Difference between revisions of "Gomercindo dos Reis"

From ProjetoPF
Jump to navigation Jump to search
(Created page with " {| class="wikitable" style="float: right; margin-left: 20px; margin-top: -5px; width=100%" |+ |- ! colspan="2" style="text-align:center;" | |- align="center" | colspan="2...")
 
(Nova pessoa)
Line 5: Line 5:
|-
|-


! colspan="2" style="text-align:center;" |
! colspan="2" style="text-align:center;" |'''Gomercindo dos Reis'''


|- align="center"
|- align="center"


| colspan="2" |Foto:
| colspan="2" |[[File:Gomercindo dos Reis.jpg|center|thumb]]


|-
|-
Line 15: Line 15:
|Nome completo
|Nome completo


|
|Gomercindo dos Reis


|-
|-
Line 21: Line 21:
|Nascimento
|Nascimento


|
|4 de fevereiro de 1898


|-
|-
Line 27: Line 27:
|Local
|Local


|
|Pinheiro Marcado, Carazinho/RS


|-
|-
Line 33: Line 33:
|Morte
|Morte


|
|11 de outubro de 1965


|-
|-
Line 39: Line 39:
|Local
|Local


|
|Passo Fundo/RS


|-
|-
Line 48: Line 48:


|}
|}
'''Gomercindo dos Reis'''
'''Gomercindo dos Reis''' Nasceu na localidade de Pinheiro Marcado (Carazinho) no dia 4 de fevereiro de 1898,


== Biografia ==
== Biografia ==
Nasceu na localidade de Pinheiro Marcado (Carazinho) no dia 4 de fevereiro de 1898, que à época, integrava o então vasto território de Passo Fundo. Seu nome é uma homenagem ao general maragato Gomercindo Saraiva, principal comandante rebelde da Revolução de 1893. E se conservou fiel, ao longo de sua vida, aos princípios defendidos pelo Partido Federalista, defendendo o parlamentarismo, filiado ao Partido Libertador (PL). Transferiu-se muito cedo para a Capital do Estado, onde se integrou à imprensa e ao grupo de escritores parnasianos. Começou a publicar seus poemas em 1915, em revistas e jornais consagrados como O Malho, Fon-Fon, Vida Chic e Ilustração Pelotense, além dos jornais passo-fundenses O Nacional, Diário da Manhã e A Tarde. Gomercindo dos Reis firmou seu estilo literário na primeira metade do Século XIX, lendo os poetas maiores da chamada Belle Époque, fundamentalmente os parnasianos. A exemplo de outros poetas passo-fundenses, seus contemporâneos, como Antônio Donin, André Pithan e Severino Ronchi, permaneceu fiel aos seus modelos. Assim, majoritariamente, em sua obra, a poesia é metrificada. Praticou, principalmente, a redondilha maior e o decassílabo. Cultuou, entre os poemas, de forma fixa, o soneto e o sonetilho, prática que o filiam como um continuador da Poesia da Belle Époque.
O poeta passou incólume pelo Modernismo, a Geração de 45 e as vanguardas, como o Concretismo. Poeta, crítico, pesquisador da história, jornalista e político, foi um dos fundadores do Grêmio Passo-Fundense de Letras e, até seu falecimento, integrou a Academia Passo-Fundense de Letras. Publicou centenas de poemas e textos em prosa, parcela dos quais está reunida em três livros: Defendendo a verdade ? crítica administrativa ao Sr. Arthur Ferreira Fº na vigência do Estado Novo (Passo Fundo, 1947); Jardim de urtigas, versos satíricos e humorísticos (Imprensa Oficial, Porto Alegre, 1957) e Nuvens e rosas, versos líricos (Imprensa Oficial, 1957). Deixou inédito um álbum com poemas e prosas por ele selecionados, pouco antes do seu falecimento.
Além de integrar a atual Academia Passo-Fundense de Letras, de 7 de abril de 1938 a 11 de outubro de 1965, fazendo parte de diversas diretorias, Gomercindo dos Reis foi um dos organizadores e líderes do Instituto Histórico de Passo Fundo. Muito contribuiu para o estudo da história local. Nenhum poeta cantou com tamanha intensidade de sentimento a Capital do Planalto. Go- mercindo não participou das ações bélicas da Revolução de 1923, mas integrou-se aos grupos de retaguarda e cantou a bravura dos liberadores que se levantaram contra a ditadura positivista.
Pouco tempo depois de encerrada a Revolução, fixou residência em Passo Fundo, dedicando-se à literatura. Profissionalmente, foi um dos nossos primeiros corretores de imóveis. Profundamente atento à realidade passo-fundense, sustentou vigorosas polêmicas pela imprensa. A primeira delas e mais séria, em princípios de 1931, foi contra a venda da praça da Vila Rodrigues (em frente à atual Igreja Santa Teresinha). Enfrentou todo o poder do velho Partido Republicano Rio-Grandense. Acabou preso por ordem do chefe do Executivo Municipal. Após três dias de cadeia, diante da indignação da comunidade, que ameaçava invadir o presídio para libertá-lo, foi solto.
Desde as árvores plantadas na Avenida General Netto, na parte fronteira à sua residência, a outros temas de assuntos comunitários, jamais deixou de manifestar sua opinião, tanto em prosa quanto em verso (em destaque neste texto, pode-se notar o fervor federalista de Gomercindo dos Reis em seu soneto Ser maragato).
Esse soneto, aliás, foi altamente premonitório, pois a 3 de outubro daquele ano, contingentes de cavalarianos maragatos passo-fundenses invadiam Santa Catarina, fazendo a vanguarda da Revolução de 30. Ou será que Gomercindo dos Reis sabia de mais coisas, sintetizadas no verso "É jamais, jamais admitir vingança!"


== Títulos, prêmios e honrarias ==
== Títulos, prêmios e honrarias ==
Line 61: Line 72:


== Conteúdos relacionados ==
== Conteúdos relacionados ==
* 1963 - Os Imortais de Passo Fundo, biografias<ref>SANTOS, Sabino R. (1963). [[:File:Os imortais de Passo Fundo.pdf|Os Imortais de Passo Fundo]]. Passo Fundo: NI. 74 páginas</ref>


== Referências ==
== Referências ==

Revision as of 23:21, 20 September 2021

Gomercindo dos Reis
Gomercindo dos Reis.jpg
Nome completo Gomercindo dos Reis
Nascimento 4 de fevereiro de 1898
Local Pinheiro Marcado, Carazinho/RS
Morte 11 de outubro de 1965
Local Passo Fundo/RS
Ocupação

Gomercindo dos Reis Nasceu na localidade de Pinheiro Marcado (Carazinho) no dia 4 de fevereiro de 1898,

Biografia

Nasceu na localidade de Pinheiro Marcado (Carazinho) no dia 4 de fevereiro de 1898, que à época, integrava o então vasto território de Passo Fundo. Seu nome é uma homenagem ao general maragato Gomercindo Saraiva, principal comandante rebelde da Revolução de 1893. E se conservou fiel, ao longo de sua vida, aos princípios defendidos pelo Partido Federalista, defendendo o parlamentarismo, filiado ao Partido Libertador (PL). Transferiu-se muito cedo para a Capital do Estado, onde se integrou à imprensa e ao grupo de escritores parnasianos. Começou a publicar seus poemas em 1915, em revistas e jornais consagrados como O Malho, Fon-Fon, Vida Chic e Ilustração Pelotense, além dos jornais passo-fundenses O Nacional, Diário da Manhã e A Tarde. Gomercindo dos Reis firmou seu estilo literário na primeira metade do Século XIX, lendo os poetas maiores da chamada Belle Époque, fundamentalmente os parnasianos. A exemplo de outros poetas passo-fundenses, seus contemporâneos, como Antônio Donin, André Pithan e Severino Ronchi, permaneceu fiel aos seus modelos. Assim, majoritariamente, em sua obra, a poesia é metrificada. Praticou, principalmente, a redondilha maior e o decassílabo. Cultuou, entre os poemas, de forma fixa, o soneto e o sonetilho, prática que o filiam como um continuador da Poesia da Belle Époque.

O poeta passou incólume pelo Modernismo, a Geração de 45 e as vanguardas, como o Concretismo. Poeta, crítico, pesquisador da história, jornalista e político, foi um dos fundadores do Grêmio Passo-Fundense de Letras e, até seu falecimento, integrou a Academia Passo-Fundense de Letras. Publicou centenas de poemas e textos em prosa, parcela dos quais está reunida em três livros: Defendendo a verdade ? crítica administrativa ao Sr. Arthur Ferreira Fº na vigência do Estado Novo (Passo Fundo, 1947); Jardim de urtigas, versos satíricos e humorísticos (Imprensa Oficial, Porto Alegre, 1957) e Nuvens e rosas, versos líricos (Imprensa Oficial, 1957). Deixou inédito um álbum com poemas e prosas por ele selecionados, pouco antes do seu falecimento.

Além de integrar a atual Academia Passo-Fundense de Letras, de 7 de abril de 1938 a 11 de outubro de 1965, fazendo parte de diversas diretorias, Gomercindo dos Reis foi um dos organizadores e líderes do Instituto Histórico de Passo Fundo. Muito contribuiu para o estudo da história local. Nenhum poeta cantou com tamanha intensidade de sentimento a Capital do Planalto. Go- mercindo não participou das ações bélicas da Revolução de 1923, mas integrou-se aos grupos de retaguarda e cantou a bravura dos liberadores que se levantaram contra a ditadura positivista.

Pouco tempo depois de encerrada a Revolução, fixou residência em Passo Fundo, dedicando-se à literatura. Profissionalmente, foi um dos nossos primeiros corretores de imóveis. Profundamente atento à realidade passo-fundense, sustentou vigorosas polêmicas pela imprensa. A primeira delas e mais séria, em princípios de 1931, foi contra a venda da praça da Vila Rodrigues (em frente à atual Igreja Santa Teresinha). Enfrentou todo o poder do velho Partido Republicano Rio-Grandense. Acabou preso por ordem do chefe do Executivo Municipal. Após três dias de cadeia, diante da indignação da comunidade, que ameaçava invadir o presídio para libertá-lo, foi solto.

Desde as árvores plantadas na Avenida General Netto, na parte fronteira à sua residência, a outros temas de assuntos comunitários, jamais deixou de manifestar sua opinião, tanto em prosa quanto em verso (em destaque neste texto, pode-se notar o fervor federalista de Gomercindo dos Reis em seu soneto Ser maragato).

Esse soneto, aliás, foi altamente premonitório, pois a 3 de outubro daquele ano, contingentes de cavalarianos maragatos passo-fundenses invadiam Santa Catarina, fazendo a vanguarda da Revolução de 30. Ou será que Gomercindo dos Reis sabia de mais coisas, sintetizadas no verso "É jamais, jamais admitir vingança!"

Títulos, prêmios e honrarias

Livros e publicações de sua autoria

Livros e publicações com sua participação

Conteúdos de seu acervo

Conteúdos relacionados

  • 1963 - Os Imortais de Passo Fundo, biografias[1]

Referências

  1. SANTOS, Sabino R. (1963). Os Imortais de Passo Fundo. Passo Fundo: NI. 74 páginas