Rosendo Ghem. Num dos seus livros, dedicados a preservar a memória de nossa terra, pregou a colocação de um MARCO indicando a localização da casa de Manoel José das Neves. | |||
O vanguardeirona dedicação ao estudo e à definição do ponto onde se fixounosso primeiro morador, Manoel José das Neves, foi o historiador Francisco Antonino Xavier e Oliveira. Em artigo publicado no jornal “O Nacional”, de 26 de setembro de 1931, aproveitado mais tarde no livro O Elemento Estrangeiro no Povoamento de Passo Fundo, impresso nas oficinas gráficas da Imprensa Oficial, em Porto Alegre, no ano de 1957, assim se expressa o “pai da história de Passo Fundo”: | |||
“Iniciado, em 1827, o povoamento do território passo-fundense pela gente civilizada, nesse mesmo ano, ou no seguinte, chegava ele, trazendo família, escravos e gados, o, depois capitão Manuel José das Neves, tratamento que, como deixei dito noutro trabalho, lhe proviera de, com essa graduação, ter servido na então recente campanha militar em que se travara o combate do Rosário. | |||
Ergueu ele o seu arranchamento no lugar ond, hoje, na Praça Tamandaré, nesta cidade, se cruzam as ruas Paisandu e Teixeira Soares, tomando posse do campo circunjacente, do Pinheiro Torto para leste, que obtivera por concessão,sem dúvida, do comandante da Fronteira de São Borja, pois era então autoridade para isso competente.” | |||
Antonino, nascido em 1876, conheceu muitos pioneiros, seus filhos e netos, como ele próprio descendia de nossos colonizadores. Ouviu de Pantaleão Ferreira Prestes, neto de Manoel José das Neves, informações sobre o local onde o primeiro proprietário de nossa área urbana fixou residência. Concluiu, pois, que foi na parte fronteira à atual Praça Tamandaré, Rua Paisandu, esquina com a Teixeira Soares. | |||
O vereador Valdir Mendes, no seu Projeto de Lei assim legisla: Artigo 1º – Fica instituído como Marco Zero da ocupação oficial de Passo Fundo, como sendo o ponto localizado na esquina das Ruas 10 de Abril e Paissandu. | |||
Segue, salvo melhor juízo, o que, ao fala do “arranchamento” do Cabo Neves a historiadora Delma Rosendo Ghem escreveu, à página 47, de Passo Fundo Através do Tempo, 3º volume: | |||
“A tradição dá como sua primeira morada um grande rancho de madeira falquejada, com uma cobertura de capim, tendo ao redor vários outros, menores, para habitação dos escravos”. Ficavam esses arranchamentos mais ou menos no local onde se abriria, mais tarde, a rua Lavapés, junto ao arroio do mesmo nome. Depois, construiria morada mais condigna, junto ao local da futura Praça Tamandaré com a Teixeira Soares”. | |||
A historiadora, porém, não afirma de onde recolheu a “tradição”, o que não é significativo, uma vez que é sobejamente conhecida a idoneidade da educadora. | |||
Portanto, chegando de São Borja, acompanhado de uma comitiva de parentes e escravos, Manoel José das Neves teria se estabelecido próximo do Arroio Lava-Pés. Assim que foi possível, mudou-se para local mais alto, mais seco e ventilado, como lindeiro a atual Praça Tamandaré. | |||
Antonino afirma que a moradia definitiva de nosso primeiro morador foi de um lado da Rua Paissandu. Delma assegura que era do outro. | |||
Vejamos o que escreveu Delma sobre o assunto, conforme se expressa à página 13, do primeiro volume de Passo Fundo Através do Tempo, editado em 1978: “Em 1827, o cabo Manuel José das Neves fundou a Fazenda N. S. Aparecida, no local onde se ergue a cidade de Passo Fundo, levantando um rancho provisório no Lavapés e, em seguida, no confronto da atual Praça Tamandaré, cruzamento das ruas Paissandu e Teixeira Soares. Suas terras eram dilatadas: desde o rio Passo Fundo até o Pinheiro Torto.” | |||
A mesma historiadora, no segundo volume de Passo Fundo Através do Tempo, dado a lume no ano de 1982, historiando a chegada de nosso primeiro morador do perímetro urbano, assim se expressa, à página 173: | |||
“Foi mais ou menos em fins de 1827 ou começo de 1828 que aqui em terras do então Passo Fundo das Missões, o paulista Manoel das Neves, alcunhado “Cabo Neves”, levantara sua rústica moradia, como primeiro possuidor do campo em cuja área assenta hoje a cidade nossa”. | |||
Logo adiante acrescenta: “Quando aqui fixou residência, o local da morada segundo informações de fontes fidedignas, era na quadra entre a rua Paissandu com esquina na rua Teixeira Soares, local esse que hoje faz frente ao Edifício dos Bancários. | |||
Outras informações há que também morara na mesma Paissandu, no local onde se encontra um velho sobrado (conhecido pelo nome de sobrado dos Padres) hoje nele funcionando atividades diversas. Nos fundos dessa moradia, posteriormente, foi levantada uma outra que de quartel viera a servir na Revolução de 1835”. | |||
Delma Rosendo Ghem escreve o seguinte, à página 174 do mesmo volume: “Se a rigor não se pode precisar o histórico sítio (moradia do Capitão Manoel José das Neves), ao menos possível é circunscrevê-lo a um espaço que basta para a noção que necessita, para evocação do importante fato nele encerrado. Resta agora um apelo: que o civismo da nossa gente moça, que o conhecimento dos Acadêmicos da nossa Universidade, que a boa vontade do Instituto Histórico de Passo Fundo, a quem deve pertencer a iniciativa, porque, assim, mais bela se tornaria, lá erga um MARCO comemorativo, escolhendo, para isso, o local que melhor se presta que é o citado cruzamento de ruas. Ele foi o “Fundador” de Passo Fundo”. Delma Rosendo Gehm ensina, à página 45 do 3º volume de Passo Fundo Através do Tempo: | |||
“O paulista Manoel José das Neves tornou-se o primeiro povoador e, mais tarde, garantiu a fundação do povoado com a doação da área de terras que fosse para isso necessária, bem como uma área para a Mitra, afim de que o povoado tivesse sua Capela, sob a invocação de Nossa Senhora Aparecida.” | |||
Mais adiante, às páginas 46 e 47, do mesmo volume, acrescenta: “Graças aos serviços prestados à Pátria, teve despacho favorável num requerimento que fez, de uma gleba de quatro léguas quadradas, no Alto Uruguai, lugar da atual cidade de Passo Fundo, e cujo título definitivo lhe teria sido outorgado a 30 de novembro de 1831, como se vê no termo do Juizado de Paz, da Freguesia do Passo Fundo, de 24 de novembro de 1834, e constante no “Translado” a que nos referimos. | |||
Aqui veio com sua mulher Reginalda Silva, e mais membros de sua família, escravos e gado, e “fundou uma modesta fazenda pastoril e agrícola”. Não sabemos em que data veio a falecer, porém, numa ação movida em 1835, constante do mesmo “Translado”, só aparece o nome de sua mulher, presumindo-se que ele tenha falecido pouco antes. | |||
Infelizmente, engana-se a inolvidável educadora. À época, Manoel José das Neves, como capitão do Exército Imperial, deveria estar combatendo os farroupilhas, como está comprovado em documentos daqueles anos que estão sendo publicados pelo Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul. | |||
Quanto à localização da residência do Cabo Neves, há um outro detalhe. Inscrição antiga, hoje apagada, que existia no muro da casa que faz esquina, lado ímpar, da Rua Uruguai, com o “Beco da Marcelino Ramos”, informava que ali se situava a moradia definitiva de Manoel José das Neves. Tal inscrição não deixava de possuir certo sentido, pois o local dá diretamente à Fonte do Goiexim, que matou a sede dos primeiros moradores de Passo Fundo. | |||
Em conclusão, senhor Secretário, é possível que, provisoriamente, Manoel José das Neves tenha construído um “arranchamento”, no local indicado na proposição do vereador Valdir Mendes. | |||
Apenas provisoriamente, porém. A residência definitiva de Manoel José das Neves, contudo, foi estabelecida, em algum local ao redor da atual Praça Tamandaré. | |||
Considerando que o assunto é controverso quanto ao exato local, salvo melhor juízo, creio que a melhor solução é que o marco, proposto pelo vereador Valdir Mendes, seja fixado na Praça Tamandaré. | |||
Para evitar qualquer imprecisão histórica, sugiro que, no “Marco Zero”, seja esclarecido que a residência definitiva de Manoel José das Neves foi edificada ao redor da Praça Tamandaré. Sendo o que tinha para o momento, aproveito a oportunidade para renovar-lhe meus mais elevados protestos de estima e consideração. | |||
Atenciosamente, | |||
Paulo Monteiro | |||
[[Category:Artigos]] |
Latest revision as of 15:09, 17 May 2023
O Ponto Zero de Passo Fundo
Em 27/08/2007, por Paulo Domingos da Silva Monteiro
PAULO MONTEIRO
Transcrevo, a seguir, na íntegra, o ofício que encaminhei ao secretário municipal de Planejamento, Giovani Corralo, emitindo parecer sobre o “Ponto Zero”, de Passo Fundo, qual seja o local em que, definitivamente, se fixou o primeiro morador da área urbana, Manoel José das Neves. Ei-lo:
Passo Fundo, 27 de agosto de 2007.
Ilmo. Sr. Dr.
Giovani Corralo D.
Secretário Municipal de Planejamento
Nesta cidade Senhor Secretário:
Em atenção ao Ofício nº 217/07-SEPAN, respondo-lhe, começando por elogiar a proposição, altamente meritória, do vereador Valdir Mendes, ex-presidente da Casa Legislativa, e um dos seus mais ilustres integrantes.
A colocação de um marco, fixando o ponto onde surgiu a cidade de Passo Fundo assume foros de homenagem a uma das nossas mais ilustres educadoras, a historiadora Delma Rosendo Ghem. Num dos seus livros, dedicados a preservar a memória de nossa terra, pregou a colocação de um MARCO indicando a localização da casa de Manoel José das Neves.
O vanguardeirona dedicação ao estudo e à definição do ponto onde se fixounosso primeiro morador, Manoel José das Neves, foi o historiador Francisco Antonino Xavier e Oliveira. Em artigo publicado no jornal “O Nacional”, de 26 de setembro de 1931, aproveitado mais tarde no livro O Elemento Estrangeiro no Povoamento de Passo Fundo, impresso nas oficinas gráficas da Imprensa Oficial, em Porto Alegre, no ano de 1957, assim se expressa o “pai da história de Passo Fundo”:
“Iniciado, em 1827, o povoamento do território passo-fundense pela gente civilizada, nesse mesmo ano, ou no seguinte, chegava ele, trazendo família, escravos e gados, o, depois capitão Manuel José das Neves, tratamento que, como deixei dito noutro trabalho, lhe proviera de, com essa graduação, ter servido na então recente campanha militar em que se travara o combate do Rosário.
Ergueu ele o seu arranchamento no lugar ond, hoje, na Praça Tamandaré, nesta cidade, se cruzam as ruas Paisandu e Teixeira Soares, tomando posse do campo circunjacente, do Pinheiro Torto para leste, que obtivera por concessão,sem dúvida, do comandante da Fronteira de São Borja, pois era então autoridade para isso competente.”
Antonino, nascido em 1876, conheceu muitos pioneiros, seus filhos e netos, como ele próprio descendia de nossos colonizadores. Ouviu de Pantaleão Ferreira Prestes, neto de Manoel José das Neves, informações sobre o local onde o primeiro proprietário de nossa área urbana fixou residência. Concluiu, pois, que foi na parte fronteira à atual Praça Tamandaré, Rua Paisandu, esquina com a Teixeira Soares.
O vereador Valdir Mendes, no seu Projeto de Lei assim legisla: Artigo 1º – Fica instituído como Marco Zero da ocupação oficial de Passo Fundo, como sendo o ponto localizado na esquina das Ruas 10 de Abril e Paissandu.
Segue, salvo melhor juízo, o que, ao fala do “arranchamento” do Cabo Neves a historiadora Delma Rosendo Ghem escreveu, à página 47, de Passo Fundo Através do Tempo, 3º volume:
“A tradição dá como sua primeira morada um grande rancho de madeira falquejada, com uma cobertura de capim, tendo ao redor vários outros, menores, para habitação dos escravos”. Ficavam esses arranchamentos mais ou menos no local onde se abriria, mais tarde, a rua Lavapés, junto ao arroio do mesmo nome. Depois, construiria morada mais condigna, junto ao local da futura Praça Tamandaré com a Teixeira Soares”.
A historiadora, porém, não afirma de onde recolheu a “tradição”, o que não é significativo, uma vez que é sobejamente conhecida a idoneidade da educadora.
Portanto, chegando de São Borja, acompanhado de uma comitiva de parentes e escravos, Manoel José das Neves teria se estabelecido próximo do Arroio Lava-Pés. Assim que foi possível, mudou-se para local mais alto, mais seco e ventilado, como lindeiro a atual Praça Tamandaré.
Antonino afirma que a moradia definitiva de nosso primeiro morador foi de um lado da Rua Paissandu. Delma assegura que era do outro.
Vejamos o que escreveu Delma sobre o assunto, conforme se expressa à página 13, do primeiro volume de Passo Fundo Através do Tempo, editado em 1978: “Em 1827, o cabo Manuel José das Neves fundou a Fazenda N. S. Aparecida, no local onde se ergue a cidade de Passo Fundo, levantando um rancho provisório no Lavapés e, em seguida, no confronto da atual Praça Tamandaré, cruzamento das ruas Paissandu e Teixeira Soares. Suas terras eram dilatadas: desde o rio Passo Fundo até o Pinheiro Torto.”
A mesma historiadora, no segundo volume de Passo Fundo Através do Tempo, dado a lume no ano de 1982, historiando a chegada de nosso primeiro morador do perímetro urbano, assim se expressa, à página 173:
“Foi mais ou menos em fins de 1827 ou começo de 1828 que aqui em terras do então Passo Fundo das Missões, o paulista Manoel das Neves, alcunhado “Cabo Neves”, levantara sua rústica moradia, como primeiro possuidor do campo em cuja área assenta hoje a cidade nossa”.
Logo adiante acrescenta: “Quando aqui fixou residência, o local da morada segundo informações de fontes fidedignas, era na quadra entre a rua Paissandu com esquina na rua Teixeira Soares, local esse que hoje faz frente ao Edifício dos Bancários.
Outras informações há que também morara na mesma Paissandu, no local onde se encontra um velho sobrado (conhecido pelo nome de sobrado dos Padres) hoje nele funcionando atividades diversas. Nos fundos dessa moradia, posteriormente, foi levantada uma outra que de quartel viera a servir na Revolução de 1835”.
Delma Rosendo Ghem escreve o seguinte, à página 174 do mesmo volume: “Se a rigor não se pode precisar o histórico sítio (moradia do Capitão Manoel José das Neves), ao menos possível é circunscrevê-lo a um espaço que basta para a noção que necessita, para evocação do importante fato nele encerrado. Resta agora um apelo: que o civismo da nossa gente moça, que o conhecimento dos Acadêmicos da nossa Universidade, que a boa vontade do Instituto Histórico de Passo Fundo, a quem deve pertencer a iniciativa, porque, assim, mais bela se tornaria, lá erga um MARCO comemorativo, escolhendo, para isso, o local que melhor se presta que é o citado cruzamento de ruas. Ele foi o “Fundador” de Passo Fundo”. Delma Rosendo Gehm ensina, à página 45 do 3º volume de Passo Fundo Através do Tempo:
“O paulista Manoel José das Neves tornou-se o primeiro povoador e, mais tarde, garantiu a fundação do povoado com a doação da área de terras que fosse para isso necessária, bem como uma área para a Mitra, afim de que o povoado tivesse sua Capela, sob a invocação de Nossa Senhora Aparecida.”
Mais adiante, às páginas 46 e 47, do mesmo volume, acrescenta: “Graças aos serviços prestados à Pátria, teve despacho favorável num requerimento que fez, de uma gleba de quatro léguas quadradas, no Alto Uruguai, lugar da atual cidade de Passo Fundo, e cujo título definitivo lhe teria sido outorgado a 30 de novembro de 1831, como se vê no termo do Juizado de Paz, da Freguesia do Passo Fundo, de 24 de novembro de 1834, e constante no “Translado” a que nos referimos.
Aqui veio com sua mulher Reginalda Silva, e mais membros de sua família, escravos e gado, e “fundou uma modesta fazenda pastoril e agrícola”. Não sabemos em que data veio a falecer, porém, numa ação movida em 1835, constante do mesmo “Translado”, só aparece o nome de sua mulher, presumindo-se que ele tenha falecido pouco antes.
Infelizmente, engana-se a inolvidável educadora. À época, Manoel José das Neves, como capitão do Exército Imperial, deveria estar combatendo os farroupilhas, como está comprovado em documentos daqueles anos que estão sendo publicados pelo Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul.
Quanto à localização da residência do Cabo Neves, há um outro detalhe. Inscrição antiga, hoje apagada, que existia no muro da casa que faz esquina, lado ímpar, da Rua Uruguai, com o “Beco da Marcelino Ramos”, informava que ali se situava a moradia definitiva de Manoel José das Neves. Tal inscrição não deixava de possuir certo sentido, pois o local dá diretamente à Fonte do Goiexim, que matou a sede dos primeiros moradores de Passo Fundo.
Em conclusão, senhor Secretário, é possível que, provisoriamente, Manoel José das Neves tenha construído um “arranchamento”, no local indicado na proposição do vereador Valdir Mendes.
Apenas provisoriamente, porém. A residência definitiva de Manoel José das Neves, contudo, foi estabelecida, em algum local ao redor da atual Praça Tamandaré.
Considerando que o assunto é controverso quanto ao exato local, salvo melhor juízo, creio que a melhor solução é que o marco, proposto pelo vereador Valdir Mendes, seja fixado na Praça Tamandaré.
Para evitar qualquer imprecisão histórica, sugiro que, no “Marco Zero”, seja esclarecido que a residência definitiva de Manoel José das Neves foi edificada ao redor da Praça Tamandaré. Sendo o que tinha para o momento, aproveito a oportunidade para renovar-lhe meus mais elevados protestos de estima e consideração.
Atenciosamente,
Paulo Monteiro