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'''Paulo de Oliveira Leite Setúbal''' (Tatuí, 1 de janeiro de 1893 – São Paulo, 4 de maio de 1937) Filho de Antônio de Oliveira Leite Setúbal e Maria Tereza de Almeida Nobre foi um advogado, escritor e jornalista brasileiro.
'''Paulo de Oliveira Leite Setúbal''' (Tatuí, 1 de janeiro de 1893 – São Paulo, 4 de maio de 1937) Filho de Antônio de Oliveira Leite Setúbal e Maria Tereza de Almeida Nobre foi um advogado, escritor e jornalista  
 
Paulo Setúbal foi aluno de Chico Pereira em Tatuí, ao qual deve toda sua formação, pois era um aluno dedicado ao estudo e seu professor, Chico Pereira acreditou em sua capacidade e comunicou a sua mãe que o levasse para estudar na capital e ela assim o fez. Apesar de enfrentar dificuldades, levou o filho para estudar em São Paulo matriculando-o no colégio dos irmãos Maristas.brasileiro. Wikipédia<ref>«[https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Set%C3%BAbal Paulo de Oliveira Leite Setúbal]». Wikipédia, a enciclopédia livre. Consultado em 22/09/2021</ref>


== Biografia ==
== Biografia ==
Foi o terceiro ocupante da Cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 6 de dezembro de 1934, na sucessão de João Ribeiro e recebido pelo Acadêmico Alcântara Machado, em 27 de julho de 1935. Paulo Setúbal de Oliveira, advogado, jornalista, ensaísta, poeta e romancista, nasceu em Tatuí (SP), em 1º de janeiro de 1893. Órfão de pai aos quatro anos, sua mãe cuidou sozinha de nove filhos pequenos, necessitando colocar o pequeno Paulo como interno no colégio do seu Chico Pereira para começar a trabalhar para sustentar os filhos. Transferindo-se com a família para São Paulo, o adolescente Paulo entrou para o Ginásio Nossa Senhora do Carmo, dos irmãos maristas, onde estudou durante seis anos. Aí começou o interesse pela literatura e filosofia. Leu Kant, Spinoza, Rousseau, Schopenhauer, Voltaire e Nietzsche. Na literatura, influenciou-o sobretudo a leitura de Guerra Junqueira e Antero de Quental. Muitas passagens do seu primeiro livro de poesias, Alma cabocla, lembram a Musa em férias, de Guerra Junqueira. Esse período de sua vida foi de franco e desenfreado ateísmo. Fez o curso de Direito em São Paulo. Ainda frequentava o 2º ano quando decidiu fazer-se jornalista. Era a época da campanha civilista, quando foi procurar emprego no diário A Tarde. Lá ingressou como revisor; logo, a publicação de uma de suas poesias naquele jornal deu-lhe notoriedade imediata e ele ganhou sua primeira coluna como redator. Já nessa época, começava a sentir os sinais da tuberculose que iria obrigá-lo a frequentes interrupções no trabalho, para repouso. Concluído o curso de Direito em 1915, iniciou carreira na advocacia em São Paulo. Em 1918, devido à gripe espanhola, Paulo Setúbal partiu para Lages (SC), onde morava o irmão mais velho, e lá tornou-se um advogado bem-sucedido. Levava, porém, uma vida dissoluta, às voltas com mulheres e jogos. Cansado de tudo, voltou a São Paulo e também se estabeleceu como advogado. Iniciou-se, então, a principal fase de sua produção literária, que o levaria a ser o escritor mais lido do país. Destaca-se, especialmente, pelo gênero do romance histórico, com A marquesa de Santos (1925) e O príncipe de Nassau (1926). Sabia como romancear os fatos do passado, tornando- -os vivos e agradáveis à leitura. Os sucessivos livros que escreveu sobre o ciclo das bandeiras, a começar com O ouro de Cuiabá (1933) até O sonho das esmeraldas (1935), tinham o sentido social de levantar o orgulho do povo bandeirante na fase pós-Revolução constitucionalista (1932) em São Paulo, trazendo o passado em socorro do presente. Em 1935, Paulo Setúbal chegou ao apogeu, sendo consagrado pela Academia Brasileira de Letras. Mas, naquele mesmo ano, ingressou em nova fase da longa crise espiritual que repercutiu em sua literatura. O temperamento sociável, expansivo, alegre e frequentador de festas e reuniões, Patrono Paulo Setúbal Cadeira: 1 “Acadêmicos e patronos” 123 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras 1938-2013 dava lugar ao homem introspectivo, cercado apenas da família e dos amigos mais próximos. Aos problemas crônicos de saúde, acrescentava-se a minagem psicológica ocasionada pela desilusão com os rumos da política e consigo mesmo. Passou a frequentar fervorosamente a igreja da Imaculada Conceição, perto de sua residência em São Paulo, e a ler a Bíblia e livros como a Psicologia da fé e A imitação de Cristo. Foi quando escreveu o Confíteor, livro de memórias, a narrativa de sua conversão, que ficou inacabado. Paulo Setúbal faleceu em São Paulo (SP), em 4 de maio de 1937 (Wikipédia<ref>«[https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Set%C3%BAbal Paulo de Oliveira Leite Setúbal]». Wikipédia, a enciclopédia livre. Consultado em 22/09/2021</ref>) (ABL<ref>«[https://www.academia.org.br/academicos/paulo-setubal Paulo Setúbal]». ABL. Consultado em 26/09/2021</ref>
Foi o terceiro ocupante da Cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 6 de dezembro de 1934, na sucessão de João Ribeiro e recebido pelo Acadêmico Alcântara Machado, em 27 de julho de 1935. Paulo Setúbal de Oliveira, advogado, jornalista, ensaísta, poeta e romancista, nasceu em Tatuí (SP), em 1º de janeiro de 1893. Órfão de pai aos quatro anos, sua mãe cuidou sozinha de nove filhos pequenos, necessitando colocar o pequeno Paulo como interno no colégio do seu Chico Pereira para começar a trabalhar para sustentar os filhos. Transferindo-se com a família para São Paulo, o adolescente Paulo entrou para o Ginásio Nossa Senhora do Carmo, dos irmãos maristas, onde estudou durante seis anos. Aí começou o interesse pela literatura e filosofia. Leu Kant, Spinoza, Rousseau, Schopenhauer, Voltaire e Nietzsche. Na literatura, influenciou-o sobretudo a leitura de Guerra Junqueira e Antero de Quental. Muitas passagens do seu primeiro livro de poesias, Alma cabocla, lembram a Musa em férias, de Guerra Junqueira. Esse período de sua vida foi de franco e desenfreado ateísmo. Fez o curso de Direito em São Paulo. Ainda frequentava o 2º ano quando decidiu fazer-se jornalista. Era a época da campanha civilista, quando foi procurar emprego no diário A Tarde. Lá ingressou como revisor; logo, a publicação de uma de suas poesias naquele jornal deu-lhe notoriedade imediata e ele ganhou sua primeira coluna como redator. Já nessa época, começava a sentir os sinais da tuberculose que iria obrigá-lo a frequentes interrupções no trabalho, para repouso. Concluído o curso de Direito em 1915, iniciou carreira na advocacia em São Paulo. Em 1918, devido à gripe espanhola, Paulo Setúbal partiu para Lages (SC), onde morava o irmão mais velho, e lá tornou-se um advogado bem-sucedido. Levava, porém, uma vida dissoluta, às voltas com mulheres e jogos. Cansado de tudo, voltou a São Paulo e também se estabeleceu como advogado. Iniciou-se, então, a principal fase de sua produção literária, que o levaria a ser o escritor mais lido do país. Destaca-se, especialmente, pelo gênero do romance histórico, com A marquesa de Santos (1925) e O príncipe de Nassau (1926). Sabia como romancear os fatos do passado, tornando- -os vivos e agradáveis à leitura. Os sucessivos livros que escreveu sobre o ciclo das bandeiras, a começar com O ouro de Cuiabá (1933) até O sonho das esmeraldas (1935), tinham o sentido social de levantar o orgulho do povo bandeirante na fase pós-Revolução constitucionalista (1932) em São Paulo, trazendo o passado em socorro do presente. Em 1935, Paulo Setúbal chegou ao apogeu, sendo consagrado pela Academia Brasileira de Letras. Mas, naquele mesmo ano, ingressou em nova fase da longa crise espiritual que repercutiu em sua literatura. O temperamento sociável, expansivo, alegre e frequentador de festas e reuniões, Patrono Paulo Setúbal Cadeira: 1 “Acadêmicos e patronos” 123 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras 1938-2013 dava lugar ao homem introspectivo, cercado apenas da família e dos amigos mais próximos. Aos problemas crônicos de saúde, acrescentava-se a minagem psicológica ocasionada pela desilusão com os rumos da política e consigo mesmo. Passou a frequentar fervorosamente a igreja da Imaculada Conceição, perto de sua residência em São Paulo, e a ler a Bíblia e livros como a Psicologia da fé e A imitação de Cristo. Foi quando escreveu o Confíteor, livro de memórias, a narrativa de sua conversão, que ficou inacabado. Paulo Setúbal faleceu em São Paulo (SP), em 4 de maio de 1937


== Títulos, prêmios e honrarias ==
== Títulos, prêmios e honrarias ==

Revision as of 13:18, 8 October 2021

Paulo Setúbal
Paulo Setúbal.jpg
Nome completo Paulo de Oliveira Leite Setúbal
Nascimento 1 de janeiro de 1893
Local Tatuí/SP
Morte 4 de maio de1937
Local São Paulo/SP
Ocupação jornalista

Paulo de Oliveira Leite Setúbal (Tatuí, 1 de janeiro de 1893 – São Paulo, 4 de maio de 1937) Filho de Antônio de Oliveira Leite Setúbal e Maria Tereza de Almeida Nobre foi um advogado, escritor e jornalista

Paulo Setúbal foi aluno de Chico Pereira em Tatuí, ao qual deve toda sua formação, pois era um aluno dedicado ao estudo e seu professor, Chico Pereira acreditou em sua capacidade e comunicou a sua mãe que o levasse para estudar na capital e ela assim o fez. Apesar de enfrentar dificuldades, levou o filho para estudar em São Paulo matriculando-o no colégio dos irmãos Maristas.brasileiro. Wikipédia[1]

Biografia

Foi o terceiro ocupante da Cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 6 de dezembro de 1934, na sucessão de João Ribeiro e recebido pelo Acadêmico Alcântara Machado, em 27 de julho de 1935. Paulo Setúbal de Oliveira, advogado, jornalista, ensaísta, poeta e romancista, nasceu em Tatuí (SP), em 1º de janeiro de 1893. Órfão de pai aos quatro anos, sua mãe cuidou sozinha de nove filhos pequenos, necessitando colocar o pequeno Paulo como interno no colégio do seu Chico Pereira para começar a trabalhar para sustentar os filhos. Transferindo-se com a família para São Paulo, o adolescente Paulo entrou para o Ginásio Nossa Senhora do Carmo, dos irmãos maristas, onde estudou durante seis anos. Aí começou o interesse pela literatura e filosofia. Leu Kant, Spinoza, Rousseau, Schopenhauer, Voltaire e Nietzsche. Na literatura, influenciou-o sobretudo a leitura de Guerra Junqueira e Antero de Quental. Muitas passagens do seu primeiro livro de poesias, Alma cabocla, lembram a Musa em férias, de Guerra Junqueira. Esse período de sua vida foi de franco e desenfreado ateísmo. Fez o curso de Direito em São Paulo. Ainda frequentava o 2º ano quando decidiu fazer-se jornalista. Era a época da campanha civilista, quando foi procurar emprego no diário A Tarde. Lá ingressou como revisor; logo, a publicação de uma de suas poesias naquele jornal deu-lhe notoriedade imediata e ele ganhou sua primeira coluna como redator. Já nessa época, começava a sentir os sinais da tuberculose que iria obrigá-lo a frequentes interrupções no trabalho, para repouso. Concluído o curso de Direito em 1915, iniciou carreira na advocacia em São Paulo. Em 1918, devido à gripe espanhola, Paulo Setúbal partiu para Lages (SC), onde morava o irmão mais velho, e lá tornou-se um advogado bem-sucedido. Levava, porém, uma vida dissoluta, às voltas com mulheres e jogos. Cansado de tudo, voltou a São Paulo e também se estabeleceu como advogado. Iniciou-se, então, a principal fase de sua produção literária, que o levaria a ser o escritor mais lido do país. Destaca-se, especialmente, pelo gênero do romance histórico, com A marquesa de Santos (1925) e O príncipe de Nassau (1926). Sabia como romancear os fatos do passado, tornando- -os vivos e agradáveis à leitura. Os sucessivos livros que escreveu sobre o ciclo das bandeiras, a começar com O ouro de Cuiabá (1933) até O sonho das esmeraldas (1935), tinham o sentido social de levantar o orgulho do povo bandeirante na fase pós-Revolução constitucionalista (1932) em São Paulo, trazendo o passado em socorro do presente. Em 1935, Paulo Setúbal chegou ao apogeu, sendo consagrado pela Academia Brasileira de Letras. Mas, naquele mesmo ano, ingressou em nova fase da longa crise espiritual que repercutiu em sua literatura. O temperamento sociável, expansivo, alegre e frequentador de festas e reuniões, Patrono Paulo Setúbal Cadeira: 1 “Acadêmicos e patronos” 123 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras 1938-2013 dava lugar ao homem introspectivo, cercado apenas da família e dos amigos mais próximos. Aos problemas crônicos de saúde, acrescentava-se a minagem psicológica ocasionada pela desilusão com os rumos da política e consigo mesmo. Passou a frequentar fervorosamente a igreja da Imaculada Conceição, perto de sua residência em São Paulo, e a ler a Bíblia e livros como a Psicologia da fé e A imitação de Cristo. Foi quando escreveu o Confíteor, livro de memórias, a narrativa de sua conversão, que ficou inacabado. Paulo Setúbal faleceu em São Paulo (SP), em 4 de maio de 1937

Títulos, prêmios e honrarias

  • 1970 - Denomina rua - Rua Paulo Setúbal[2]
  • 1974 - Denomina avenida - Avenida Paulo Setúbal[3]
  • 1975- Patrono da APLetras cadeira nº 1[4]

Conteúdos relacionados

Referências

  1. «Paulo de Oliveira Leite Setúbal». Wikipédia, a enciclopédia livre. Consultado em 22/09/2021
  2. «Lei Ordinária 1376 1970 de Passo Fundo RS». leismunicipais.com.br.
  3. «Lei Ordinária 1594 1974 de Passo Fundo RS». leismunicipais.com.br.
  4. SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento.
  5. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 38
  6. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 47.
  7. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 52