Difference between revisions of "Gomercindo dos Reis"
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| | |Gomercindo dos Reis | ||
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|Nascimento | |Nascimento | ||
| | |4 de fevereiro de 1898 | ||
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|Local | |Local | ||
| | |Pinheiro Marcado, Carazinho/RS | ||
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|Morte | |Morte | ||
| | |11 de outubro de 1965 | ||
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|Local | |Local | ||
| | |Passo Fundo/RS | ||
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'''Gomercindo dos Reis''' | '''Gomercindo dos Reis''' Nasceu na localidade de Pinheiro Marcado (Carazinho) no dia 4 de fevereiro de 1898, | ||
== Biografia == | == Biografia == | ||
Nasceu na localidade de Pinheiro Marcado (Carazinho) no dia 4 de fevereiro de 1898, que à época, integrava o então vasto território de Passo Fundo. Seu nome é uma homenagem ao general maragato Gomercindo Saraiva, principal comandante rebelde da Revolução de 1893. E se conservou fiel, ao longo de sua vida, aos princípios defendidos pelo Partido Federalista, defendendo o parlamentarismo, filiado ao Partido Libertador (PL). Transferiu-se muito cedo para a Capital do Estado, onde se integrou à imprensa e ao grupo de escritores parnasianos. Começou a publicar seus poemas em 1915, em revistas e jornais consagrados como O Malho, Fon-Fon, Vida Chic e Ilustração Pelotense, além dos jornais passo-fundenses O Nacional, Diário da Manhã e A Tarde. Gomercindo dos Reis firmou seu estilo literário na primeira metade do Século XIX, lendo os poetas maiores da chamada Belle Époque, fundamentalmente os parnasianos. A exemplo de outros poetas passo-fundenses, seus contemporâneos, como Antônio Donin, André Pithan e Severino Ronchi, permaneceu fiel aos seus modelos. Assim, majoritariamente, em sua obra, a poesia é metrificada. Praticou, principalmente, a redondilha maior e o decassílabo. Cultuou, entre os poemas, de forma fixa, o soneto e o sonetilho, prática que o filiam como um continuador da Poesia da Belle Époque. | |||
O poeta passou incólume pelo Modernismo, a Geração de 45 e as vanguardas, como o Concretismo. Poeta, crítico, pesquisador da história, jornalista e político, foi um dos fundadores do Grêmio Passo-Fundense de Letras e, até seu falecimento, integrou a Academia Passo-Fundense de Letras. Publicou centenas de poemas e textos em prosa, parcela dos quais está reunida em três livros: Defendendo a verdade ? crítica administrativa ao Sr. Arthur Ferreira Fº na vigência do Estado Novo (Passo Fundo, 1947); Jardim de urtigas, versos satíricos e humorísticos (Imprensa Oficial, Porto Alegre, 1957) e Nuvens e rosas, versos líricos (Imprensa Oficial, 1957). Deixou inédito um álbum com poemas e prosas por ele selecionados, pouco antes do seu falecimento. | |||
Além de integrar a atual Academia Passo-Fundense de Letras, de 7 de abril de 1938 a 11 de outubro de 1965, fazendo parte de diversas diretorias, Gomercindo dos Reis foi um dos organizadores e líderes do Instituto Histórico de Passo Fundo. Muito contribuiu para o estudo da história local. Nenhum poeta cantou com tamanha intensidade de sentimento a Capital do Planalto. Go- mercindo não participou das ações bélicas da Revolução de 1923, mas integrou-se aos grupos de retaguarda e cantou a bravura dos liberadores que se levantaram contra a ditadura positivista. | |||
Pouco tempo depois de encerrada a Revolução, fixou residência em Passo Fundo, dedicando-se à literatura. Profissionalmente, foi um dos nossos primeiros corretores de imóveis. Profundamente atento à realidade passo-fundense, sustentou vigorosas polêmicas pela imprensa. A primeira delas e mais séria, em princípios de 1931, foi contra a venda da praça da Vila Rodrigues (em frente à atual Igreja Santa Teresinha). Enfrentou todo o poder do velho Partido Republicano Rio-Grandense. Acabou preso por ordem do chefe do Executivo Municipal. Após três dias de cadeia, diante da indignação da comunidade, que ameaçava invadir o presídio para libertá-lo, foi solto. | |||
Desde as árvores plantadas na Avenida General Netto, na parte fronteira à sua residência, a outros temas de assuntos comunitários, jamais deixou de manifestar sua opinião, tanto em prosa quanto em verso (em destaque neste texto, pode-se notar o fervor federalista de Gomercindo dos Reis em seu soneto Ser maragato). | |||
Esse soneto, aliás, foi altamente premonitório, pois a 3 de outubro daquele ano, contingentes de cavalarianos maragatos passo-fundenses invadiam Santa Catarina, fazendo a vanguarda da Revolução de 30. Ou será que Gomercindo dos Reis sabia de mais coisas, sintetizadas no verso "É jamais, jamais admitir vingança!" | |||
== Títulos, prêmios e honrarias == | == Títulos, prêmios e honrarias == | ||
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== Conteúdos relacionados == | == Conteúdos relacionados == | ||
* 1963 - Os Imortais de Passo Fundo, biografias<ref>SANTOS, Sabino R. (1963). [[:File:Os imortais de Passo Fundo.pdf|Os Imortais de Passo Fundo]]. Passo Fundo: NI. 74 páginas</ref> | |||
== Referências == | == Referências == |
Revision as of 23:21, 20 September 2021
Gomercindo dos Reis | |
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Nome completo | Gomercindo dos Reis |
Nascimento | 4 de fevereiro de 1898 |
Local | Pinheiro Marcado, Carazinho/RS |
Morte | 11 de outubro de 1965 |
Local | Passo Fundo/RS |
Ocupação |
Gomercindo dos Reis Nasceu na localidade de Pinheiro Marcado (Carazinho) no dia 4 de fevereiro de 1898,
Biografia
Nasceu na localidade de Pinheiro Marcado (Carazinho) no dia 4 de fevereiro de 1898, que à época, integrava o então vasto território de Passo Fundo. Seu nome é uma homenagem ao general maragato Gomercindo Saraiva, principal comandante rebelde da Revolução de 1893. E se conservou fiel, ao longo de sua vida, aos princípios defendidos pelo Partido Federalista, defendendo o parlamentarismo, filiado ao Partido Libertador (PL). Transferiu-se muito cedo para a Capital do Estado, onde se integrou à imprensa e ao grupo de escritores parnasianos. Começou a publicar seus poemas em 1915, em revistas e jornais consagrados como O Malho, Fon-Fon, Vida Chic e Ilustração Pelotense, além dos jornais passo-fundenses O Nacional, Diário da Manhã e A Tarde. Gomercindo dos Reis firmou seu estilo literário na primeira metade do Século XIX, lendo os poetas maiores da chamada Belle Époque, fundamentalmente os parnasianos. A exemplo de outros poetas passo-fundenses, seus contemporâneos, como Antônio Donin, André Pithan e Severino Ronchi, permaneceu fiel aos seus modelos. Assim, majoritariamente, em sua obra, a poesia é metrificada. Praticou, principalmente, a redondilha maior e o decassílabo. Cultuou, entre os poemas, de forma fixa, o soneto e o sonetilho, prática que o filiam como um continuador da Poesia da Belle Époque.
O poeta passou incólume pelo Modernismo, a Geração de 45 e as vanguardas, como o Concretismo. Poeta, crítico, pesquisador da história, jornalista e político, foi um dos fundadores do Grêmio Passo-Fundense de Letras e, até seu falecimento, integrou a Academia Passo-Fundense de Letras. Publicou centenas de poemas e textos em prosa, parcela dos quais está reunida em três livros: Defendendo a verdade ? crítica administrativa ao Sr. Arthur Ferreira Fº na vigência do Estado Novo (Passo Fundo, 1947); Jardim de urtigas, versos satíricos e humorísticos (Imprensa Oficial, Porto Alegre, 1957) e Nuvens e rosas, versos líricos (Imprensa Oficial, 1957). Deixou inédito um álbum com poemas e prosas por ele selecionados, pouco antes do seu falecimento.
Além de integrar a atual Academia Passo-Fundense de Letras, de 7 de abril de 1938 a 11 de outubro de 1965, fazendo parte de diversas diretorias, Gomercindo dos Reis foi um dos organizadores e líderes do Instituto Histórico de Passo Fundo. Muito contribuiu para o estudo da história local. Nenhum poeta cantou com tamanha intensidade de sentimento a Capital do Planalto. Go- mercindo não participou das ações bélicas da Revolução de 1923, mas integrou-se aos grupos de retaguarda e cantou a bravura dos liberadores que se levantaram contra a ditadura positivista.
Pouco tempo depois de encerrada a Revolução, fixou residência em Passo Fundo, dedicando-se à literatura. Profissionalmente, foi um dos nossos primeiros corretores de imóveis. Profundamente atento à realidade passo-fundense, sustentou vigorosas polêmicas pela imprensa. A primeira delas e mais séria, em princípios de 1931, foi contra a venda da praça da Vila Rodrigues (em frente à atual Igreja Santa Teresinha). Enfrentou todo o poder do velho Partido Republicano Rio-Grandense. Acabou preso por ordem do chefe do Executivo Municipal. Após três dias de cadeia, diante da indignação da comunidade, que ameaçava invadir o presídio para libertá-lo, foi solto.
Desde as árvores plantadas na Avenida General Netto, na parte fronteira à sua residência, a outros temas de assuntos comunitários, jamais deixou de manifestar sua opinião, tanto em prosa quanto em verso (em destaque neste texto, pode-se notar o fervor federalista de Gomercindo dos Reis em seu soneto Ser maragato).
Esse soneto, aliás, foi altamente premonitório, pois a 3 de outubro daquele ano, contingentes de cavalarianos maragatos passo-fundenses invadiam Santa Catarina, fazendo a vanguarda da Revolução de 30. Ou será que Gomercindo dos Reis sabia de mais coisas, sintetizadas no verso "É jamais, jamais admitir vingança!"
Títulos, prêmios e honrarias
Livros e publicações de sua autoria
Livros e publicações com sua participação
Conteúdos de seu acervo
Conteúdos relacionados
- 1963 - Os Imortais de Passo Fundo, biografias[1]
Referências
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1963). Os Imortais de Passo Fundo. Passo Fundo: NI. 74 páginas