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[[File:Entrelaços.jpg|thumb|Capa: Tânia Du Bois, bordados de Annita Piccinini.
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|Papel 15  x 21 cm
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|Projeto Passo Fundo
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|ISBN
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'''Entrelaços: crônicas epistolares''' Entre uma carta e outra o segredo dos sentimentos é revelado para não esquecermos o tempo que reconta as histórias. Fica valendo a versão dos fatos, quando a razão se esconde nos pontilhados das linhas da emoção. Moacir Araldi revela, “O poeta é meu leal confidente./  Por vezes, soluçamos abraçados. / Sabe o que sinto e se cala sabiamente / Sofremos juntos, vivemos entrelaçados”
'''Entrelaços: crônicas epistolares''' uma coleção de crônicas escritas por Tânia Du Bois, publicado em 2018.


== Apresentação ==
== Apresentação ==
Entre uma carta e outra o segredo dos sentimentos é revelado para não esquecermos o tempo que reconta as histórias. Fica valendo a versão dos fatos, quando a razão se esconde nos pontilhados das linhas da emoção. Moacir Araldi revela, “O poeta é meu leal confidente./  Por vezes, soluçamos abraçados. / Sabe o que sinto e se cala sabiamente / Sofremos juntos, vivemos entrelaçados”
APRESENTAÇÃO, por [[Miguel Augusto Guggiana|Miguel Guggiana]]
 
Prezada Tânia,
 
Acuso o recebimento de tuas cartas.
 
Hoje, na companhia deste novo livro, do qual me permitiste desfrutar antecipadamente, tirei um tempo para reler e pensar a respeito de tuas obras, cotejando-as com esta. Conheço-as bem, de fio a pavio, tim-tim por tim-tim, vírgula por vírgula. Passei os olhos novamente em O exercício das vozes, Comércio de ilusões, Autópsia do invisível e O eco dos objetos: cabides da memória – este, meu livro de cabeceira. Apenas, não encontrei o Amantes nas Entrelinhas que certamente anda por aí, sob os olhos de algum amigo. Em todos eles transitas bordando colorida cada palavra, por diversos temas, escrevendo redondo para quem sabe ler, com tua marca registrada, aquela de citar escritores “universais” e da “aldeia” – citações, aliás, cuidadosamente garimpadas - fazendo disso mistura fina. Vale ressaltar que trabalhas as palavras, compondo as frases sem não te afastar uma linha das normas cultas, fazendo com que pensemos. Sim, escreves para leitores inteligentes, criando universos instigantes nas entrelinhas. És mestra nisso!
 
Nem por isso, no entanto, abres mão da leveza, pois, pincelas com poesia tuas crônicas. Teus escritos são crônicas poéticas? Acho que sim. Para Paulo Monteiro, crônicas-ensaios. Já na ótica de Clauder Arcanjo, prosa poética, ímpar.
 
Agora me vens com esta: um livro de, ou sobre cartas?! Cartas, cartas... Ah! Que prazer me deu ao lê-las. Há quanto tempo não recebia uma(s)?! Diante dessa forma inovadora a que te propões a abraçar nesta nova obra – epistolar? –, confesso que me rendo e não me atrevo a palpitar sobre gênero, estilo e outras classificações afins. Agora, sem dúvidas, abres novo caminho literário onde podes expressar a tua erudição. Como neste caso. Prefiro muito mais dizer que aprecio teus escrevinhados, nos quais mergulho de cabeça, independentemente de qualquer coisa.
 
“Escrever é fácil, começa com maiúscula e termina com um ponto. No meio você coloca ideias”, disse certa vez Pablo Neruda. Para os simples mortais, não acredito, mas no teu caso me parece que sim: a bic desliza no papel, as frases dançam de rosto colado, os motes brotam do nada, aparecem, assim, de repente, e se tornam livros iluminados.  
 
Donde buscas inspiração para transpor para a literatura essa diversidade de assuntos, que clamam por palavras, que significam conceitos e emoções, que pedem ideias e coragem para abraça-los? Penso que seja Talento (com T maiúsculo). É isso mesmo, amiga? Um dia me conta. Retomando tuas correspondências – as enviadas, recebidas e até mesmo as engavetadas, não remetidas simplesmente por falta de oportunidade –, percebo que as organizaste com bom gosto – diria finesse, coisa pensada. Em cada uma delas, pinças fatos do cotidiano, e não faltam registros de alegrias, tristezas, amor e paixão, que entrelaças com fitas coloridas, naquele teu estilo – sem igual – já referido. As vozes que tu deste às cartas permitiram que eu me identificasse em algum momento naquelas linhas, como certamente ocorrerá com teus demais leitores. Sem querer antecipar-lhes a leitura, não resisto, tenho que transcrever um trecho que muito me agradou, de uma carta endereçada a teu companheiro de décadas: “Já perdi a conta de quanto tempo faz que nos escrevemos. Com suas palavras e o seu amor me tornei mulher interessada pelo mundo”. Além de romântico, Tânia Du Bois 10 comovente, capaz de, no silêncio da leitura, transformar a alma leitora, que já não fica mais a mesma, parafraseando Agostinho Both, quando se refere a teus escritos.  
 
Já me alonguei além da conta para quem pretendia dizer tão somente “acuso recebimento” e, que, capitulando ante a tua escrita feiticeira, falou demais. Dou o ponto final, cerimoniosamente, na forma antiga, com pompa e circunstância, que tuas fabulações epistolares merecem.
 
Subscrevo-me com apreço e admiração,  


da Apresentação
== Índice ==
 
* Entrelaços 13
* Cartas para Ele 15
* Cartas Enviadas 47
* Cartas Recebidas 75
* Cartas Não Remetidas 111
* Carta Guardada. 121


== Conteúdos relacionados ==
== Conteúdos relacionados ==
== Referências ==
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Latest revision as of 22:04, 2 February 2022

Entrelaços
Descrição da obra
Autora Tânia Du Bois
Título Entrelaços
Subtítulo crônicas epistolares
Assunto Crônica
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2018
Páginas 129
ISBN 978-85-8326-330-2
Formato Papel 15 x 21 cm
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2018

Entrelaços: crônicas epistolares Entre uma carta e outra o segredo dos sentimentos é revelado para não esquecermos o tempo que reconta as histórias. Fica valendo a versão dos fatos, quando a razão se esconde nos pontilhados das linhas da emoção. Moacir Araldi revela, “O poeta é meu leal confidente./  Por vezes, soluçamos abraçados. / Sabe o que sinto e se cala sabiamente / Sofremos juntos, vivemos entrelaçados”

Apresentação

APRESENTAÇÃO, por Miguel Guggiana

Prezada Tânia,

Acuso o recebimento de tuas cartas.

Hoje, na companhia deste novo livro, do qual me permitiste desfrutar antecipadamente, tirei um tempo para reler e pensar a respeito de tuas obras, cotejando-as com esta. Conheço-as bem, de fio a pavio, tim-tim por tim-tim, vírgula por vírgula. Passei os olhos novamente em O exercício das vozes, Comércio de ilusões, Autópsia do invisível e O eco dos objetos: cabides da memória – este, meu livro de cabeceira. Apenas, não encontrei o Amantes nas Entrelinhas que certamente anda por aí, sob os olhos de algum amigo. Em todos eles transitas bordando colorida cada palavra, por diversos temas, escrevendo redondo para quem sabe ler, com tua marca registrada, aquela de citar escritores “universais” e da “aldeia” – citações, aliás, cuidadosamente garimpadas - fazendo disso mistura fina. Vale ressaltar que trabalhas as palavras, compondo as frases sem não te afastar uma linha das normas cultas, fazendo com que pensemos. Sim, escreves para leitores inteligentes, criando universos instigantes nas entrelinhas. És mestra nisso!

Nem por isso, no entanto, abres mão da leveza, pois, pincelas com poesia tuas crônicas. Teus escritos são crônicas poéticas? Acho que sim. Para Paulo Monteiro, crônicas-ensaios. Já na ótica de Clauder Arcanjo, prosa poética, ímpar.

Agora me vens com esta: um livro de, ou sobre cartas?! Cartas, cartas... Ah! Que prazer me deu ao lê-las. Há quanto tempo não recebia uma(s)?! Diante dessa forma inovadora a que te propões a abraçar nesta nova obra – epistolar? –, confesso que me rendo e não me atrevo a palpitar sobre gênero, estilo e outras classificações afins. Agora, sem dúvidas, abres novo caminho literário onde podes expressar a tua erudição. Como neste caso. Prefiro muito mais dizer que aprecio teus escrevinhados, nos quais mergulho de cabeça, independentemente de qualquer coisa.

“Escrever é fácil, começa com maiúscula e termina com um ponto. No meio você coloca ideias”, disse certa vez Pablo Neruda. Para os simples mortais, não acredito, mas no teu caso me parece que sim: a bic desliza no papel, as frases dançam de rosto colado, os motes brotam do nada, aparecem, assim, de repente, e se tornam livros iluminados.

Donde buscas inspiração para transpor para a literatura essa diversidade de assuntos, que clamam por palavras, que significam conceitos e emoções, que pedem ideias e coragem para abraça-los? Penso que seja Talento (com T maiúsculo). É isso mesmo, amiga? Um dia me conta. Retomando tuas correspondências – as enviadas, recebidas e até mesmo as engavetadas, não remetidas simplesmente por falta de oportunidade –, percebo que as organizaste com bom gosto – diria finesse, coisa pensada. Em cada uma delas, pinças fatos do cotidiano, e não faltam registros de alegrias, tristezas, amor e paixão, que entrelaças com fitas coloridas, naquele teu estilo – sem igual – já referido. As vozes que tu deste às cartas permitiram que eu me identificasse em algum momento naquelas linhas, como certamente ocorrerá com teus demais leitores. Sem querer antecipar-lhes a leitura, não resisto, tenho que transcrever um trecho que muito me agradou, de uma carta endereçada a teu companheiro de décadas: “Já perdi a conta de quanto tempo faz que nos escrevemos. Com suas palavras e o seu amor me tornei mulher interessada pelo mundo”. Além de romântico, Tânia Du Bois 10 comovente, capaz de, no silêncio da leitura, transformar a alma leitora, que já não fica mais a mesma, parafraseando Agostinho Both, quando se refere a teus escritos.

Já me alonguei além da conta para quem pretendia dizer tão somente “acuso recebimento” e, que, capitulando ante a tua escrita feiticeira, falou demais. Dou o ponto final, cerimoniosamente, na forma antiga, com pompa e circunstância, que tuas fabulações epistolares merecem.

Subscrevo-me com apreço e admiração,

Índice

  • Entrelaços 13
  • Cartas para Ele 15
  • Cartas Enviadas 47
  • Cartas Recebidas 75
  • Cartas Não Remetidas 111
  • Carta Guardada. 121

Conteúdos relacionados

Referências