Difference between revisions of "A cerimônia da lamparina"
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|[[Agostinho Both]] | |||
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|Título | |||
|A cerimônia da lamparina | |||
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|Editora | |||
|Projeto Passo Fundo | |||
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|Data da publicação | |||
|2019 | |||
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|Número de páginas | |||
|82 | |||
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|ISBN | |||
|978-85-8326-391-3 | |||
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|Formato | |||
|Papel 15 x 21 cm | |||
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|Data da publicação | |||
|2019 | |||
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|Número de páginas | |||
|78 | |||
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|ISBN | |||
|978-85-8326-392-0 | |||
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'''A cerimônia da lamparina''' - Os alemães-russos desapareceram dos olhos do autor, fizeram parte de sua infância, mas não do seu coração. Já bem vivido, foi atrás daqueles que passavam pela frente da casa de seus pais com seus cavalos vermelhos. E, recolhendo informações de uns e outros, construiu este belo livro. É a história de sofridos e corajosos migrantes. É a história de todos nós, pois todos temos algum antepassado que, premido pelas circunstâncias, precisou abandonar sua casa e ir em busca de outras paragens. A cerimônia da lamparina é um livro que vai permanecer em nossos corações. ([[Jorge Alberto Salton|''Jorge Alberto Salton'']]) | |||
Livro escrito por Agostinho Both, publicado em 2019. | |||
== Apresentação == | |||
''da Apresentação, pelo Autor'' | |||
Não sei de todos os motivos que me levaram a querer me aproximar dos alemães-russos que passavam, quando criança, em frente à minha casa, e eu, imaginando que vinham de muito longe, mal sabia, estavam logo ali. Maravilhosa é a cabeça infantil que faz de tudo uma grande poesia. Misturam-se os fatos à fantasia. A realidade se torna fantástica, mas carente de clareza. Agora, então, quero me redimir de minha ignorância e, fugindo da fantasia, abraçá-los, mostrando minha crença de que a solidariedade pode ser maior, pois, se estivéssemos crentes de nossa fragilidade, as aldeias estariam melhor servidas. Se tivéssemos maior socorro uns nos outros, do que inseridos em crenças particulares, então, acredito, seríamos melhores do que somos. Tentarei, assim, tornar-me melhor e fazer que outros possam se tornar melhores, conhecendo quem são esses alemães-russos que vieram entre lágrimas e esperança, tendo sua sorte resolvida aí junto ao rio Boa Vista e a outros pequenos córregos. Agrada-me Platão, quando diz: ''Como é verdadeiro o ditado comum, de que aquilo que aprendemos quando meninos, o recordamos de maneira maravilhosa!'' Não tenho a pretensão de somente recordar, porque ainda é pouca a memória dos alemães-russos. Quero me aproximar das lembranças e conhecer melhor, rendendo homenagem àqueles que vieram perplexos de uma região da Rússia, hoje Ucrânia. | |||
O interesse de me voltar às recordações da minha infância veio, também, pela possibilidade de dizer do legado dessa gente expulsa. Os descendentes, não importa a idade, ao saberem de sua história e das travessias de tempos e dos espaços para estarem onde estão e do jeito que estão, podem ter um natural orgulho de sua identidade. A narrativa de quem quer que seja não é resolvida somente em ter na consciência sua breve existência, mas na longitude dada pelos que o antecederam. Gestos, palavras, sentimentos, percepções não deixam de existir, mas, quando narrados, inscrevem-se sutilmente através das gerações e da gente já falecida. Assim, os jovens, ao saberem do movimento de avós, além de adquirir mais clara a história do espírito, podem ter a alegria de saber de onde vieram e de que estofo humano são constituídos. | |||
== Conteúdos relacionados == | |||
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Titulo | |
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Capa | |
Descrição da obra | |
Autor | Agostinho Both |
Título | A cerimônia da lamparina |
Assunto | Romance |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Data da publicação | 2019 |
Número de páginas | 82 |
ISBN | 978-85-8326-391-3 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Data da publicação | 2019 |
Número de páginas | 78 |
ISBN | 978-85-8326-392-0 |
]] A cerimônia da lamparina - Os alemães-russos desapareceram dos olhos do autor, fizeram parte de sua infância, mas não do seu coração. Já bem vivido, foi atrás daqueles que passavam pela frente da casa de seus pais com seus cavalos vermelhos. E, recolhendo informações de uns e outros, construiu este belo livro. É a história de sofridos e corajosos migrantes. É a história de todos nós, pois todos temos algum antepassado que, premido pelas circunstâncias, precisou abandonar sua casa e ir em busca de outras paragens. A cerimônia da lamparina é um livro que vai permanecer em nossos corações. (Jorge Alberto Salton)
Livro escrito por Agostinho Both, publicado em 2019.
Apresentação
da Apresentação, pelo Autor
Não sei de todos os motivos que me levaram a querer me aproximar dos alemães-russos que passavam, quando criança, em frente à minha casa, e eu, imaginando que vinham de muito longe, mal sabia, estavam logo ali. Maravilhosa é a cabeça infantil que faz de tudo uma grande poesia. Misturam-se os fatos à fantasia. A realidade se torna fantástica, mas carente de clareza. Agora, então, quero me redimir de minha ignorância e, fugindo da fantasia, abraçá-los, mostrando minha crença de que a solidariedade pode ser maior, pois, se estivéssemos crentes de nossa fragilidade, as aldeias estariam melhor servidas. Se tivéssemos maior socorro uns nos outros, do que inseridos em crenças particulares, então, acredito, seríamos melhores do que somos. Tentarei, assim, tornar-me melhor e fazer que outros possam se tornar melhores, conhecendo quem são esses alemães-russos que vieram entre lágrimas e esperança, tendo sua sorte resolvida aí junto ao rio Boa Vista e a outros pequenos córregos. Agrada-me Platão, quando diz: Como é verdadeiro o ditado comum, de que aquilo que aprendemos quando meninos, o recordamos de maneira maravilhosa! Não tenho a pretensão de somente recordar, porque ainda é pouca a memória dos alemães-russos. Quero me aproximar das lembranças e conhecer melhor, rendendo homenagem àqueles que vieram perplexos de uma região da Rússia, hoje Ucrânia.
O interesse de me voltar às recordações da minha infância veio, também, pela possibilidade de dizer do legado dessa gente expulsa. Os descendentes, não importa a idade, ao saberem de sua história e das travessias de tempos e dos espaços para estarem onde estão e do jeito que estão, podem ter um natural orgulho de sua identidade. A narrativa de quem quer que seja não é resolvida somente em ter na consciência sua breve existência, mas na longitude dada pelos que o antecederam. Gestos, palavras, sentimentos, percepções não deixam de existir, mas, quando narrados, inscrevem-se sutilmente através das gerações e da gente já falecida. Assim, os jovens, ao saberem do movimento de avós, além de adquirir mais clara a história do espírito, podem ter a alegria de saber de onde vieram e de que estofo humano são constituídos.