Difference between revisions of "Rumo ao deserto do Atacama"
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| colspan="2" |[[File:Rumo ao deserto do Atacama.jpg|center|thumb|Rumo ao deserto do Atacama<ref>DALCIM, Ignácio. (2013) [https://projetopassofundo.wiki.br/images/b/be/Rumo_ao_deserto_do_AtacamaEbk.pdf Rumo ao deserto do Atacama] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 28 páginas. E-book</ref>]] | |||
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| colspan="2" style="text-align:center;"|'''Descrição da obra''' | |||
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'''Rumo ao deserto do Atacama''' Uma viagem pelo norte da Argentina e do Chile é bem mais fácil e, provavelmente, bem mais barata do que você imagina. Além de paisagens de tirar o fôlego, como as montanhas coloridas do Vale de Humahuaca, de salinas, lagos, geigers, em meio às montanhas dos Andes, de minas de cobre, como a de Chuquicamata em Calama, você entrará em contato com povoações e cidades coloniais como Salta, Jujuy, San Pedro de Atacama, Antofagasta, Tucumán e outras.. | |||
'''Rumo ao deserto do Atacama''' | |||
== Apresentação == | == Apresentação == | ||
''Primeira página, pelo Autor'' | |||
À medida que avançávamos na direção oeste, o horizonte foi se cobrindo de nuvens cada vez mais densas e em pouco tempo entravamos na primeira de uma série de tempestades. Daí por diante escureceu tanto que a noite parecia ter retrocedido ou se prolongado até por volta do meio-dia. E assim, cruzando pelo Rio Uruguai (São Borja/San Tomé) com chuva e vento, chegamos a mal cuidada Virasoro para um precário almoço no mesmo restaurante visitado em fevereiro deste 2008. | |||
E a viagem prosseguiu entre chuvas e relâmpagos, escuridão, granizo e ventos, até bem próximos de Corrientes. Decidimos procurar por um hotel no centro da cidade, porém, depois de sermos abordados por dois desavergonhados policiais de azul, mudamos de idéia. Eles nos viram dobrando à direita com o sinal amarelo e queriam que pagássemos 600 pesos de multa. Talvez importunados pela chuva, acabaram aceitando 22 platas do nosso caixa. Escandalizados com tamanha ousadia, depois de perambular pelas calles semi-desertas, neste feriado retroativo do Dia de La Raza, atravessamos o rio Paraná e nos embrenhamos na desconhecida Resistência. | |||
Andando em meio à planura desta cidade rebeirona, o Jéfferson, que fora escoteiro nos velhos tempos quando monitorava grupos de jovens pelo canyon do Itaimbezinho, deu provas de seu apurado senso de localização. Só depois de desembarcar nossas malas no Hotel Colón, é que nos demos conta de que era este justamente o hotel recomendado pelo casal Leandro e Claudia Colussi. Como ainda era bastante cedo para jantar, decidimos explorar a cidade que estava praticamente cerrada, devido ao tradicional feriado dos povos castelhanos da América. O jantar foi nossa segunda refeição precária deste Dia de La Raça. Os mosquitos não deram trégua durante a noite barulhenta e acordamos com a mesma desconfiança: “Nossos hermanos devem estar enganados? Corrientes não deve ter os 700 mil habitantes de que falam e Resistência não pode ter o dobro da população de Passo Fundo”. A menos que nesta cifra estejam contabilizadas as sereias do rio Paraná! E no Colón ficaram as primeiras de uma série de cuecas velhas abandonadas ao longo do caminho. | |||
Para quem tinha tanta fome, após presenciar tantos cabritos ao longo da planície verde quase desabitada e de pouco movimento, Rancho Grande, próximo de Monte Quemado, foi melhor do que a encomenda. Jefferson e Diógenes, depois da parillada de cabra e mucha cerveza, confiaram-me o volante pela primeira e única vez, enquanto ambos se entregaram nos braços de Morfeu, que por certo não sabe quem dos dois ronca mais. | |||
A monotonia das retas intermináveis cercadas por capoeiras que impedem a visão da planície para além da carretera, só foi interrompida por um pelotão de boinas verdes que nos fizeram parar ... desta vez apenas para revistar a bagagem. No fim da tarde a paisagem foi mudando e, com a ondulação do terreno, surgiram as primeiras curvas. De repente topamos com um mega confinamento bovino, com campo de aviação e a presença de um helicóptero ao lado de uma vila, o que motivou conjecturas fantasiosas sobre a vida de seu proprietário. Estávamos nas proximidades de Joaquim González. | |||
== Índice == | |||
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*DIA 13.10: Seg-feira: San Tomé - G. Virasoro - Corrientes - Resistência | |||
* DIAS 14 e 15: La Escondida - Saenz Peña - Monte Quemado - SALTA. | |||
* DIA 16 – QUINTA: Jujuy – Tilcara e Humahuaca. | |||
* Dia 17: Purmamarca – Salinas Grande - Paso de Jama – Águas Calientes... | |||
* Dia 18: Geiger del Tatio – Valle della Luna – Calama e Antofagasta. | |||
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*Dia 19 – DOMINGO: dia de descanso em Antofagasta. | |||
* Dia 20 – SEG: Chuquicamata, a maior mina a céu aberto | |||
* Dias 21 e 22: regresso a Salta e o longo caminho por Cafayate e Tucumán | |||
* Dia 23 e 24 – QUI e SEX: Santiago del Estero – Santa Fé/Paraná – Marau | |||
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== Conteúdos relacionados == | |||
* A versão e-book foi lançada na 27ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 01 a 10 de novembro de 2013. | |||
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Latest revision as of 13:30, 22 September 2023
Rumo ao deserto do Atacama | |
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Descrição da obra | |
Autor | Ignacio Dalcim |
Título | Rumo ao deserto do Atacama |
Assunto | Viagens |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2013 |
Páginas | 28 |
ISBN | 978-85-64997-96-7 |
Rumo ao deserto do Atacama Uma viagem pelo norte da Argentina e do Chile é bem mais fácil e, provavelmente, bem mais barata do que você imagina. Além de paisagens de tirar o fôlego, como as montanhas coloridas do Vale de Humahuaca, de salinas, lagos, geigers, em meio às montanhas dos Andes, de minas de cobre, como a de Chuquicamata em Calama, você entrará em contato com povoações e cidades coloniais como Salta, Jujuy, San Pedro de Atacama, Antofagasta, Tucumán e outras..
Apresentação
Primeira página, pelo Autor
À medida que avançávamos na direção oeste, o horizonte foi se cobrindo de nuvens cada vez mais densas e em pouco tempo entravamos na primeira de uma série de tempestades. Daí por diante escureceu tanto que a noite parecia ter retrocedido ou se prolongado até por volta do meio-dia. E assim, cruzando pelo Rio Uruguai (São Borja/San Tomé) com chuva e vento, chegamos a mal cuidada Virasoro para um precário almoço no mesmo restaurante visitado em fevereiro deste 2008.
E a viagem prosseguiu entre chuvas e relâmpagos, escuridão, granizo e ventos, até bem próximos de Corrientes. Decidimos procurar por um hotel no centro da cidade, porém, depois de sermos abordados por dois desavergonhados policiais de azul, mudamos de idéia. Eles nos viram dobrando à direita com o sinal amarelo e queriam que pagássemos 600 pesos de multa. Talvez importunados pela chuva, acabaram aceitando 22 platas do nosso caixa. Escandalizados com tamanha ousadia, depois de perambular pelas calles semi-desertas, neste feriado retroativo do Dia de La Raza, atravessamos o rio Paraná e nos embrenhamos na desconhecida Resistência.
Andando em meio à planura desta cidade rebeirona, o Jéfferson, que fora escoteiro nos velhos tempos quando monitorava grupos de jovens pelo canyon do Itaimbezinho, deu provas de seu apurado senso de localização. Só depois de desembarcar nossas malas no Hotel Colón, é que nos demos conta de que era este justamente o hotel recomendado pelo casal Leandro e Claudia Colussi. Como ainda era bastante cedo para jantar, decidimos explorar a cidade que estava praticamente cerrada, devido ao tradicional feriado dos povos castelhanos da América. O jantar foi nossa segunda refeição precária deste Dia de La Raça. Os mosquitos não deram trégua durante a noite barulhenta e acordamos com a mesma desconfiança: “Nossos hermanos devem estar enganados? Corrientes não deve ter os 700 mil habitantes de que falam e Resistência não pode ter o dobro da população de Passo Fundo”. A menos que nesta cifra estejam contabilizadas as sereias do rio Paraná! E no Colón ficaram as primeiras de uma série de cuecas velhas abandonadas ao longo do caminho.
Para quem tinha tanta fome, após presenciar tantos cabritos ao longo da planície verde quase desabitada e de pouco movimento, Rancho Grande, próximo de Monte Quemado, foi melhor do que a encomenda. Jefferson e Diógenes, depois da parillada de cabra e mucha cerveza, confiaram-me o volante pela primeira e única vez, enquanto ambos se entregaram nos braços de Morfeu, que por certo não sabe quem dos dois ronca mais.
A monotonia das retas intermináveis cercadas por capoeiras que impedem a visão da planície para além da carretera, só foi interrompida por um pelotão de boinas verdes que nos fizeram parar ... desta vez apenas para revistar a bagagem. No fim da tarde a paisagem foi mudando e, com a ondulação do terreno, surgiram as primeiras curvas. De repente topamos com um mega confinamento bovino, com campo de aviação e a presença de um helicóptero ao lado de uma vila, o que motivou conjecturas fantasiosas sobre a vida de seu proprietário. Estávamos nas proximidades de Joaquim González.
Índice
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Conteúdos relacionados
- A versão e-book foi lançada na 27ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 01 a 10 de novembro de 2013.
Referências
- ↑ DALCIM, Ignácio. (2013) Rumo ao deserto do Atacama -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 28 páginas. E-book