Difference between revisions of "Oração ao Mate"
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'''Oração ao Mate''' | '''Oração ao Mate''' Assim firmado o teu papel nas Missões Orientaes do Uruguay, as bandeiras paulistas, aventurosamente perlustrando-as, te conheceram e levaram para leste e norte, trocando o teu nome guarany «caa» pelo de «congonha», tirado da lingua dos «caingaings», na qual eras tu chamado congoin, palavra que dizer queria : «o que alimenta, o que sustenta»; ao mesmo tempo que te dilatavas para o sul do Rio Grande, entre o povo continentino das vastas estancias e lá, numa affirmação eloquente das tuas propriedades admiraveis, te adaptavas de tal modo ao viver da terra, que, dahi em deante, eras o companheiro indispensavel quer das madrugadas, quer do descanso do gaúcho, quando elle, retornando da lide campeira, á sombra do umbú, aguardava o preparo, lá dentro, do saboroso churrasco, ao fim do qual, de novo te cevava e, regaladamente, libava. | ||
== Apresentação == | == Apresentação == | ||
''Mate, pelo Autor'' | |||
Mate! | |||
Eu te venero porque és tu, pela tua antiguidade precolombiana, traço de ligação de uma civilisação extincta, mas gloriosa, a dos Incas, cujos vestigios milenares o tempo não ponde apagar ainda, e a nova civilisação do Continente que tem por espinhaço a crista imponente e magestosa dos Andes, coroada pelos gelos, mas aquecida pelas estrophes sublimes de Castro Alves! | |||
Como os monumentos de então, também tens resistido ao desfilar dos seculos e com tanto mais robusta comprovação quanto é certo que a archeologia, pesquisando jazigos funerários de tão vetusta época, lá constatou a presença de objectos relativos ao teu uso. Herança, pois, do grande império de Manco Capac, tinhas tu de extender o teu império pela vastidão da America e para o dilatar, cada vez mais, transpondo a propria immensidade oceânica, atravez da qual as naus de Caslella e depois as da Luzitania,. trouxeram do Velho Mundo, em suas bandeiras, a Cruz redemptora da Humanidade. | |||
Incomprehendido a principio e malsinado até, foste combatido pelos missionarios jesuítas, que te julgaram pernicioso á civilisação dos indios, que elles, no seu zelo apostolico, visavam converter á doce e consoladora religião de Jesus Christo. | |||
Baldado, porém, todo esforço em tal sentido feito, e talvez porque apurar viessem as extraordinarias, virtudes que encerravas, trataram de aperfeiçoar-te, e, na intelligencia que lhes era própria, de cultivar-te nas suas reducções, o que fizeram em larga escala, escolhendo, na tua variedade botanica, as melhores variedades que apresentavas. (Segue...) | |||
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Latest revision as of 16:56, 14 February 2022
Oração ao Mate | |
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Descrição da obra | |
Autor | Francisco Antonino Xavier e Oliveira |
Título | Oração ao Mate |
Assunto | História |
Formato | Digitalizado (formato PDF) |
Editora | Livraria Nacional |
Publicação | 1935 |
Páginas | 10 |
ISBN | N I |
Impresso | Formato 21 cm |
Editora | Livraria Nacional |
Publicação | 1935 |
Oração ao Mate Assim firmado o teu papel nas Missões Orientaes do Uruguay, as bandeiras paulistas, aventurosamente perlustrando-as, te conheceram e levaram para leste e norte, trocando o teu nome guarany «caa» pelo de «congonha», tirado da lingua dos «caingaings», na qual eras tu chamado congoin, palavra que dizer queria : «o que alimenta, o que sustenta»; ao mesmo tempo que te dilatavas para o sul do Rio Grande, entre o povo continentino das vastas estancias e lá, numa affirmação eloquente das tuas propriedades admiraveis, te adaptavas de tal modo ao viver da terra, que, dahi em deante, eras o companheiro indispensavel quer das madrugadas, quer do descanso do gaúcho, quando elle, retornando da lide campeira, á sombra do umbú, aguardava o preparo, lá dentro, do saboroso churrasco, ao fim do qual, de novo te cevava e, regaladamente, libava.
Apresentação
Mate, pelo Autor
Mate!
Eu te venero porque és tu, pela tua antiguidade precolombiana, traço de ligação de uma civilisação extincta, mas gloriosa, a dos Incas, cujos vestigios milenares o tempo não ponde apagar ainda, e a nova civilisação do Continente que tem por espinhaço a crista imponente e magestosa dos Andes, coroada pelos gelos, mas aquecida pelas estrophes sublimes de Castro Alves!
Como os monumentos de então, também tens resistido ao desfilar dos seculos e com tanto mais robusta comprovação quanto é certo que a archeologia, pesquisando jazigos funerários de tão vetusta época, lá constatou a presença de objectos relativos ao teu uso. Herança, pois, do grande império de Manco Capac, tinhas tu de extender o teu império pela vastidão da America e para o dilatar, cada vez mais, transpondo a propria immensidade oceânica, atravez da qual as naus de Caslella e depois as da Luzitania,. trouxeram do Velho Mundo, em suas bandeiras, a Cruz redemptora da Humanidade.
Incomprehendido a principio e malsinado até, foste combatido pelos missionarios jesuítas, que te julgaram pernicioso á civilisação dos indios, que elles, no seu zelo apostolico, visavam converter á doce e consoladora religião de Jesus Christo.
Baldado, porém, todo esforço em tal sentido feito, e talvez porque apurar viessem as extraordinarias, virtudes que encerravas, trataram de aperfeiçoar-te, e, na intelligencia que lhes era própria, de cultivar-te nas suas reducções, o que fizeram em larga escala, escolhendo, na tua variedade botanica, as melhores variedades que apresentavas. (Segue...)
Índice
- Mate 1
Conteúdos relacionados
Referências