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Sport Clube Gaúcho em 1968 01 Desc
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Em 26/02/1968, por [[Marco Antônio Damian|Marco Antonio Damian]]
FLAGRANTE DO JOGO GAÚCHO x GRÊMIO 1968
BEBETO A ESPERA DA BOLA, MARCADO POR PAULO SOUZA.
No dia 26 de fevereiro de 1968, a coluna do jornalista Antonio Carlos Porto, da Folha Esportiva, de Porto Alegre, exibia a seguinte manchete: "... E ainda se puxa revólver no futebol". O jornalista queria se referir ao episódio ocorrido no dia anterior, um domingo de carnaval, na primeira rodada do gauchão.
Naquele dia jogaram Gaúcho e Grêmio. Casa cheia e um jogo de primeiríssimo nível técnico. O tricolor dominou a partida no primeiro tempo e logo marcou dois gols, por intermédio de Sérgio Lopes e Volmir Massaroca.
Na etapa final tudo mudou. O treinador do Gaúcho Gitinha compactou o time que dominou o meio de campo e passou, com técnica, velocidade e muita garra a criar oportunidades de gols.
Raul Matté, marcou um golaço, pegando de voleio um cruzamento de Machado, aos 33 minutos. Aos 43, outra investida pela direita e Meca foi à linha de fundo, cruzou para trás e aí veio Bebeto pegando um petardo de primeira. A bola bateu embaixo do travessão, caiu poucos centímetros dentro do gol e voltou aos braços do goleiro Arlindo. Imediatamente o árbitro Vilson Vômero da Silva e o auxiliar Ilmar Keidmann, correram em direção ao centro do campo, confirmando o gol. Os jogadores gremistas, alegando que a bola não havia entrado cercaram a arbitragem reclamando com veemência.
Aí deu-se o que se tornou uma lenda. Aliás fatos inusitados acabam virando lendas com o passar do tempo. O tumulto estava formado dentro de campo e o trio de arbitragem se dirigindo para onde estavam os brigadianos. Sentado ao lado do representante da Federação, o senhor Aparício dos Reis, pai de Bebeto. Vendo toda aquela correria, se meteu no meio da confusão e deu um tapa no rosto do goleiro Arlindo o mais exaltado, pensando tratar-se do árbitro, também vestido de preto. Seu Aparício, que era Delegado de Polícia, andava, por dever do oficio, sempre armado. Ao levantar a mão para dar o tapa, seu casaco levantou, aparecendo o revólver dentro do coldre. Foi o que bastou para que os dirigentes gremistas e os repórteres de campo, de Porto Alegre, abrissem o bocão. Os narradores das rádios porto-alegrenses berravam que o pai de Bebeto deu um tiro para cima e o árbitro, com medo, validou um gol inexistente. E a lenda se perpetuou. Até hoje os radialistas mais antigos contam a história cada vez mais cheia de detalhes. Mas a verdade foi esta. Não se puxou revólver em jogo de futebol em Passo Fundo, pelo menos não naquele Gaúcho x Grêmio.
O gol foi confirmado e o jogo terminou empatado em 2 x 2.
Foto 1 - Meca e Airton disputam a bola pelo alto. Everaldo do Grêmio observa de frente para o lance. Paulo Souza marca Bebeto na área. Atrás Altemir.;
Foto 2 - Meca e Jadir disputam a bola no Estádio Wolmar Salton;

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Sport Clube Gaúcho em 1968 01 Desc

Em 26/02/1968, por Marco Antonio Damian

FLAGRANTE DO JOGO GAÚCHO x GRÊMIO 1968

BEBETO A ESPERA DA BOLA, MARCADO POR PAULO SOUZA.


No dia 26 de fevereiro de 1968, a coluna do jornalista Antonio Carlos Porto, da Folha Esportiva, de Porto Alegre, exibia a seguinte manchete: "... E ainda se puxa revólver no futebol". O jornalista queria se referir ao episódio ocorrido no dia anterior, um domingo de carnaval, na primeira rodada do gauchão.

Naquele dia jogaram Gaúcho e Grêmio. Casa cheia e um jogo de primeiríssimo nível técnico. O tricolor dominou a partida no primeiro tempo e logo marcou dois gols, por intermédio de Sérgio Lopes e Volmir Massaroca.

Na etapa final tudo mudou. O treinador do Gaúcho Gitinha compactou o time que dominou o meio de campo e passou, com técnica, velocidade e muita garra a criar oportunidades de gols.

Raul Matté, marcou um golaço, pegando de voleio um cruzamento de Machado, aos 33 minutos. Aos 43, outra investida pela direita e Meca foi à linha de fundo, cruzou para trás e aí veio Bebeto pegando um petardo de primeira. A bola bateu embaixo do travessão, caiu poucos centímetros dentro do gol e voltou aos braços do goleiro Arlindo. Imediatamente o árbitro Vilson Vômero da Silva e o auxiliar Ilmar Keidmann, correram em direção ao centro do campo, confirmando o gol. Os jogadores gremistas, alegando que a bola não havia entrado cercaram a arbitragem reclamando com veemência.

Aí deu-se o que se tornou uma lenda. Aliás fatos inusitados acabam virando lendas com o passar do tempo. O tumulto estava formado dentro de campo e o trio de arbitragem se dirigindo para onde estavam os brigadianos. Sentado ao lado do representante da Federação, o senhor Aparício dos Reis, pai de Bebeto. Vendo toda aquela correria, se meteu no meio da confusão e deu um tapa no rosto do goleiro Arlindo o mais exaltado, pensando tratar-se do árbitro, também vestido de preto. Seu Aparício, que era Delegado de Polícia, andava, por dever do oficio, sempre armado. Ao levantar a mão para dar o tapa, seu casaco levantou, aparecendo o revólver dentro do coldre. Foi o que bastou para que os dirigentes gremistas e os repórteres de campo, de Porto Alegre, abrissem o bocão. Os narradores das rádios porto-alegrenses berravam que o pai de Bebeto deu um tiro para cima e o árbitro, com medo, validou um gol inexistente. E a lenda se perpetuou. Até hoje os radialistas mais antigos contam a história cada vez mais cheia de detalhes. Mas a verdade foi esta. Não se puxou revólver em jogo de futebol em Passo Fundo, pelo menos não naquele Gaúcho x Grêmio.

O gol foi confirmado e o jogo terminou empatado em 2 x 2.

Foto 1 - Meca e Airton disputam a bola pelo alto. Everaldo do Grêmio observa de frente para o lance. Paulo Souza marca Bebeto na área. Atrás Altemir.;

Foto 2 - Meca e Jadir disputam a bola no Estádio Wolmar Salton;

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