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A sociedade contou com a atuação de cinco presidentes, que muito se empenharam no seu crescimento. Foram eles: Albino Franchini, José Bilhar Vargas, João Andrade (reeleito por várias gestões) e Manuel Garrido. Atualmente, a administradora do Círculo Operário Passo-Fundense é a professora Irma Maria Trombini.
A sociedade contou com a atuação de cinco presidentes, que muito se empenharam no seu crescimento. Foram eles: Albino Franchini, José Bilhar Vargas, João Andrade (reeleito por várias gestões) e Manuel Garrido. Atualmente, a administradora do Círculo Operário Passo-Fundense é a professora Irma Maria Trombini.
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Círculo Operário Passo-Fundense, dados históricos

Em 07/08/2007, por Helena Rotta de Camargo e Irmã Maria Trombini


Helena Rotta de Camargo

Irma Maria Trombini


A Igreja Católica, no decurso de sua história, vem se empenhando na defesa dos oprimidos, pobres e operários. Foi assim que, em diferentes épocas e segundo as necessidades, vem empregando meios adequados à manutenção da paz e da justiça social. Um desses momentos decisivos da Igreja, no que diz respeito às classes menos favorecidas, ocorreu com o Papa Leão XIII, no século passado. Sua encíclica denominada “Rerum Novarum” constitui-se num documento em defesa do operário moderno e na afirmação de seus direitos. A partir desse documento começaram a surgir os Círculos Operários no mundo todo e também no Brasil.

Em Passo Fundo, o movimento circulista foi implantado em 1935, por iniciativa do padre Brentano, com a denominação de Círculo Operário Passo-Fundense. Em virtude de seu caráter cristão, a entidade escolheu como patrono, São José, considerado o modelo dos operários.

Desde então, muita coisa foi realizada no município em favor dessa classe. Sobretudo, melhorou sensivelmente sua condição de vida, tanto social, como moral e intelectual.

A primeira reunião da nova entidade realizou-se na casa de Ludovico Dela Méa. Nessa oportunidade, foi solicitada ao diretor da Instrução Pública do município uma sala para reuniões e para que pudessem ser ministradas, provisoriamente, aulas noturnas para os sócios.

O passo seguinte foi a confecção de carteiras de trabalho e a criação da ala feminina do Círculo, cuja função consistia em desenvolver a economia doméstica, criando hortas caseiras e ensinando os operários a gastarem conforme suas rendas familiares.

Em julho de 1936, o Círculo Operário já atuava em sede própria, localizada no antigo Asilo Lucas Araújo, ocasião em que iniciou o cadastramento dos desempregados, constituindo-se numa espécie de agência de empregos para a indústria e o comércio local.

O próprio sindicalismo foi implantado em Passo Fundo em 1937, por solicitação do Círculo. Com a presença de um representante do Ministério do Trabalho, os metalúrgicos, padeiros e industriários da madeira reuniram-se e formaram seus respectivos sindicatos, passando a contar com a proteção da lei.

Foi em janeiro de 1938 que a diretoria do Círculo Operário decidiu empenhar-se na fundação de uma escola, a mesma que ainda continua em funcionamento e onde os cidadãos do futuro são esclarecidos acerca de seus direitos, a fim de que possam lutar por eles. O primeiro endereço da casa de ensino foi o Asilo Lucas Araújo, por concessão das Damas de Caridade e do Hospital São Vicente de Paulo. A direção da escola ficou a cargo da Congregação Notre Dame, que ministrava a instrução em duas salas de aula.

Outras vantagens importantes foram conseguidas pelos associados, naquela época, dentre as quais, a redução no preço do atendimento, por parte do Hospital São Vicente, o serviço jurídico gratuito, a organização de um grupo de escoteiros circulistas, a instalação de farmácia e ambulatório para os casos de emergência.

Gradativamente, as atividades do Círculo Operário Passo-Fundense foram se ampliando. Instalou-se o cinema, organizaram-se jogos entre as crianças, criou-se um pecúlio para os associados, adquiriu-se um terreno junto à Avenida Brasil, defronte ao Notre Dame, onde a instituição atuou até 2006.

A Prefeitura Municipal, pelo prefeito Arthur Ferreira Filho, doou a madeira para a construção da sede da escola regular e da profissionalizante. Em seguida, iniciaram-se as tratativas para a fundação de uma cooperativa de consumo para atendimento dos circulistas.

A nova sede do Círculo Operário foi inaugurada em 26 de novembro de 1945 e logo ampliou-se a assistência social, com a instalação de um consultório dentário. Em fins de 1948 foi inaugurada a Escola Leão XIII e o salão de diversões para os associados.

Diversas congregações religiosas, entre elas, as Irmãs Vicentinas, as de São José e as Salvatorianas, além das já mencionadas irmãs de Notre Dame, contribuíram para o desenvolvimento educacional da instituição. Só mais tarde os professores leigos começaram a integrar seu corpo docente.

A partir da década de 70, a assistência aos assalariados foi novamente intensificada, com a instalação da Assistência Social Diocesana Leão XIII, que se tornou uma entidade à parte, mantenedora dos cursos profissionalizantes, enquanto a escola passou a denominar-se Escola Assistencial do Círculo Operário – 1º grau. Ambas desenvolvem suas atividades na Rua Marcelino Ramos, nº 231.

A sociedade contou com a atuação de cinco presidentes, que muito se empenharam no seu crescimento. Foram eles: Albino Franchini, José Bilhar Vargas, João Andrade (reeleito por várias gestões) e Manuel Garrido. Atualmente, a administradora do Círculo Operário Passo-Fundense é a professora Irma Maria Trombini.