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'''Amantes nas entrelinhas: crônicas''' Tânia é assim, decidida. Suas escolhas não permitem objeções, visto estarem preenchidas de todos os fatores que a podem influenciar. Assim, quando optou pelo magistério; ao casar; ao ser mãe; ao cuidar da casa; ao trabalhar na préescola; ao cuidar da filha e da casa; ao cursar pedagogia (UFPB); ao escolher a sua monografia de graduação; ao fazer seus cursos de pósgraduação; ao voltar para casa; ao se decidir pela literatura e, dentro dela, pelas crônicas. Crônicas literárias: textos do dia a dia alimentados por citações literárias, poéticas por excelência. Escritora tardia, como eu, dedicou-se desde o começo a burilar seu estilo, estudando, lendo, relendo, construindo seus textos com incansável e amigável vontade: as crônicas precisam ser amigas, diz ela; mais que isso, conclui, precisam ser Amantes nas Entrelinhas, para que captemos nos textos a sua capacidade de doação, agora, sob a ótica cultural que tanto cultiva. | |||
'''Amantes nas entrelinhas: crônicas''' | |||
== Apresentação == | == Apresentação == | ||
Prefácio, por [[Gilberto Rocca da Cunha|Gilberto R. Cunha]] | |||
Dizer que AMANTES nas ENTRELINHAS, o título do livro da cronista Tânia Du Bois, além de insinuante é, ao mesmo tempo, instigador da curiosidade dos leitores, soa demasiadamente óbvio. Assim como, em qualquer diálogo, os silêncios podem falar muito, também em um texto, especialmente num livro como esse, o que está escrito nas linhas, não raro, pode ser mais bem entendido, se lido nas entrelinhas. | |||
Tânia Du Bois segue os ensinamentos de Tolstoi, pois, ao mesmo tempo em que se mostra universal, não deixa de cantar a sua aldeia. Nas páginas desse livro, abundam referências aos cânones da literatura brasileira e mundial, mas, paralelamente, também desfilam escritores que, apesar do gozo de certa fama em Passo Fundo, continuam sendo desconhecidos pela maioria dos leitores. E Tânia, com a peculiar habilidade de resenhista de escol, ao fundir o nacional/universal com o local, coisa que, frise-se isso, faz magistralmente, contribui para levar o nome dos nossos escritores a domínios, até então, considerados quase impossíveis ou inalcançáveis. | |||
De um lado, citações de passagens extraídas de obras de autores como Otávio Paz, Mia Couto, Júlio Cortázar, Jorge Luiz Borges, Umberto Eco e Nietzsche, por exemplo, que são cânones da literatura universal, seguidas de referências nacionais e regionais, caso de Vinicius de Moraes, Ferreira Gullar, Rubem Braga, Mário de Andrade, Clarice Lispector, Cecília Meireles, Mario Quintana, Luis Fernando Verissimo, Luiz Coronel, Simões Lopes Neto, Armindo Trevisan e Moacyr Scliar, entre muitos. E, de outro, o contraponto local, genuinamente passo-fundense, com Jurema Carpes do Valle, Tenebro dos Santos Moura, Ziza de Araújo Trein, Nídia Bolner Weingartner, Júlio César Perez, Paulo Monteiro e Mirian Postal, dando conta do desafio intelectual que Tânia Du Bois impôs a si mesma, ao engendrar a escrita desse livro, tratando de tamanha profusão de estilos e temas. Fazendo isso, Tânia dá ares que, em incontáveis horas de leitura e vivências, criou a sua biblioteca pessoal. | |||
Se eu tivesse que escolher apenas um texto, entre os muitos que me agradam nessas páginas, não hesitaria em optar por “Em Questão de Minutos”. Menos porque eu, Gilberto Cunha, sou citado nele e mais, talvez, pela referência a Leopoldo Lugones, que, poeticamente, dizem, “se deu morte em 1938”. Ou, mais provável ainda, por comungar com a síntese de Tânia Du Bois e entender que, de fato, muito daquilo que acontece em nossas vidas, para o bem e para o mal, se dá em questão de minutos. Simplesmente, uma mera questão de gosto pessoal. | |||
O livro de Tânia Du Bois não é apenas mais um livro de crônicas, a exemplo de tantos que se publicam anualmente. Ainda que a matériaprima de seus textos seja comum ao dia a dia de cada um de nós, aquilo que os diferencia é a interpretação da autora, que, não raro, foge da esperada e transgride convenções. Humano e mundano, em demasia. | |||
Tânia Du Bois, a mulher, mostrou-se menos enigmática, em relação aos seus AMANTES nas ENTRELINHAS, que a escritora pretendeu ser. Em todo o livro, mais que amantes, sobressaiu-se O AMADO nas LINHAS, Pedro Du Bois, um nome citado 30 vezes nesse livro. | |||
Oxalá seja você o leitor que Tânia espera e merece! | |||
== Índice == | |||
* Prefácio 11 | |||
* Amantes nas Entrelinhas 15 | |||
* Retrato do Povo Brasileiro: em Cor e Poesia 17 | |||
* Erotismo na Arte 19 | |||
* “Verde que te quero Verde” 21 | |||
* Inverdades 23 | |||
* Momento de Definição 25 | |||
* Retratos a Óleo 27 | |||
* Sala de Jantar 29 | |||
* Paisagem: Aquarela de Cores 31 | |||
* A Hora Certa (há a hora certa?) 33 | |||
* Travessia 35 | |||
* Janela Discreta 37 | |||
* Ciúmes 40 | |||
* Sem mágica: Não, Não e Não 42 | |||
* Labirinto de Emoções 44 | |||
* Quanto Custa um Sonho? 46 | |||
* As Mãos 48 | |||
* Passagem do Tempo: Lembranças 50 | |||
* Em Questão de Minutos 52 | |||
* Paixão em ordem 54 | |||
* Que História é essa? 56 | |||
* “A Curva da Idade” 58 | |||
* Repensar a Morte 60 | |||
* Diferenças Culturais 63 | |||
* Dinheiro: muda os Valores? 65 | |||
* A Cidade de joão ninguém 67 | |||
* Talvez 69 | |||
* A Construção do Gesto 71 | |||
* Telefone Celular: reflexo ou refluxo do tempo? 73 | |||
* A Luminosidade do Escuro 75 | |||
* Quem Conta um Conto aumenta um Ponto 77 | |||
* Minuano 79 | |||
* “Cavalos Do Amanhecer” 81 | |||
* Um Olhar sobre a Querência 83 | |||
* Uma Raridade: Saco De Viagem 85 | |||
* Cavalos 87 | |||
* MIRIAM POSTAL: Vida, Luz e Movimento 89 | |||
== Conteúdos relacionados == | |||
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* O livro foi lançado no Café Literário junto a Jornada Nacional de Literatura ocorrida de 28 de agosto de 2013. | |||
== Referências == | |||
O livro foi lançado no Café Literário junto a Jornada Nacional de Literatura ocorrida de 28 de agosto de 2013. | |||
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Amantes nas entrelinhas | |
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Descrição da obra | |
Autora | Tânia Du Bois |
Título | Amantes nas entrelinhas |
Subtítulo | crônicas |
Assunto | Crônica |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2013 |
Páginas | 94 |
ISBN | 978-85-8326-004-2 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2013 |
Amantes nas entrelinhas: crônicas Tânia é assim, decidida. Suas escolhas não permitem objeções, visto estarem preenchidas de todos os fatores que a podem influenciar. Assim, quando optou pelo magistério; ao casar; ao ser mãe; ao cuidar da casa; ao trabalhar na préescola; ao cuidar da filha e da casa; ao cursar pedagogia (UFPB); ao escolher a sua monografia de graduação; ao fazer seus cursos de pósgraduação; ao voltar para casa; ao se decidir pela literatura e, dentro dela, pelas crônicas. Crônicas literárias: textos do dia a dia alimentados por citações literárias, poéticas por excelência. Escritora tardia, como eu, dedicou-se desde o começo a burilar seu estilo, estudando, lendo, relendo, construindo seus textos com incansável e amigável vontade: as crônicas precisam ser amigas, diz ela; mais que isso, conclui, precisam ser Amantes nas Entrelinhas, para que captemos nos textos a sua capacidade de doação, agora, sob a ótica cultural que tanto cultiva.
Apresentação
Prefácio, por Gilberto R. Cunha
Dizer que AMANTES nas ENTRELINHAS, o título do livro da cronista Tânia Du Bois, além de insinuante é, ao mesmo tempo, instigador da curiosidade dos leitores, soa demasiadamente óbvio. Assim como, em qualquer diálogo, os silêncios podem falar muito, também em um texto, especialmente num livro como esse, o que está escrito nas linhas, não raro, pode ser mais bem entendido, se lido nas entrelinhas.
Tânia Du Bois segue os ensinamentos de Tolstoi, pois, ao mesmo tempo em que se mostra universal, não deixa de cantar a sua aldeia. Nas páginas desse livro, abundam referências aos cânones da literatura brasileira e mundial, mas, paralelamente, também desfilam escritores que, apesar do gozo de certa fama em Passo Fundo, continuam sendo desconhecidos pela maioria dos leitores. E Tânia, com a peculiar habilidade de resenhista de escol, ao fundir o nacional/universal com o local, coisa que, frise-se isso, faz magistralmente, contribui para levar o nome dos nossos escritores a domínios, até então, considerados quase impossíveis ou inalcançáveis.
De um lado, citações de passagens extraídas de obras de autores como Otávio Paz, Mia Couto, Júlio Cortázar, Jorge Luiz Borges, Umberto Eco e Nietzsche, por exemplo, que são cânones da literatura universal, seguidas de referências nacionais e regionais, caso de Vinicius de Moraes, Ferreira Gullar, Rubem Braga, Mário de Andrade, Clarice Lispector, Cecília Meireles, Mario Quintana, Luis Fernando Verissimo, Luiz Coronel, Simões Lopes Neto, Armindo Trevisan e Moacyr Scliar, entre muitos. E, de outro, o contraponto local, genuinamente passo-fundense, com Jurema Carpes do Valle, Tenebro dos Santos Moura, Ziza de Araújo Trein, Nídia Bolner Weingartner, Júlio César Perez, Paulo Monteiro e Mirian Postal, dando conta do desafio intelectual que Tânia Du Bois impôs a si mesma, ao engendrar a escrita desse livro, tratando de tamanha profusão de estilos e temas. Fazendo isso, Tânia dá ares que, em incontáveis horas de leitura e vivências, criou a sua biblioteca pessoal.
Se eu tivesse que escolher apenas um texto, entre os muitos que me agradam nessas páginas, não hesitaria em optar por “Em Questão de Minutos”. Menos porque eu, Gilberto Cunha, sou citado nele e mais, talvez, pela referência a Leopoldo Lugones, que, poeticamente, dizem, “se deu morte em 1938”. Ou, mais provável ainda, por comungar com a síntese de Tânia Du Bois e entender que, de fato, muito daquilo que acontece em nossas vidas, para o bem e para o mal, se dá em questão de minutos. Simplesmente, uma mera questão de gosto pessoal.
O livro de Tânia Du Bois não é apenas mais um livro de crônicas, a exemplo de tantos que se publicam anualmente. Ainda que a matériaprima de seus textos seja comum ao dia a dia de cada um de nós, aquilo que os diferencia é a interpretação da autora, que, não raro, foge da esperada e transgride convenções. Humano e mundano, em demasia.
Tânia Du Bois, a mulher, mostrou-se menos enigmática, em relação aos seus AMANTES nas ENTRELINHAS, que a escritora pretendeu ser. Em todo o livro, mais que amantes, sobressaiu-se O AMADO nas LINHAS, Pedro Du Bois, um nome citado 30 vezes nesse livro.
Oxalá seja você o leitor que Tânia espera e merece!
Índice
- Prefácio 11
- Amantes nas Entrelinhas 15
- Retrato do Povo Brasileiro: em Cor e Poesia 17
- Erotismo na Arte 19
- “Verde que te quero Verde” 21
- Inverdades 23
- Momento de Definição 25
- Retratos a Óleo 27
- Sala de Jantar 29
- Paisagem: Aquarela de Cores 31
- A Hora Certa (há a hora certa?) 33
- Travessia 35
- Janela Discreta 37
- Ciúmes 40
- Sem mágica: Não, Não e Não 42
- Labirinto de Emoções 44
- Quanto Custa um Sonho? 46
- As Mãos 48
- Passagem do Tempo: Lembranças 50
- Em Questão de Minutos 52
- Paixão em ordem 54
- Que História é essa? 56
- “A Curva da Idade” 58
- Repensar a Morte 60
- Diferenças Culturais 63
- Dinheiro: muda os Valores? 65
- A Cidade de joão ninguém 67
- Talvez 69
- A Construção do Gesto 71
- Telefone Celular: reflexo ou refluxo do tempo? 73
- A Luminosidade do Escuro 75
- Quem Conta um Conto aumenta um Ponto 77
- Minuano 79
- “Cavalos Do Amanhecer” 81
- Um Olhar sobre a Querência 83
- Uma Raridade: Saco De Viagem 85
- Cavalos 87
- MIRIAM POSTAL: Vida, Luz e Movimento 89
Conteúdos relacionados
- O livro foi lançado no Café Literário junto a Jornada Nacional de Literatura ocorrida de 28 de agosto de 2013.