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|Delorges Alves Caminha


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|Nascimento
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== Biografia, Histórico==
== Biografia, Histórico==
Delorges Alves Caminha nasceu em Passo Fundo a 06-10-1902, filho de Antonio Manoel Caminha e de Raphaela Alves Caminha. Seu pai possuía farmácia na Rua do Comércio (Avenida Brasil). Além de medicamentos de sua própria fórmula, produzia produtos de beleza, como a pasta “Carmen”. Conhecido pela sua benemerência, faleceu nesta cidade em novembro de 1921. Delorges praticou teatro amador desde adolescente, havendo menção de ter participado do Grupo X de Comédias e Variedades. Partiu de Passo Fundo em 1921 ou 1922, engajando-se numa companhia de teatro como auxiliar de cenógrafo. Logo em seguida iniciou a carreira de ator na Companhia de Déa Selva (Jandyra Berard Cazarré) e Darcy Cazarré. Em 1925 participou do elenco da Companhia Nacional de Operetas, dos irmãos Celestino, que excursionou pelo sul do país durante um ano. Em 1930 já trabalhava na Companhia de Comédias de Procópio Ferreira. Nesta atuou em peças memoráveis, como O Bobo do Rei, em 1931. No final dos anos 30 montou a sua própria companhia. Um dos maiores sucessos dessa fase foi Iaiá Boneca, de Ernani Fornari, encenada pela primeira vez em 1938. A estréia no cinema ocorreu em 1936, no musical romântico Bonequinha de Seda, produzido pela Cinédia, de Adhemar Gonzaga, e dirigido por Oduvaldo Vianna. O elenco contava com Gilda de Abreu no papel principal. Esta queria como galã o seu marido, Vicente Celestino, mas a direção optou pelo passo-fundense. Bonequinha de Seda estreou a 26-10-36, no Cinema Palácio, do Rio de Janeiro, onde permaneceu por cinco semanas, recorde na época. Consagrado pela crítica como um marco do cinema brasileiro, Bonequinha de Seda foi restaurado em 1975, sob a supervisão de Alice Gonzaga Assaf. Exibido em 1988 na Cinemateca do MAM, RJ, “o filme comprovou ser um dos mais bem construídos artisticamente, de linguagem estética idêntica à dos mais eminentes cineastas”, segundo o crítico Salvyano Cavalcanti de Paiva. Apesar do sucesso da estréia, Delorges Caminha permaneceu fiel ao teatro. Retornou ao cinema somente em 1944, no musical carnavalesco Berlim na Batucada, também da Cinédia, com direção de Luiz de Barros e argumento de Herivelto Martins. No elenco estão Procópio Ferreira, Chocolate, Francisco Alves e Solange França. Delorges apresenta-se como um produtor norte-americano interessado no carnaval carioca, uma “brincadeira” com Orson Welles. Trabalhou ainda nos seguintes filmes: O Homem que Chutou a Consciência (1947), drama dirigido por Ruy Costa, com a monumental Aimée; Mãe (1948), melodrama do radialista Teófilo de Barros Filho, com Alma Flora; Toda a Vida em Quinze Minutos (1953), de Pereira Dias, com Jaime Costa, Rodolfo Arena, Jardel Filho, Renata Fronzi e outros. Prêmio Saci de melhor roteiro (Jornal O Estado de São Paulo). Vanoly Pereira Dias (1926-1988), o diretor, era natural de Carlos Barbosa, RS. Em 1979 dirigiu Gaúcho de Passo Fundo, filme do Teixeirinha que contou com a participação de atores oriundos do antigo Grupo Escola de Teatro Amador “Delorges Caminha”, como o advogado Paulo Giongo; Sherlock de Araque (1957), comédia de Victor Lima, com Carequinha; Por um Céu de Liberdade (1961), dirigido por Luiz de Barros, com John Herbert no papel principal; Vagabundos no Society (1962), comédia com Jaime Costa, também de Luiz de Barros; Crime no Sacopã (1963), de Roberto Pires, com Adriano Lisboa e Jorge Dória; Os Marginais (1968), episódio Guilherme, dirigido por Moisés Kendler, com Paulo José e Helena Ignez; e O Homem que Comprou o Mundo (1968), comédia dirigida por Eduardo Coutinho, com Marília Pêra, Flávio Migliaccio e Jardel Filho. Registrou participações nas telenovelas O Homem Proibido ou Demian, o Justiceiro, (1967), de Glória Magadan, e Irmãos Coragem (1970), de Janete Clair, ambas da Rede Globo. Também foi diretor, crítico e autor de peças teatrais. Dirigiu Glauce Rocha em Dona Xepa e Mulher de Briga, ambas de Pedro Bloch, em 1954/55. É co-autor das peças Cidadão Zero, Jardim de Allah, entre outras. Dirigiu a Escola de Arte Dramática do Estado da Guanabara e a Casa dos Artistas. Faleceu, vítima de edema pulmonar, a 19-04-71, tendo sido sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio. Era casado com a atriz e diretora de teatro Henriette Morineau (1906-1990) e possuía dois filhos adotivos. Irmãos: Doutalia, Dinobert, João Baptista, Dotíbio (adotivo), Dinorah, Antônio Manoel, Dilia, Dalila, Anna Aurora e Maria.  
(DAMIAN, Heleno e Marco A. (2008).  pg.282-284 )<ref>DAMIAN, Heleno e Marco A. (2008). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/e/e8/P%C3%A1ginas_da_Belle_%C3%89poque_Transcrito.pdf Páginas da Belle Époque Passo-fundense] -Passo Fundo: Passografic, 379 páginas Transcrito</ref>


== Títulos, prêmios e honrarias==
== Títulos, prêmios e honrarias==


== Conteúdos de seu acervo ==
== Conteúdos de seu acervo ==
=== Imagens ===
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== Conteúdos relacionados ==
== Conteúdos relacionados ==

Revision as of 18:56, 7 October 2022

Delorges Caminha
Delorges Alves Caminha.jpg
Nome completo Delorges Alves Caminha
Nascimento 06 de outubro de 1902
Local Passo Fundo/RS
Morte 19 de abril de 1971
Local Rio de Janeiro/RJ
Ocupação Ator

Delorges Alves Caminha

Biografia, Histórico

Delorges Alves Caminha nasceu em Passo Fundo a 06-10-1902, filho de Antonio Manoel Caminha e de Raphaela Alves Caminha. Seu pai possuía farmácia na Rua do Comércio (Avenida Brasil). Além de medicamentos de sua própria fórmula, produzia produtos de beleza, como a pasta “Carmen”. Conhecido pela sua benemerência, faleceu nesta cidade em novembro de 1921. Delorges praticou teatro amador desde adolescente, havendo menção de ter participado do Grupo X de Comédias e Variedades. Partiu de Passo Fundo em 1921 ou 1922, engajando-se numa companhia de teatro como auxiliar de cenógrafo. Logo em seguida iniciou a carreira de ator na Companhia de Déa Selva (Jandyra Berard Cazarré) e Darcy Cazarré. Em 1925 participou do elenco da Companhia Nacional de Operetas, dos irmãos Celestino, que excursionou pelo sul do país durante um ano. Em 1930 já trabalhava na Companhia de Comédias de Procópio Ferreira. Nesta atuou em peças memoráveis, como O Bobo do Rei, em 1931. No final dos anos 30 montou a sua própria companhia. Um dos maiores sucessos dessa fase foi Iaiá Boneca, de Ernani Fornari, encenada pela primeira vez em 1938. A estréia no cinema ocorreu em 1936, no musical romântico Bonequinha de Seda, produzido pela Cinédia, de Adhemar Gonzaga, e dirigido por Oduvaldo Vianna. O elenco contava com Gilda de Abreu no papel principal. Esta queria como galã o seu marido, Vicente Celestino, mas a direção optou pelo passo-fundense. Bonequinha de Seda estreou a 26-10-36, no Cinema Palácio, do Rio de Janeiro, onde permaneceu por cinco semanas, recorde na época. Consagrado pela crítica como um marco do cinema brasileiro, Bonequinha de Seda foi restaurado em 1975, sob a supervisão de Alice Gonzaga Assaf. Exibido em 1988 na Cinemateca do MAM, RJ, “o filme comprovou ser um dos mais bem construídos artisticamente, de linguagem estética idêntica à dos mais eminentes cineastas”, segundo o crítico Salvyano Cavalcanti de Paiva. Apesar do sucesso da estréia, Delorges Caminha permaneceu fiel ao teatro. Retornou ao cinema somente em 1944, no musical carnavalesco Berlim na Batucada, também da Cinédia, com direção de Luiz de Barros e argumento de Herivelto Martins. No elenco estão Procópio Ferreira, Chocolate, Francisco Alves e Solange França. Delorges apresenta-se como um produtor norte-americano interessado no carnaval carioca, uma “brincadeira” com Orson Welles. Trabalhou ainda nos seguintes filmes: O Homem que Chutou a Consciência (1947), drama dirigido por Ruy Costa, com a monumental Aimée; Mãe (1948), melodrama do radialista Teófilo de Barros Filho, com Alma Flora; Toda a Vida em Quinze Minutos (1953), de Pereira Dias, com Jaime Costa, Rodolfo Arena, Jardel Filho, Renata Fronzi e outros. Prêmio Saci de melhor roteiro (Jornal O Estado de São Paulo). Vanoly Pereira Dias (1926-1988), o diretor, era natural de Carlos Barbosa, RS. Em 1979 dirigiu Gaúcho de Passo Fundo, filme do Teixeirinha que contou com a participação de atores oriundos do antigo Grupo Escola de Teatro Amador “Delorges Caminha”, como o advogado Paulo Giongo; Sherlock de Araque (1957), comédia de Victor Lima, com Carequinha; Por um Céu de Liberdade (1961), dirigido por Luiz de Barros, com John Herbert no papel principal; Vagabundos no Society (1962), comédia com Jaime Costa, também de Luiz de Barros; Crime no Sacopã (1963), de Roberto Pires, com Adriano Lisboa e Jorge Dória; Os Marginais (1968), episódio Guilherme, dirigido por Moisés Kendler, com Paulo José e Helena Ignez; e O Homem que Comprou o Mundo (1968), comédia dirigida por Eduardo Coutinho, com Marília Pêra, Flávio Migliaccio e Jardel Filho. Registrou participações nas telenovelas O Homem Proibido ou Demian, o Justiceiro, (1967), de Glória Magadan, e Irmãos Coragem (1970), de Janete Clair, ambas da Rede Globo. Também foi diretor, crítico e autor de peças teatrais. Dirigiu Glauce Rocha em Dona Xepa e Mulher de Briga, ambas de Pedro Bloch, em 1954/55. É co-autor das peças Cidadão Zero, Jardim de Allah, entre outras. Dirigiu a Escola de Arte Dramática do Estado da Guanabara e a Casa dos Artistas. Faleceu, vítima de edema pulmonar, a 19-04-71, tendo sido sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio. Era casado com a atriz e diretora de teatro Henriette Morineau (1906-1990) e possuía dois filhos adotivos. Irmãos: Doutalia, Dinobert, João Baptista, Dotíbio (adotivo), Dinorah, Antônio Manoel, Dilia, Dalila, Anna Aurora e Maria.  

(DAMIAN, Heleno e Marco A. (2008). pg.282-284 )[1]

Títulos, prêmios e honrarias

Conteúdos de seu acervo

Imagens

Carteira de Identidade Delorges Caminha em 1930

Conteúdos relacionados

Referências


  1. DAMIAN, Heleno e Marco A. (2008). Páginas da Belle Époque Passo-fundense -Passo Fundo: Passografic, 379 páginas Transcrito