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|Projeto Passo Fundo | |Projeto Passo Fundo | ||
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|Papel 15 x 21 cm | |Papel 15 x 21 cm | ||
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|Projeto Passo Fundo | |||
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|Publicação | |||
|2017 | |2017 | ||
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'''Coleção de palavras: poemas''' PUDOR E PODER Pudor excessivo /onde desabrigo a vontade /de estar em teu corpo /na união da carne iluminada /em olhos: vejo teu corpo /explorado em mãos guiadas /o poder inexpressivo /com que me deito ao lado /e me distraio em teus olhos | |||
'''Coleção de palavras: poemas''' | |||
== Apresentação == | == Apresentação == | ||
''Prefácio, por [[Gilberto Rocca da Cunha|Gilberto R. Cunha]]'' | |||
COLEÇÃO de PALAVRAS é título irretocável e adequado. Faço um convite à reflexão: seria uma boa definição para o nosso dia a dia? Nem sempre, diriam alguns, mas, Pedro Du Bois, em minha opinião, continua merecedor do epíteto irretocável e adequado. Por quê? Tentar responder a essa indagação é a intenção deste prefaciador. Oxalá isso aconteça! | COLEÇÃO de PALAVRAS é título irretocável e adequado. Faço um convite à reflexão: seria uma boa definição para o nosso dia a dia? Nem sempre, diriam alguns, mas, Pedro Du Bois, em minha opinião, continua merecedor do epíteto irretocável e adequado. Por quê? Tentar responder a essa indagação é a intenção deste prefaciador. Oxalá isso aconteça! | ||
O verdadeiro poema não é mera coleção de palavras, embora as palavras sejam a matéria-prima que os poetas usam para tecer versos. Palavras são apenas símbolos. Nada mais que símbolos, não raro mortas, quando isoladas ou, em certos casos, até mesmo incrustadas em versos bem rimados. A revelação da poesia oculta nas palavras usadas em versos é o trabalho que compete ao poeta, pois: “... ''entre amanheceres vejo o poeta na imagem / espelhada fazer figurações outonais / ao tentar compreender a essência das palavras: palavras se ofendem e se escondem”''. | |||
O poeta não é colecionador de palavras. Talvez esta seja uma boa definição para um dicionarista. O poeta, antes de tudo, coleciona emoções, pois, consegue expressar de formar singular e cabal, ao tocar na emotividade do leitor, aquilo que muitos tentam por outros meios, inclusive usando palavras, mas não conseguem. As emoções estão escondidas nas palavras e o dever do poeta é encontrá-las e deixá-las a descoberto, disponíveis aos olhos do leitor. Quando isso acontece, a verdadeira poesia é produzida, e não apenas mais um poema, como: ”... ''nos olhares de amor e ódio / remanescentes / de predadores / dos caminhos / descaminhos / onde nos tornamos humanos implacáveis.''..”. | |||
Ninguém consegue ser poeta o tempo todo e nem a totalidade dos versos produzidos viram necessariamente poesia. Até porque isso não depende apenas do poeta, por mais hábil que seja. Para cada poema produzido é travada uma espécie de diálogo intimo entre o poeta e o leitor, cujos versos ganham sentido não pelo significado das palavras, mas pela imaginação e emoções que suscitam, pois, “''Falam das emoções / inesgotáveis dos amores / e das sensações indizíveis da vitória // eu quieto penso / o sentimento ausente''...”. Assim, para alguns leitores o poema pode não passar de uma coleção de palavras e para outros ganhar o status de coleção de emoções. | |||
Pedro Du Bois é singular versejador e poeta profícuo, como atesta a sua vasta produção literária. É menestrel do verso livre. Neste novo livro, COLEÇÃO de PALAVRAS mantém a tradição de produzir boa poesia, ao transformar, majoritariamente, uma coleção de palavras (poemas) em uma coleção de emoções (poesia). Com isso, justifica que, se a um prosador ficcionista basta ter fidelidade à imaginação, ao poeta cabe ser fiel à emoção. Du Bois não ignora e nem deixa de lado essa obrigação; ao contrário, leva-a ao extremo, como coloca em “PRESENÇA'': Venho do não acontecido: permaneço / na esterilidade da oferta: não me tenho / completo. Onde desapareço permanece / o gosto insípido da presença.''..”. | |||
Por último, cumpre a este prefaciador o dever de honestidade para com os futuros leitores: há poemas (coleção de palavras) e muita poesia (coleção de emoções) neste livro, como, aliás, frisese, sói acontecer em todo livro de poemas. Cada leitor, assim como eu fui, será tocado de forma diferente na sua emotividade pelos versos de Pedro Du Bois. Eu, entre tantos, a guisa de exemplo, destaco como meus versos preferidos os do poema ERRO: ''Recebo a encomenda não solicitada: abro a embalagem e surpreso encontro o objeto sonhado / comunico a não devolução do fato e a sua apropriação indébita: sou indevido proprietário''. Que cada leitor pegue o seu significado para esses versos, que certamente será diferente do meu. E isso é poesia! Isso é emoção! | |||
Que você, prezado leitor, encontre mais emoções que palavras nesta obra poética de Pedro Du Bois. É o meu desejo! Gilberto R. Cunha | |||
== Índice == | |||
* PREFÁCIO 7 | |||
* AMOROSO 13 | |||
* TEMPO & MEMÓRIA 37 | |||
* POESIA NO COTIDIANO 67 | |||
* ENTRE CAMINHOS 89 | |||
== Conteúdos relacionados == | == Conteúdos relacionados == | ||
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Latest revision as of 09:57, 4 February 2022
Coleção de palavras | |
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Descrição da obra | |
Autor | Pedro de Quadros Du Bois |
Título | Coleção de palavras |
Subtítulo | poemas |
Assunto | Poesia |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2017 |
Páginas | 122 |
ISBN | 978-85-8326-288-6 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2017 |
Coleção de palavras: poemas PUDOR E PODER Pudor excessivo /onde desabrigo a vontade /de estar em teu corpo /na união da carne iluminada /em olhos: vejo teu corpo /explorado em mãos guiadas /o poder inexpressivo /com que me deito ao lado /e me distraio em teus olhos
Apresentação
Prefácio, por Gilberto R. Cunha
COLEÇÃO de PALAVRAS é título irretocável e adequado. Faço um convite à reflexão: seria uma boa definição para o nosso dia a dia? Nem sempre, diriam alguns, mas, Pedro Du Bois, em minha opinião, continua merecedor do epíteto irretocável e adequado. Por quê? Tentar responder a essa indagação é a intenção deste prefaciador. Oxalá isso aconteça!
O verdadeiro poema não é mera coleção de palavras, embora as palavras sejam a matéria-prima que os poetas usam para tecer versos. Palavras são apenas símbolos. Nada mais que símbolos, não raro mortas, quando isoladas ou, em certos casos, até mesmo incrustadas em versos bem rimados. A revelação da poesia oculta nas palavras usadas em versos é o trabalho que compete ao poeta, pois: “... entre amanheceres vejo o poeta na imagem / espelhada fazer figurações outonais / ao tentar compreender a essência das palavras: palavras se ofendem e se escondem”.
O poeta não é colecionador de palavras. Talvez esta seja uma boa definição para um dicionarista. O poeta, antes de tudo, coleciona emoções, pois, consegue expressar de formar singular e cabal, ao tocar na emotividade do leitor, aquilo que muitos tentam por outros meios, inclusive usando palavras, mas não conseguem. As emoções estão escondidas nas palavras e o dever do poeta é encontrá-las e deixá-las a descoberto, disponíveis aos olhos do leitor. Quando isso acontece, a verdadeira poesia é produzida, e não apenas mais um poema, como: ”... nos olhares de amor e ódio / remanescentes / de predadores / dos caminhos / descaminhos / onde nos tornamos humanos implacáveis...”.
Ninguém consegue ser poeta o tempo todo e nem a totalidade dos versos produzidos viram necessariamente poesia. Até porque isso não depende apenas do poeta, por mais hábil que seja. Para cada poema produzido é travada uma espécie de diálogo intimo entre o poeta e o leitor, cujos versos ganham sentido não pelo significado das palavras, mas pela imaginação e emoções que suscitam, pois, “Falam das emoções / inesgotáveis dos amores / e das sensações indizíveis da vitória // eu quieto penso / o sentimento ausente...”. Assim, para alguns leitores o poema pode não passar de uma coleção de palavras e para outros ganhar o status de coleção de emoções.
Pedro Du Bois é singular versejador e poeta profícuo, como atesta a sua vasta produção literária. É menestrel do verso livre. Neste novo livro, COLEÇÃO de PALAVRAS mantém a tradição de produzir boa poesia, ao transformar, majoritariamente, uma coleção de palavras (poemas) em uma coleção de emoções (poesia). Com isso, justifica que, se a um prosador ficcionista basta ter fidelidade à imaginação, ao poeta cabe ser fiel à emoção. Du Bois não ignora e nem deixa de lado essa obrigação; ao contrário, leva-a ao extremo, como coloca em “PRESENÇA: Venho do não acontecido: permaneço / na esterilidade da oferta: não me tenho / completo. Onde desapareço permanece / o gosto insípido da presença...”.
Por último, cumpre a este prefaciador o dever de honestidade para com os futuros leitores: há poemas (coleção de palavras) e muita poesia (coleção de emoções) neste livro, como, aliás, frisese, sói acontecer em todo livro de poemas. Cada leitor, assim como eu fui, será tocado de forma diferente na sua emotividade pelos versos de Pedro Du Bois. Eu, entre tantos, a guisa de exemplo, destaco como meus versos preferidos os do poema ERRO: Recebo a encomenda não solicitada: abro a embalagem e surpreso encontro o objeto sonhado / comunico a não devolução do fato e a sua apropriação indébita: sou indevido proprietário. Que cada leitor pegue o seu significado para esses versos, que certamente será diferente do meu. E isso é poesia! Isso é emoção!
Que você, prezado leitor, encontre mais emoções que palavras nesta obra poética de Pedro Du Bois. É o meu desejo! Gilberto R. Cunha
Índice
- PREFÁCIO 7
- AMOROSO 13
- TEMPO & MEMÓRIA 37
- POESIA NO COTIDIANO 67
- ENTRE CAMINHOS 89